XVI - A apostila

8.4K 258 6
                                    

Já tinham quatro meses que eu estava me encontrando com a psicóloga, Márcia, o que realmente estava me ajudando a quebrar vários preconceitos que eu tinha, especialmente sobre a minha sexualidade, eu já conseguia me masturbar sem culpa e conversando com ela decidi finalmente olhar material que seu José havia passado para mim sobre o BDSM.



#



Era sábado, na sexta fiquei sabendo que seu José iria viajar e daria folga a todos os empregados, ou seja eu estava sozinha na casa.


Levantei mais tarde que o costume, desci e tomei meu café da manhã e decidi ir para o quarto e pegar aquela apostila a tanto tempo tenebrosa para mim. Peguei ela no guarda roupa e deitei na cama, abri e logo após a capa encontrei uma mensagem direcionada a mim.


"Gabi, que bom que você decidiu entender o que viu... o material que está em suas mãos não é um livro publicado, ou uma apostila de como praticar o BDSM, mas uma compilação de vários materiais que estão espalhados por esse universo fantástico e maravilhoso.


Espero que a leitura seja uma boa experiência para você.


Qualquer dúvida, não hesite em me procurar.



José"



Li todo o material em uma só pegada, era um compilado fácil e rápido de ler... ele tinha separado pedaços de vários livros e com isso eu li sobre o que é o BDSM (Bondage, dominação/submissao, sadomasoquismo) significados, feitiches recorrentes, SSC (São, seguro e consensual), entre outras coisas.


O que mais me chamou a atenção no material foram algumas cartas que faziam parte de um outro livro, elas eram mais antigas, eram enviadas a uma mulher, praticante do BDSM, e eram relatos da vida pessoal das pessoas, ou tira dúvidas.


Mas os relatos, ah... eram picantes deliciosos.


Um dos casos era de uma mulher que havia se casado com um homem e tinham uma vida sexual normal, até que por ela não querer ir a um casamento ele lhe deu uma surra, e ambos ficaram extremamente excitados. E juntos se descobriram no universo Sadomasoquista. E que mesmo participando desse universo ela só era submissa ao homem na cama, no dia a dia eles era iguais e decidiam juntos o que assistir, fazer e afins.


Com o depoimento dessa é outras mulheres eu fui percebendo que não eram poucas as pessoas, que essas pessoas não eram pervertidas, que é uma prática que luta contra o preconceito por décadas, que quem pratica não é doente.


Mas o principal que eu descobri era que nem sempre a mulher precisa ser a sub, existem homens que gostam de se submeter, que você pode ser submisso/a nas cenas e ser livre e independente no dia a dia.


E por fim, mas não menos importante, eu descobri que todos aqueles relatos me deixaram extremamente excitada, e eu precisava me tocar porquê eu estava estourando de tesão!



___________________***_________________

Minha descoberta dos 15 aos 28Where stories live. Discover now