10 - That Damn Smile

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Na terça-feira de tarde eu estava tentando ser uma boa colega e ajudando Yerim a escrever uma carta para Yeojin.

Eu não sabia por quais motivos ela queria ser clichê escrevendo uma carta quando ela simplesmente poderia chegar em Yeojin e dizer: "Casa comigo?"

Entretanto, Yerim havia decidido ser fofa e até tinha perguntado como foi meu casamento, mas eu não soube como responder isso pelo fato de que eu não me lembrava. Então eu fiquei ouvindo suas ideias e concordando com as menos ridículas demais, e enquanto isso eu escrevia os artigos que a Saerom tinha me mandado adiantar para daqui dois dias.

Ali na verdade era somente uma desculpa qualquer para me fazer trabalhar até tarde. Mas eu não estava nem um pouco animada para voltar pra casa.

Não, eu preferia sair com Yerim e ficar segurando vela enquanto ela pedia Yeojin em casamento. Mas não, eu tinha que ser uma boa mãe e voltar para casa.

Quando eu estava na metade do caminho, Chaewon me mandou uma mensagem avisando que não precisava buscar as crianças e eu somente dei de ombros enquanto lia a mensagem. Seria menos trabalho para mim.

Quando cheguei em casa notei que as luzes estavam todas acesas e as crianças estavam sentadas no sofá assistindo a algum desenho na tevê.

— Mamãe! — Taeyang foi o primeiro que percebeu que eu havia chegado fazendo Sun-Hee virar-se animadamente.

— Tudo bem crianças, podem terminar de me matar. — falei me ajoelhando no chão e estendendo os braços para que elas viessem.

Taeyang e Sun-Hee correram tão rápido quanto o Flash e pularam os dois ao mesmo tempo em meu colo.

Cara, isso dói muito. Eu achei que eles não fossem levar a sério o negócio de "Podem terminar de me matar".

— Jesus, tá bom, tá bom. Não é pra me matar no sentido literal. — falei sentindo Taeyang abraçar-me envolvendo seus braços em meu pescoço e Sun-Hee bagunçar meu cabelo enquanto cantarolava a música de algum filme da Disney. E por algum motivo eu não me importei com o fato de que ela estava desorganizando o meu cabelo por completo o que me fazia parecer uma recém chegada do hospício de American Horror Story.

— Mas nós não queremos te matar. — Taeyang disse. — Nós amamos muito você.

— Aham. — falei desconfiada. — Continuem me dando abraços assim e eu não irei durar nem uma semana.

Sun-Hee deu uma risada e negou com a cabeça.

— Tia Kahei unnie disse que mamãe era dramática, ela tem razão.

Semicerrei os olhos ao ouvir a menina.

— Tia Kahei unnie não sabe de nada. — falei revirando os olhos. — Eu não sou dramática.

— Ela sabe sim, ela cuida da cabeça das pessoinhas e tenta ajudar elas a não ficarem doidas ou tristes. — Sun-Hee explicou inocentemente.

— Então você quis dizer que ela é psicóloga. — disse dando uma risada.

Sun-Hee me olhou confusa e disse:

— Psi o quê?

— Psicóloga. — expliquei. — É isso que você disse. Kahei é psicóloga.

— Ah! Então, tia Kahei é "psicógola". — Sun-Hee disse pensativa. — Omma Jiwoo disse que você deveria ir em um psicógolo.

Semicerrei os olhos ao ouvir o que ela disse.

— Ela disse que o preciso de quê?!

— Eu não falei nada! — Jiwoo gritou da cozinha.

Isso foi até estranho, como ela conseguia ouvir nossa conversa? Eu hein.

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