Capítulo 11

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A cidade estava parecendo um formigueiro de tantas pessoas que estavam na rua ao mesmo tempo, iam e vinham de todos os cantos, alegres, bêbadas, gritando ou pechinchando com os vendedores

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A cidade estava parecendo um formigueiro de tantas pessoas que estavam na rua ao mesmo tempo, iam e vinham de todos os cantos, alegres, bêbadas, gritando ou pechinchando com os vendedores.

Música tocava por todos os cantos, cheiros de comidas sendo preparadas pairavam pelas ruas, barracas que vendiam de tudo e mais um pouco, artistas de rua atraiam multidões, era uma verdadeira festa.

Ao chegarmos na praça principal da cidade, Bes falou para eu colocar o capuz do mando, fomos nos esquivando da multidão para os locais mais escuros da praça, até entrarmos numa viela estreita sem iluminação ou pessoas.

Andamos pela viela até finalmente chegarmos ao beco, a sua fama fazia jus ao que ele era, lojas e ruas escuras, com animais mortos e vivos na vitrine, poções e ervas estranhas, objetos que nunca tinha visto, uma livraria que vendia livros de artes proibidas, pessoas jogadas no chão com roupas rasgadas e fedidas, prostitutas ficavam nas portas dos bordeis oferecendo sues serviços, mulheres que tinham aparência de bruxas das histórias infantis.

Caminhamos uns cinco minutos pelo beco, até Bes entrar numa loja que estava com a luz apagada, sua vitrine não tinha muitas coisas expostas, apenas alguns frascos e informações sobre os mesmos.

O interior era empoeirado com prateleiras cheias de frascos, ervas e plantas, no final da loja um balcão iluminado por uma fraca luz se encontrava vazio, mas atrás dele uma cortina de contas se abriu e um homem com uma idade mediana, saiu dela.

O homem era alto e magro, mas andava curvado como se tivesse algum problema na coluna, tinha um rosto fino, mas com o queixo e nariz grandes, a sua barba estava por fazer e seu cabelo longo grisalho e despenteado só crescia na lateral de sua cabeça.

Estava usando uma blusa branca e calça verde musgo que combinava com o seu colete, seus sapatos eram marrons e tinham a aparência de gastos.

Bes saiu da entrada da loja e foi até o balcão cumprimentar o homem, que a encarou de cima a baixo, eles conversaram baixo e não consegui escuta o que falavam. Após muita discussão, o homem olhou para mim com um olhar desconfiado e sumiu atrás da cortina de contas, Bes me chamou para segui-lo.

Atrás da cortina o ambiente era bem simples, uma mesa com quatro cadeira, se encontrava no meio da sala, ao redor do ambiente tinham prateleiras com frascos de todos os tamanhos e formatos, alguns vazios outros cheios, uma bancada com várias plantas e ervas e uma pia no centro, uma estante com livros velhos e empoeirados,

No lado oposto da cortina se encontrava uma escada e embaixo dela, numa bancada de mármore vários vidros e tubos conectados, provavelmente era o equipamento para fazer os tônicos e poções do homem.

Bes e eu nos sentamos a mesa, o homem ficou em pé em frente a estante de livro e antes de pegar qualquer, coisa se virou para mim e pediu para eu tirar o meu capuz. Quando se juntou a nós, tinha nas mãos um pergaminho muito velho que parecia ser bastante delicado.

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora