Capítulo 51

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Acordo com barulhos de vozes e de cavalos relinchando, por um momento me sobressalto, achando que estou exposta, o que faz com que minhas costas reclamem do movimento brusco

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Acordo com barulhos de vozes e de cavalos relinchando, por um momento me sobressalto, achando que estou exposta, o que faz com que minhas costas reclamem do movimento brusco.

Acalmo meu coração ao perceber que estou protegida pelas folhas e ganhos, me arrasto até a ponta do tronco, para ver o que estava acontecendo.

Na estrada vejo cinco homens do exército de Dakar, dois a cavalo na frente, onde carregavam numa maca de madeira, dois corpos de soldados, que estavam sendo escorados por três homens do exercito.

Estreito meus olhos para os corpos que estão sendo carregados, os soldados não tiveram nenhum cuidado de cobrir os horríveis ferimentos, e agradeço por isso, pois vejo que são mais vítimas do Raruk.

Fico em silêncio no topo da árvore, não quero fazer nenhum barulho que atraia a atenção dos homens. Espero eles passarem na estrada que dá em Torre de Vigilância, quando julgo que já estão longe o suficiente, volto para onde estão minhas coisas.

Eu não podia voltar para Torre de Vigilância e também não poderia pegar a estrada que dá para Dakar, pois ela passa pela Torre e todos estão me procurando, vou ter que ficar um tempo escondida nessa floresta.

Olho para o céu entre as folhas da árvore que estou em cima, está fazendo um belo dia, retiro da bolsa uma maçã, pois tenho que ser esperta na decisão que tomarei.

Ficar nessa floresta não é a melhor opção, mas é a única que tenho, entretanto em alguma parte dela o Raruk está a espreita, esperando ansioso por me rever.

O tempo era meu inimigo, eu tinha um pouco mais de uma semana para me encontrar com Ani no lugar marcado, e estaria presa aqui por pelo menos três dias até tudo começar a se acalmar.

Suspirei de frustração jogando o miolo da maçã longe, não podia passar esse tempo todo em cima de uma árvore, ou me escondendo e esperando um bote do Raruk a cada momento.

Uma ideia me surgiu a cabeça, era louca, mas era a única forma deu terminar com esse problema de uma vez, já que teria que passar um tempo embrenhada naquele mato, eu me tornaria a caçadora daquele desgraçado, e estava torcendo para Ani me responder a tempo, se não muita coisa poderia dar errado.

Desci da árvore e me pus a andar mais para dentro da floresta, tomando sempre cuidado de não me afastar muito da estrada principal, precisava achar um lugar que pudesse colocar meu plano em prática, precisava achar um lugar com água.

Andei quase o dia todo, cortando plantas que obstruíam a minha passagem, subindo em pedras e árvores para procurar qualquer sinal de água por perto.

A floresta que eu estava não era muito fechada, suas árvores apesar de grandes eram espaçadas, um mato alto crescia por todo o chão se misturando com arbustos de flores e samambaias. Alguns cipós e raízes altas, atrapalhavam o caminho junto com pedras gigantes que surgiam do nada.

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora