12 - It was not supposed to be that way

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— E aí, o quê achou? — perguntou Chaeyoung quando eu dei um gole no capuccino que ela havia preparado.

Soltei a caneca rapidamente engolindo em seco o líquido que passou rasgando por minha garganta, Chaeyoung deu um sorriso animado esperando ver alguma reação de minha pessoa mas eu somente neguei diversas vezes e disse:

— Está horrível.

— Não seja cruel, Sooyoung-ah. — Jiwoo disse do canto esquerdo da sala na qual estávamos.

— Deixe-a. — Chaeyoung deu uma risada. — Eu amo pessoas sinceras.

— Mas ela não está sendo sincera, está fazendo de propósito. — Jiwoo disse me fuzilando enquanto olhava na minha direção.

— Ei, você somente pensa mal de mim. Eu hein, eu estava sendo sincera sim. — falei cruzando os braços. — Acho que se ela usasse menos morangos ficaria bem melhor.

— Eu gosto de morangos. — a menor comentou analisando a xícara que eu estava segurando.

Demorei alguns segundos para notar que ela estava praticamente me pedindo um pouco do capuccino que Chaeyoung fez pra mim.

— Pode ficar. — disse eu estendendo a xícara na direção da menor. — Mas vou avisando, está terrível.

— Também não humilhe, né. — Chaeyoung disse enquanto guardava alguns copos.

— Você disse pra eu ser totalmente sincera em relação a isso, eu estou sendo sincera querida.

A mais velha deu uma risada anasalada e concordou com a cabeça.

— Seu jeito de ser sincera é muito massacrante.

— Ela é dramática e exagerada. — Jiwoo comentou observando o capuccino por alguns segundos antes de dar um gole. — Isso tá horrível!

— Eu disse! — bradei ao ver a reação da menor. — Tem alto teor de morangos que está se misturando de forma desproporcional com a cafeína, ou seja, isso está deixando o gosto terrivelmente ruim.

— Professora de Química. — Chaeyoung resmungou revirando os olhos.

A olhei um pouco confusa, eu nem sabia que aquilo havia soado inteligente achei que fosse somente algo óbvio; entretanto, para ela soou algo muito Nerd porque eu realmente era uma CDF certinha nessa realidade.

Ok, ok revirei os olhos depois dessa declaração.

Enfim, Chaeyoung levou isso nessa perspectiva pois ela era mais uma pessoa que me conhecia mas eu não a conhecia. Depois de alguns segundos conversando ela deixou escapar algumas informações sobre si própria e acabei por descobrir que ela e Jiwoo eram colegas e trabalhavam juntas desde de a época do colégio.

Mas algo que eu não compreendia era porquê eu estava justamente no local onde eu tentei evitar o resto da semana, mas desde de o incidente na casa de Saerom eu acabei por me aproximar um pouco mais de Jiwoo e essa aproximação me fez querer ficar junto a ela o tempo todo, e a menor pareceu não se importar com meu desejo oculto já que esse também era o dela.

E eu realmente deveria estar sentindo algo diferente, pois eu tinha arriscado meu emprego ridículo mas necessário para vingar-se por ela pelo o quê ocorreu. Na verdade Saerom não me demitiria, ela me ama, eu sou a melhor pessoa para ela humilhar e isso faz com que ela não possa me deixar ir.

Não sei se agradecia por isso ou se sentia vontade de vomitar por ter que aturar aquela criatura me importunando o tempo inteiro.

E enfim, cá estava eu provando as receitas loucas de café da Chaeyoung. Deveria ser mais ou menos umas duas da tarde e as crianças haviam ficado na casa de Chaewon e Hyejoo, e é claro que eu deixei a tenente Son de olho nos nossos filhos para que não ocorra nenhum tipo de interação do shipp deles dois, vulgo Chaewon decidiu chamar de Chuee o quê me fez achar ridículo e depois rir por alguns segundos.

Uncertain FutureWhere stories live. Discover now