Capitulo 39

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Boa noite amorecos!!saudades? Eu senti saudades.

VAMOS DE CAPITULO? Espero que gostem... obrigado mais uma vez por estarem por ai... bjks.


Juliana


Eu conseguia ouvir as batidas do meu coração em minha mente. Ele batia forte, mas falhou muitas e muitas vezes. Vi-me jogada em um redemoinho. Um vento forte e sem rumo que só se importava em me jogar de um lado para o outro, e o pior, sem me oferecer algo para que eu pudesse me segurar, ainda que eu estivesse nos braços de Hugo, eu não me sentia segura naquele momento.

A vontade de sair correndo em direção a algum lugar que me levasse ao meu filho era desesperadora.

­— Precisamos fazer alguma coisa! ­ — disse em um fio de voz. Os olhos de Hugo ainda que perdidos varreram meu rosto tentando me passar uma calma inexistente naquele momento.

­— Amor! Sei que é difícil, mas precisamos confiar no trabalho da polícia.

— E ficar parada aqui enquanto meu filho... — engasgo na falha tentativa de segurar as lágrimas — Deus onde está meu filho? — Hugo apenas enxuga as minhas lágrimas.

Perguntei como tudo aquilo tinha acontecido, como deixaram uma criança desaparecer dessa forma. Hugo tentou explicar o inexplicável. Ainda na sala pequena e sufocante da delegacia para a qual Hugo me levou o investigador do caso veio até nós querendo mais informações. Ao me ver questionou qual era meu parentesco.

— Ela é a mãe! — Hugo disse sem pestanejar e ouvir aquilo de alguma forma  aqueceu meu coração.

— O senhor não havia me dito que era casado. — O investigador argumentou.

— E não sou. Ainda não.

— Desculpe, a senhora se chama...

— Juliana. — estendi as mãos trêmulas. Ele rapidamente a segurou e me olhou nos olhos.

— Prazer! Thomaz! Não se preocupe Juliana. Faremos o possível para encontrar o seu filho. — continuei segurando firme sua mão como se aquilo fosse a solução para todo aquele inferno que eu estava vivendo. Hugo colocou sua mão sobre a minha e a puxou para ele.

O investigador colocou as mãos em seu bolso e se voltou para Hugo.

— Vocês podem ir para casa. Inicialmente de acordo com as informações trabalharemos com a hipótese de que Yago se perdeu ao sair da escola ao encontrar o portão aberto. Já estamos com uma equipe nas ruas a procura de seu filho e se após 24 horas não o encontrarmos trabalharemos com outras possibilidades.

Após 24 horas? Ouvir aquilo me gelou dos pés a cabeça. Eu não conseguiria ir para a casa e esperar sem saber o que estava havendo com o meu filho.

— Mas isso é muito tempo. Yago não sairia se alguma coisa que transmitisse confiança a ele não tivesse chamado á sua atenção. Não acredito que acham mesmo que ele se perdeu ou sairia apenas por ver o portão aberto. — meu tom de voz não escondeu minha insatisfação naquele momento.

— Ele é uma criança! Criança nos surpreende. — disse com tom provocativo como se me dissesse " ta querendo fazer o meu trabalho?"

Abri a boca na intenção de retrucar mas, fui impedida quando senti a mão de Hugo me puxando para o canto.

— Amor, eu sei que é difícil esperar neste momento. Mas temos que acreditar e confiar no trabalho da polícia. Eles sabem o que fazem. Não acho que nada tenha chamado atenção de Yago além do próprio portão aberto. Vamos dar uma volta e procurar ele.

Curando Feridas ( Hiatus)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora