O garçom serviu nosso jantar e saiu. Começamos a comer em silêncio.

- Acho que vou entrar hoje na academia. - Luísa comentou enquanto separava alguns passas da comida.

- Hum, posso passar pra te buscar? Que horas acha que termina?

- Vou pegar carona com a Paloma, ela está de carro novo e quer dirigir para todo canto. - Assenti devagar.

Fiquei calada, pagamos a conta e retornamos ao carro.

- Ei, quando tiver saindo do escritório me diz. - Pedi e ela assentiu antes de descer.

Suspirei e fui para casa. Maria estava lavando roupas quando entrei, fui direto ao quarto, troquei de roupa e fui ao escritório trabalhar. Ao fim da tarde, voltei a colocar a roupa, peguei minhas roupas e aproveitei para deixar Maria no terminal de ônibus, metade do caminho para a casa dela.

Cheguei na universidade e mandei mensagem ao meu monitor, pedindo ajuda imediata. Logo ele surgiu na minha sala do tutorial acadêmico.

- Oi, professora.

- Querido, precisarei de você nesses dois horários. Aplique esse trabalho para as turmas, tenho compromisso sério e não vou poder ficar. Mil desculpas por ser tão em cima da hora.

- Tudo bem, estou sem aulas.

Entreguei o material a ele e o dispensei. Fiquei ainda um tempo no tutorial, até que Luísa mandou mensagem avisando que estava indo para a academia com Paloma. Um tempo depois, saí do trabalho, passei em um restaurante e comprei sushi, retornei para casa e ajeitei a mesa de centro da sala para comermos.

Tomei um banho, coloquei uma lingerie provocativa e um camisetão por cima, fingindo costume de estar com blusa masculina e velha em casa. Fiquei mexendo no celular jogada no sofá a esperando. A porta abriu e quando olhei, ela entrou com uma toalhinha na mão e roupa de academia.

- Hum, parece gente indo malhar. - Comentei e ela franziu a testa enquanto trancada a porta.

- O que faz em casa? Pensei que fosse dar aula.

- Você tem dez minutos para tomar banho enquanto eu ajeito tudo, você demorou muito.

- Já volto. - Ela piscou e correu ao quarto.

Terminei de ajeitar o que faltava e ela retornou do quarto com um pijama de porquinhos.

- Advogada, né? - Falei e ela riu. - Vem, estou morrendo de fome.

- Malhei à toa? - Perguntou sentando ao meu lado.

- Você não precisa malhar. - Ela me encarou e apontou o buchinho. - Eu gosto da sua barriga de cerveja, chopp e sanduíche.

- Ai, não fale isso. - Ela bateu em minha coxa.

Ficamos comendo sushi enquanto conversávamos sobre nosso dia e um pouco de histórias da época de criança. Quando terminamos, a puxei para um selinho.

- Amor, preciso te contar quem eu vi hoje. - Eu disse antes que ela descobrisse.

- Quem?

- A Maya. - Ela franziu a testa, confusa. - A mulher com quem eu morei na Espanha.

- E com quem você transou e teve um relacionamento não oficial, pois não foi nomeado de namoro. - Ela disse como se estivesse ensaiado o dia inteiro. - Eu sei, ela está aqui na cidade.

- Como sabe?

- Ela visualizou todos os meus stories de hoje, inclusive o seu no restaurante mais cedo.

Ela e euWhere stories live. Discover now