Capítulo 2

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Eu estava correndo na direção do campo e Ron estava me seguindo, mas como sou mais rápida estava muito na sua frente, quando cheguei no campo, meu coração parecia que ia sair do meu peito, sem a luz da tocha não conseguia ver de onde tinha vindo o...

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Eu estava correndo na direção do campo e Ron estava me seguindo, mas como sou mais rápida estava muito na sua frente, quando cheguei no campo, meu coração parecia que ia sair do meu peito, sem a luz da tocha não conseguia ver de onde tinha vindo o grito, comecei a andar procurando pela pessoa que tinha gritado.

Ron finalmente me alcançou, estava ofegante, mas não demonstrou cansaço, ele já tinha acendido a tocha e continuamos a procurar. Quando estávamos na metade do caminho, vi uma sombra correr para dentro do bosque e um calafrio percorreu todo o meu corpo, uma sensação de vazio se instaurou.

O encapuzado parou nas sombras e me encarou, mas nessa hora Ron gritou para eu ir ao seu encontro e o sujeito sumiu bosque adentro, sem que eu conseguisse identificar quem era.

Quando cheguei onde Ron estava, vi uma pessoa deitada no chão, estava machucada pois tinha muito sangue espalhado em volta dela, não consegui ver quem era, precisava chegar mais perto, e foi nessa hora que Ron me segurou pelo braço e me impediu de ver quem estava deitado ali.

Olhou bem sério para mim e falou para eu ir correndo até o vilarejo, pedir ajuda aos homens para levarmos o ferido até a cabana, me detive um tempo, mas fiz o que ele pediu.

Em Polinys temos um sistema de sino, quando alguém precisa de ajuda, seja em qualquer hora do dia ou da noite, ao tocar o sino três vezes alguém viria ajudar.

Fui direto a torre do sino bati três vezes ninguém apareceu, bati mais três vezes e ao longe comecei a ver pessoas aparecendo, desci as escadas correndo e expliquei que um forasteiro tinha atacado alguém. Disse que Ron estava com a pessoa no campo, e precisava de ajuda urgente para traze-la para a cabana.

Cinco homens foram comigo até a cabana pegar uma maca, onde poderíamos colocar o ferido e carrega-lo, tínhamos que buscar minha mãe, ninguém melhor do que ela para atender essa emergência.

Pedi para que os homens fossem na frente com a maca, que eu iria buscar minha mãe em casa, cheguei e abri a porta com um empurrão, estava ofegante, comecei a procurar pela casa, na sala ela não estava, fui na cozinha ver se estava preparando os tônicos, mas nada, gritei por ela e não tive nenhuma resposta.

Um medo começou a se instalar em mim, onde minha mãe estava, no segundo andar da casa, fui até seu quarto que se encontrava todo revirado e com um cheiro estranho, foi ai que me lembrei, "Lia chegarei tarde em casa, pois vou no campo colher alfazema para o tônico da senhorita Rebeca".

Minha cabeça começou a girar, comecei a ter falta de ar e eu só conseguia pronunciar não, repetidas vezes em minha mente. Isso não podia estar acontecendo, minha mãe sumiu e tem uma pessoa ferida no CAMPO, e Ron não me deixou chegar perto da vítima.

Desci as escadas que nem um furacão e fui na direção do campo me guiando pelas luzes das tochas dos aldeões, que foram na frente com a maca.

Os alcancei um pouco antes deles chegarem a Ron. Passei na frente das pessoas empurrando quem estivesse no meu caminho, corri para ver quem estava ferido, meu amigo tentou me segurar, mas me desvencilhei de seus braços rapidamente.

Rosa Negra - A Ordem da RosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora