Capítulo XLVII - Hora da Verdade - Parte II

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OBS: Apertem o play na música aqui em cima e escutem até terminar o capítulo.


O olhar de Ana não vacila, encara-o com determinação, como se não temesse sua presença

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O olhar de Ana não vacila, encara-o com determinação, como se não temesse sua presença. Coragem ou estupidez? No entanto sua aparência não é uma das melhores. Olhos profundos com um leve tom arroxeado em torno e pele pálida. Os óculos me fazem questionar a razão de estarem lá, uma vez que ela nunca tenha precisado usá-los. Sua postura confiante me incomoda me fazendo pensar que ela não tem medo do que está por vir, e se isso for apenas um personagem que ela vestiu algo de muito ruim pode acontecer.

— Querida... — Ele força simpatia caminhando em sua direção. Meu estômago aperta em desespero, temendo o pior, sobretudo Ana continua em seu lugar olhando-o nos olhos. Ele a pega levemente pelos braços dando beijos de saudação em suas bochechas, então se afasta. — Estivemos esperando pela sua presença como se espera a volta de Jesus. — Ele ri dando alguns passos para trás, fazendo um gesto para que o cara que a trouxe vá embora. — Christian estava ansioso. — O tom maldoso é perceptível. Ao mencionar-me, os olhos de Anastácia vagueiam em minha direção, e por um momento ela abandona sua pose calma, seus lábios se abrem e eu suponho que ela vá chorar, entretanto surpreendo-me ao vê-la engolir em seco e voltar seu olhar para o sequestrador. — Ele este...

— Onde está Taylor? — Ela o corta, a voz séria, o corpo rígido.

O homem se vira, provavelmente admirado pela audácia.

— O guarda-costas? — Pergunta. Ele estala os dedos e alguns homens se afastam, instantes depois voltam com meu segurança carregado e o jogam sem qualquer cuidado no chão. Está com o rosto completamente ensanguentado, respira em arquejos, parece moribundo, mal pode se mexer.

Ana corre em sua direção largando as maletas ao seu lado, e cuidadosamente tenta virar Taylor, e por ser pesado ela usa toda sua força, suas mãos vão a seu rosto, checa os sinais vitais e alívio toma seu corpo quando percebe sua respiração.

— Taylor? Você consegue me ouvir? — Sua fala é calma, mansa. — Por favor, fale comigo. — Pede.

Eu assisto a essa cena deslumbrando. Minha pequena Ana não é nada daquilo que eu imaginei que seria, a cada experiência que tínhamos ela me deixava sem palavras. Eu nunca poderia imaginar que aquela garota estabanada que entrou caindo no meu escritório seria essa mulher forte agora em minha frente, talvez mais forte do que eu.

Sua cabeça se ergue quando ela olha para o sequestrador.

— Ele não tem nada a ver com essa história. Por favor, o liberte logo. Se ele continuar aqui ele vai morrer. — O apelo vem acompanhado de um pouco de submissão. Dá para ver que ela baixou a guarda por um instante, preocupada com a aquela vida que estava se esvaindo aos poucos.

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