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Ana:

Os médicos levaram-a hospital adentro e me barraram na porta de emergência. Raquel me puxou para uma cadeira e sentou ao meu lado. Me deu água e eu só conseguia chorar, sequer conseguia falar.

Fernando chegou um tempo depois. Mamãe acabou vindo ao hospital e chegou na mesma hora que a mãe de Luísa.

- Cadê Cecí? - Fer perguntou.

- Ela viajou, geralmente passa o Natal na casa da mãe, mas ela está sabendo e quer saber de notícias. - Raquel respondeu.

Minhas lágrimas eram insistentes, junto ao choro. Eles tentavam me acalmar, mas não conseguia, apenas queria saber o que tinha acontecido com ela e como ela estava.

Quando deu meia noite, já véspera de Natal, um médico pediu para chamar um acompanhante de Luísa, que fosse preferível o pai dos bebês.

- Pode ir, mas venha dar notícias, por favor. - Minha sogra disse aflita.

- Mandarei o médico vir informa-los de algo.

Entrei na parte de emergência e me encaminhei até uma recepção. Um médico estava me esperando com alguns papéis.

- Sou a esposa da Luísa, como ela está?

- Fizemos alguns exames, ela perdeu bastante tempo e precisará ficar em observação no hospital, está tomando soro na veia e em um quarto particular. Ela está bem e os bebês também.

- E o que ela teve?

- Não entrou em trabalho de parto, perdeu bastante sangue por um pequeno rompimento no útero. mas já conseguimos estancar o sangramento. Por enquanto ela está no quarto e acordada, se quiser pegar o elevador é ali na frente, o terceiro andar.

- E ela vai ficar quanto tempo em observação?

- Acredito que com esse sangramento logo agora no final da gestação, vamos ter que continuar com ela até entrar com trabalho de parto. Provavelmente ficará as festas de fim de ano aqui conosco.

- A mãe e alguns familiares estão lá embaixo esperando por alguma notícia, o senhor pode ir lá falar com eles enquanto vou visita-la?

- Sim, vou mandar um enfermeiro para informa-los. Qualquer coisa há um botão no quarto, se for emergência iremos imediatamente.

- Obrigada, doutor.

Fui em direção ao elevador e apertei o terceiro andar. Estava ansiosa para vê-la, enxuguei as mãos na calça de moletom (inclusive, meu pijama) e entrei no quarto após bater uma vez.

- Oi... - Falei baixo.

- Oi. - Ela mexeu os lábios.

Nossos olhares se encontraram, fechei a porta rapidamente e fui até ela, abraçando-a devagar.

- Como está? Ainda com a dor?

- Não, estou bem. Acho que me deram remédio para a dor, esse soro está ardendo um pouco. - Ela fez careta. - O médico me disse que teve um ferimento e acabei sangrando.

- Vai ficar de observação por um tempo, certo?

- Quero ir embora.

- Nós iremos, em breve. - Segurei sua mão e a beijei. - E com os nossos bebês.

- Como assim?

- Teremos que ficar aqui até a cesária. O médico informou que foi um pouco grave, está em reta final da gravidez, então precisaremos ficar aqui por enquanto.

- Não vou aguentar ficar Natal, Ano Novo e vários dias aqui dentro, vou morrer sufocada dentro de um quarto branco com cheiro de hospital e comida ruim! - Luísa estava ficando brava.

Ela e euHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin