17| eu vou te ajudar

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Chanyeol estava exausto.

A situação já está péssima, Yoora. O pensamento fez ainda mais sentindo quando avistou Baekhyun no sofá da recepção com um cigarro entre os dedos. Não sabia que ele fumava - principalmente em um lugar que para todos, era proibido por si, apesar de Sehun sempre estar ali fazendo-o. Não foi uma surpresa para si, mas não gostou de ve-lo assim.

Ele pensou em ir reto, sabendo que Baekhyun provavelmente o ignoraria e que pouparia seu tempo até a cama, mas antes que pudesse virar os pés e ir, a voz do mesmo o surpreendeu.

1) estava extremamente rouca, o que lhe causou arrepios e 2) não esperava isso vindo de Baekhyun, não depois de toda aquela recusa de o olhar nos olhos.

— Me desculpe se estou sendo egoísta.

— Você ouviu ontem? Me ouviu falando que ia ser uma mentira em breve? — sentou-se a frente dele, vendo-o pôr o cigarro nos lábios bonitos e avermelhados.

— Ouvi e a princípio quis negar o significado daquelas palavras jogadas, mas eram óbvias... eu fiquei com raiva de você. — estava se abrindo, pelo menos uma parcela de todos seus cacos iriam se juntar e serem revelados à Chanyeol; o sono sumiu e estava tão focado como ficava nas aulas mais difíceis. — Muita raiva. Talvez para você Exodus não signifique nada, mas para mim? É minha casa, minha única família... Chanyeol, não é qualquer um que entra no grupo, você foi analisado desde o seu desempenho no volante até ao seu caráter.

— Baekhyun...

— Mas eu já me decidi. — interrompeu-o antes que ele começasse a rebater. — Eu vou te ajudar, se você precisa de dinheiro, tudo bem. Eu... Eu não vou mais idealizar nada...

Chanyeol sentou ao lado dele e apagou o cigarro. Os olhos do outro brilharam como de uma criança, mas foi um brilho tão triste; as piscadas eram mais lentas e o rosto adquiriu uma cor vermelha e lágrimas caíram silenciosamente, parando no queixo.

Chorava por causa de si? Chanyeol sabia que não, mas não conseguiu não se odiar. Sabia que o rapaz raramente se abria, raramente pensava em si em primeiro plano e ali estava ele, dizendo que iria guardar os sentimentos para si e continuar como se nada houvesse acontecido.

— Baekkie. — ergueu o queixo do rapaz para si e a visão foi bonita, apesar de doer até sua alma de ver o ruivo assim. — Eu tenho problemas familiares, como você sabe e com o dinheiro daqui, eu consigo pagá-los. Este foi o motivo pelo qual eu aceitei esse negócio perigoso. — sorriu para ele limpando as lágrimas do outro. — Mas sinceramente, eu gosto tanto daqui que se dependesse de mim, ficaria aqui até o dia da minha morte, mas por hora... eu não sei se essa é a melhor escolha.

O ruivo absorveu tudo em silêncio e sorriu amargo entre lágrimas. Chanyeol parecia com si, não era preciso que dissessem que ele estava pensando em outras pessoas em primeiro plano e por conta disso, não conseguia ficar com raiva dele por muito tempo.

— Mas eu não te julgo caso você acha que eu sou uma babaca, filho da mãe.

— Eu não acho mais, no começo sim mas depois pensei sobre e sabia que havia motivos por trás. — falou olhando para frente. — Eu vou te ajudar Yeol.

— Está tudo bem. — balançou a cabeça. — Vamos subir, você deveria descansar.

Ambos foram até o elevador e Chanyeol refletiu rapidamente esses minutos que passaram. Algo parecia diferente e forte entre os dois; a conversa pareceu tão profunda.

Baekhyun estava cansado de perder as pessoas que se importava, então que se fosse para dizer adeus ao maior uma hora ou outra, iria aproveitar o tempo que tinham ainda.

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