Desejo Perigoso

CAPÍTULO 37 - DESESPERO

Encaro meu celular por alguns segundos antes de pega-lo e quando vejo já estou ligando para Sebastian. Eu não sei o que eu vou dizer, não sei qual será a reação dele e muito menos como ficará o clima entre nós dois mas eu quero ouvir a sua voz. Eu quero ouvir que está tudo bem entre nós dois. A ligação cai na caixa postal, desligo frustada e mando mensagem.

"Oi, já cheguei. Te liguei para avisar mas caiu na caixa postal, espero que esteja tudo bem."

Bufo e jogo minha cabeça para trás.

Merda, espero que ele não esteja me evitando.

Eu não queria que ficasse um clima ruim entre a gente mas acho que será impossivel.

(...)

ACORDO ME sentindo disposta, dormi bem e a ressaca da culpa de ontem não está mais impreguinada em meu corpo. Pego o celular na esperança que Sebastian tenha ligado mas não há nenhuma ligação perdida e nem mensagem dele, apenas do meu pai me perguntando se cheguei bem da viagem.

Me levanto apesar se não ser nem 7h da manhã e faço meu café, decido fazer algo para distrair minha mente e que costuma funcionar. Pego minha roupa de malhar, calço meu tenis e pego meus fones. Vou correr.

Corro pelas ruas largas de Toronto em direção ao centro da cidade, passo pela ponte que dividi a cidade e corro até o bosque. Ao sentir a brisa fresca da floresta bater em meu rosto me sinto revigorada, eu adoro sentir esse frescor da cidade, me tranquiliza de certa maneira. Sigo a trilha ouvindo Out Of Love da Alessia Cara, algumas pessoas caminham, outras correm como eu e outras descansam observando o grande lago. Quando estou na metade da trilha sinto uma sensação estranha, como se eu estivesse sendo seguida. Olho pra trás rapidamente mas não encontro nada suspeito, dou pausa na música e continuo minha corrida, agora mais atenta e ouvindo as coisas ao meu redor. Minutos depois eu ouço alguém correndo atrás de mim, está longe mas quando começa a se aproximar eu suspeito. Olho pra trás rapidamente e vejo um homem de capuz preto me seguindo, preocupada eu acabo tropeçando em alguns galhos e escorrego pela pequena ladeira coberta de folhas secas.

Me viro para trás assustada mas não vejo ninguém, olho ao redor e também não encontro nada. Me levanto com rapidez e corro de volta saindo da trilha indo em direção ao parque com medo, procuro algum suspeito ao redor mas ninguém está usando capuz preto. Independente de quem era, queria me assustar e conseguiu. Uma lembrança ruim vem a minha cabeça, parecia a mesma pessoa que me seguiu no galpão.

Stuart.

Puta merda.

Volto para casa caminhando e olhando para trás receosa de ter sido seguida, entro para dentro de casa corredo e coloco a senha acionando o alarme. Meu coração continua acelerado e os pensamentos que tenho ao pensar no que poderia acontecer se eu não tivesse percebido.

A primeira coisa que eu penso em fazer é ligar para o Sebastian, eu preciso dele nesse momento. Pego o celular e disco seu número enquanto pego a arma na gaveta e observo o lado de fora da casa. Vai direto para caixa de mensagem.

Que porra aconteceu com o celular do Sebastian?

Eu preciso ir até o galpão já que eu não sei onde é sua casa. Tomo um banho e coloco uma calça jeans e uma blusa soltinha, quando vou pegar a chave da minha moto em cima da cômoda a minha campainha toca. A primeira reação que eu tenho é pegar a minha arma e cautela caminho até a porta. Olho pelo olho mágico e não vejo ninguém, observo pela janela e não há ninguém passando na rua. Abro a porta e encontro uma caixa rosa média com um laço preto.

Que porra é essa?

A primeira coisa que me vem n
a minha cabeça é que seja uma bomba, mas como não escuto barulho  de tic tac eu pego a caixa ainda receosa, sei que isso não é nada bom.
Coloco ela em cima da minha mesa de centro, sento no sofá e fico observando. Como eu sou muito curiosa, eu abro logo de uma vez.