Capítulo 15

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Acho que não dormia tão bem a dias, acordei na mesma tenda deitada no sofá coberta com uma manta bege, em cima da mesa ao meu lado, um incenso queimava exalando uma pequena fumaça

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Acho que não dormia tão bem a dias, acordei na mesma tenda deitada no sofá coberta com uma manta bege, em cima da mesa ao meu lado, um incenso queimava exalando uma pequena fumaça.

A claridade estava entrando pelas abas da tenda, resolvo me sentar e reparo que a dormência do veneno não está mais no meu corpo, testo todos os músculos e então dou um sorriso tímido.

Jogando a manta de lado, calço minhas botas e então analiso a bandagem que está em meu braço, um cataplasma enrolado num pano branco foi amarrado a ele, diga-se de passagem, fez maravilhas pois não sinto mais quase dor.

Consigo identificar algumas ervas usadas pelo cheiro como milefólio, sálvia, calêndula e mel, pelo menos sei que essas pessoas não estão querendo me matar, por enquanto.

Analiso todos os detalhes da tenda e me dou por vencida que ali não tem nada de útil para mim, nenhuma informação sobre quem são essas pessoas ou alguma arma que eu possa usar para me defender, só me resta ir para o lado de fora e ver o que me espera.

Do lado de fora da tenda me deparo com uma confusão de coisas, várias tendas como a que eu estava se encontram montadas por toda a parte, no centro se tem algumas barracas cobertas com panos de diferentes cores, com tudo que se imagina para comprar, esse acampamento esta montado em alguma terra que não é o deserto mas faz muito calor.

Um homem tenta a todo custo levar os camelos para uma espécie de cercado, pessoas passam por mim sem nem perceber, vestindo roupas em tons claros parecidas com a da jovem, conforme vou andando acampamento a dentro a multidão fica cada vez maior, eles falam uma língua que eu nunca escutei e não entendo nada.

Me aproximo de uma das tendas de comércio, um homem moreno, com barba grossa e chapéu vermelho vem me atender, tento pedir informações sobre onde estou e quem são eles, mas o homem não me entende.

Onde eu vim me meter, essas pessoas não parecem más mas preciso voltar para o reino de Dakar, e não quero coloca-las em perigo por causa do Raruk, volto a falar com o mercador, já que ele não consegue me ajudar talvez saiba onde está a jovem da noite anterior.

Tento descrever a jovem pois estou tentando lembrar o nome dela, minha mímica falha terrivelmente então arrisco dizer, Kuasa, o homem rir e me corrige falando Kuana, ele aponta para um corredor entre duas tendas do outro lado do mercado improvisado.

Não preciso andar muito para ver a jovem sentada ao lado de três senhoras que estão trançando cestos de palha, a jovem ao me ver abre um sorriso e acena com a mão para eu me aproximar.

Kuana fala alguma coisa para as senhoras e indica para eu caminhar com ela, hoje ela esta vestindo um vestido rosa claro longo com mangas e o manto vermelho da noite anterior.

Andamos pelo acampamento em silêncio, todos em nosso caminho acenam para ela, crianças vem abraça-la e Kuana sempre os recebe com sorrisos e simpatia.

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora