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CAPÍTULO 04
ZOLA

Já haviam se passado mais de quatro horas e eu sentia que estávamos andando em círculos. Pego novamente todos o papeis jogados em cima da mesa e releio sobre a vida de Marina Aldaberon e ela me parece ser uma pessoa normal, nada de suspeito.

- Olhe isso. – Verne entra na sala e joga um panfleto em cima da mesa de centro.

Thierry é o primeiro a pegar e me olha com a sobrancelha arqueada.

- Acho que teremos um evento hoje à noite. – Thierry diz e me entrega o panfleto.

Jonas Rarivelli está promovendo um evento de caridade e iria promover seu novo segmento de mercado. Esse homem cheirava a encrenca e sujeira.

- Phelipe procure mais sobre Jonas e o que ele esteve fazendo nos últimos dez anos. – Peço. – Precisamos ter acesso a toda família de Marina e Jonas, temos que estar preparados para tudo.

- Aqui. – Verne joga uma pasta cheia de fotos em cima da mesa.

Pego as fotos e vejo as fotos de Marina andando nas ruas despreocupada, ela não me parecia ser uma pessoa que devia algo a alguém. Somente uma foto de Jonas em frente a um hospital. A outra foto era de um homem moreno com um piercing supercilio.

- Esse deve ser Bernardo Aldaberon? – Pergunto levantando a foto e percebo que é o mesmo homem que vi hoje em frente ao estúdio junto de Lina.

Sinto um mau pressentimento.

- Isso. – Verne concorda e pega uma outra foto da pasta. – E essa é Melissa, morta em um acidente de carro.

E meus olhos ficam vidrados na mulher da foto, ele era linda e parecia com sua irmã Marina. Pego as fotos das duas e coloco lado a lado e percebo que elas têm muito em comum, algo que me desperta algo e me faz lembrar de alguém, alguém que não consigo identificar direito.

- Você comentou que eram três mulheres e Bernardo, certo? – Falo e Verne concorda. – Onde está a outra irmã então? – Pergunto.

- Sim, Melina Aldaberon. – Verne joga a foto em cima da mesa.

Meus olhos se prendem na foto como se eu estivesse enfeitiçado, pego a foto e estudo o rosto de Melina calmamente me dando conta de como ela é linda. Até mesmo na foto ela tem um sorriso leve no rosto.

- Eu a conheci. – Falo ainda olhando a foto em minhas mãos.

- Como assim? – Thierry pergunta desconfiado.

- Eu quase a atropelei quando cheguei na cidade. – Falo percebendo como o olhar de Melina prendiam qualquer um.

- Isso é bom. – Phelipe diz. – Pode usar esse pretexto e se aproximar dela, temos que saber até onde ela se envolve nas coisas da irmã.

Engulo em seco.

Eu sabia que não podia desperdiçar nenhumas chances de solucionar esse caso. Quanto antes eu resolvesse todo problema, antes eu estaria em casa e poderia viver minha vida novamente.

- Mais alguma informação? – Pergunto.

- Sim, tenho uma informação interessante. – Verne diz. – Melissa teve uma filha antes de morrer, ninguém sabe quem é o pai, mas a menina mora com Melina e a mãe. – Verne diz e me entrega a foto da menina. – A menina tem leucemia e a anos está fazendo um tratamento que é a Camurro que está bancando. – Travo completamente.

- Que merda você está dizendo, Verne? – Rosno.

Thierry me olha desconfiado.

- É a informação que temos, a muito tempo atrás foi concedido uma quantia pela Camurro para pagar o tratamento da menina. – Verne fala também sem entender.

Perdendo-se no Passado I Livro 05 -  Série ObscurosOù les histoires vivent. Découvrez maintenant