Com você

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-Você não pode fazer isso, eu sei que éramos namorados e você deve sentir minha falta, mas você precisa entender que agora você ainda é um estranho pra mim. -disse Cecília rapidamente sem notar que magoara Pedro profundamente.

-Éramos? -perguntou apenas.

-Desculpe, mas você não espera que eu ainda seja sua namorada nesta situação, não é? -perguntou um pouco exasperada, sua voz soando ríspida, fazendo com que Pedro ficasse de pé no mesmo instante.

-Me perdoe, eu não tinha a intenção de lhe chatear. -disse com uma voz quase inaudível, caminhando em direção ao sofá com o olhar baixo.

-Não, -hesitou e ponderou que a errada da história era ela. _ Me perdoe, por favor, eu sinto muito, não quero lhe magoar. Mas quero muito ser sua amiga. Preciso lembrar de você, preciso mesmo. -disse rapidamente, sentando-se na cama e se preparando para levantar com um pouco de dificuldade.

-Você quer ajuda? Quer alguma coisa? -perguntou Pedro preocupado virando-se em direção à moça.

-Não, eu consigo, preciso fazer uma coisa. -disse apenas, ao conseguir, pôr fim, ficar de pé e caminhar lentamente.

Pedro observava a garota se aproximar e tentava imaginar o que ela queria fazer, quando Cecília se aproximou dele ficando apenas a meio metro de distância ela deu um passo a frente e lhe abraçou suavemente.

-Eu é quem peço perdão e também quero lhe agradecer por tudo. Sei que você é especial, e por algum motivo, eu sinto que é como se faltasse algo em minha vida, e tenho quase certeza de que esse algo é nós dois. -disse olhando nos olhos castanhos de Pedro que brilhavam ao olhar para o belo rosto de Cecília.

-Eu estou aqui, e não há o que agradecer ou perdoar. Eu amo você, e farei o que for preciso por nós dois. -disse gentilmente beijando o topo da cabeça morena de Cecília.

A garota soltou-se do abraço de Pedro e com a ajuda dele voltou para a cama. A semana passou tranquilamente. Cecília já estava muito melhor, e não sentia mais dores na cabeça. No sábado, pela manhã, ela recebeu alta e foi para casa com sua tia e Pedro; sua avó, Olívia e Juliana já a esperavam na casa dos Carvalhos com uma pequena festinha de boas-vindas. Assim que entrou na casa, a garota ficou maravilhada não só pela beleza de seu interior, mas também pela festa que tinham preparado para ela. A morena riu e conversou com as pessoas que amava, depois foi para o seu quarto que estava completamente arrumado. Sua avó e tia ficariam num quarto no térreo por causa das escadas e Pedro ficaria no quarto ao lado como sempre fora.

-Esse é o meu antigo quarto? -perguntou olhando para Olívia que sorriu largamente assentindo.

-Nossa, amiga! É perfeito! -disse Juliana observando os detalhes ao redor.

-É mesmo, muito obrigada. Eu nem sei como agradecer! -disse Cecília, abraçando Olívia levemente.

Por volta das 16:00, todos já haviam ido embora e Cecília se recolheu para tomar um banho, dessa vez sozinha e relaxar um pouco. A garota vestiu um shorts de tecido bege e uma blusa de alças rosa chá, sentou-se em sua cama para pentear os cabelos molhados e sorriu ao olhar o quanto aquele quarto era bonito. De repente, ela começou a ouvir um som que vinha do quarto ao lado e rapidamente percebeu que era a voz de Pedro. Ela conhecia a canção que ele estava cantando e num impulso ela jogou os cabelos para trás, que agora estavam batendo em sua cintura, e foi até a porta ao lado. Bateu duas vezes e ouviu um "entre".

-Oi. Não, não pare de cantar, por favor! -pediu sorrindo e se sentando ao lado de Pedro.

O rapaz abriu um largo sorriso e continuou de onde havia parado. A garota estava deliciando a bela voz de Pedro e sentiu algo diferente, como se já houvesse vivido aquilo, e em outro impulso ela começou a cantar junto com Pedro, com a voz um pouco fraca, porém em perfeita harmonia. Quando a música acabou, os dois se olhavam diretamente nos olhos, então ela perguntou:

Hope (Completa)Where stories live. Discover now