XII - A piscina

12.4K 293 18
                                    

Passaram três meses desde que seu José deixou a sacola no meu quarto, nesses três meses eu não tive coragem de utilizar aquelas coisas e o assunto não foi mais tocado, até que um dia Ludo aparece na casa.

- Eai, Gabi! Como você tá?

- Oi, Ludo... estou bem... e vc como está?

- Estou bem também! Vim tomar um banho de piscina... quer vir junto?

- Não sei, Ludo...

- Ah, vamos... o dia tá lindo! O sol já baixou, então não vamos tostar mas ainda não caiu o suficiente pra ficarmos com frio...

- Ah, tá bom... vou colocar um biquíni.
Subi para meu quarto, coloquei um biquíni bem comportado e desci pra piscina, quando cheguei lá Ludo já estava dentro da água.

- Vem Gabi! A água está excelente!!!
Deixei minha toalha na espreguiçadeira é entrei, realmente a água estava ótima! Estava morna, perfeita para aquele dia...

- Como está a escola, Gabi?

- Vai bem... estou cheia de provas e trabalhos, mas acho que já entrei no ritmo... seu José foi muito bom pra mim, contratou professor particular e tudo pras matérias que eu estava com mais dificuldade.

- Ah, sim... Ele é bem zeloso com quem ele gosta.

- Até com você, Ludo?

- Sim, Gabi! Principalmente comigo.

- Humm

- Gabi, meu relacionamento com meu mestre demanda de muito respeito e zelo, de ambos os lados. É necessário ter uma confiança, quase que, cega um no outro.

- Por que?

- No nosso meio tudo é feito com consentimento, mas isso não significa que qualquer coisa é permitida. Tem coisas que eu não gosto e não aceito, quando ele me amarra, por exemplo, eu tenho que confiar que ele não vai fazer o que eu não quero, tenho que confiar que se eu disser que não quero mais ele vai parar e ele tem que confiar que se eu chegar ao meu limite vou dizer, pra ele poder parar. E após as cenas é preciso cuidado, zelo... pra que não fiquem marcas permanentes nem no corpo, como na mente.

- Entendi...

Após a conversa que seu José teve comigo a Ludo começou a aparecer mais na casa, e eles se tratavam como dom/sub, não performando mas em tratamentos verbais é ordens mais simples. Quando seu José chegava ela o recebia na porta ajoelhada, sempre vestindo roupas leves e nunca em trajes íntimos... também houveram outros jantares, os quais me foram avisados e me recomendaram a ficar no meu quarto, dessas vezes eu não saí, mesmo ouvindo ocasionais gritos.

Após um longo silêncio Ludo olhou pra mim e me perguntou com curiosidade:

- Eai, chegou a usar alguma coisa da sacola?

Olhei pra ela assustada e meio que desentendida...

- Como assim, Ludo?

- Você sabe, Gabi, a sacola que meu mestre te deu...

- Como você sabe disso, Ludo?

- Ora... fui eu que escolhi os brinquedos da sacola... o mestre pediu e disse que ia te dar.

- Eu, eu... ah... eu...

- Calma menina! Gostou dos acessórios ou não?
- Eu não tive coragem nem de abrir, pra ver o que tinha dentro, Ludo...
- Ah, Gabi... - a voz de Ludo demonstrava tristeza, assim como seu rosto - por que?
- Ah, não sei... Não tenho muita coragem de fazer essas coisas, acho que a religião que me foi imposta ainda tá muito dentro de mim... até hoje me sinto um pouco culpada por não ser mais virgem...
- Aí, Gabi... Não se sinta assim... oprimir sua vontade de ter prazer não te faz bem... pode te fazer ser uma pessoa frustrada sexualmente no futuro. Vamos lá pra cima... vou te mostrar o que eu comprei pra você... você vai ver que não é nada assustador.  E hoje você vai tomar um banho de banheira pra relaxar, vai esquecer tudo e vai se tocar...

Ludo terminou de falar já saindo da piscina, se secando e pegando o celular dela... passou alguns minutos digitando alguma coisa, virou pra mim com um sorriso convidativo no rosto e falou:

- Vamos, menina! Você vai ver que não é nada de mais!

Sai da piscina me sequei e subi para o meu quarto logo atrás da Ludo.

_________________***________________

Minha descoberta dos 15 aos 28Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang