Décimo sétimo capítulo.-A lenda da Maldição

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  Ele pensa e começa.

   "Como você já sabe sua avó desafiou a morte por um grande amor! Mas antes disso uma mulher também desafiou a morte! Essa mulher não era qualquer mulher, ela era a rainha de Cher Airns!"

  "E porque ela desafiou a morte?"

   "Eu já ia contar! Ela desafiou a morte também por um grande amor. Mas não por um homem e sim por seus dois filhos, que nasceram doentes, não me lembro qual doença!" - Ele pausa. - "A morte disse que só poderia salvar um de seus filhos e que o outro teria de morrer! A rainha não aceitou que apenas um de seus filhos sobrevivesse, então ofereceu sua vida a morte. E assim como com sua avó, a morte recusou. A rainha desafiou a morte para uma batalha de espadas onde feriu gravemente a morte!"

  Isso é possível?

   "Isso é possível?"

    "Acho que sim! Voltando a lenda! A morte não gostou de ser ferida. E lançou uma maldição a este planeta. A maldição da lua de sangue. Onde uma vez por ano todas as crianças que nasceram no mesmo ano há de receber a doença dos príncipes. Uma doença mortal! Por isso não se vê crianças aqui, e por isso querem acabar com a maldição! Pois sem crianças a espécie irá se extinguir!"

  "Mas porque dos escolhidos e tal?"

  Ele ri.

   "Esse sempre foi um planeta de muito amor, mas com a maldição o amor virou ódio e quando sua avó chegou e a morte amaldiçoou novamente esse planeta os impedindo de amar. O amor aqui se acabou!"

   A essa altura eu já não estou entendendo quase nada.

  "A lua deste planeta é a Terra, antes da maldição da Lua de Sangue, a lua deles era azul, pela quantidade de água da Terra. Mas depois da maldição a lua se tornou vermelha aos olhos deles. A morte é justa e não quer que esse planeta se acabe, por isso ela escondeu algo na lua, algo que pode salvar esse planeta da extinção. Nós os escolhidos, estávamos escondidos ao lado obscuro da lua de Cher Airns, estávamos escondidos na América do Norte!"

  Respiro fundo e seguro o grito, da dor que sinto ao respirar.

  "Todas as pessoas que morrem, se matam na verdade, por amor a morte as trás para cá. E dá a elas uma segunda chance de viver. Viver sem amar!" - Ele para e ri. "Eu sei que você deve não estar entendendo nada, mas estou falando conforme me lembro!" - Ele ri novamente.

   "É não estou entendendo nada mesmo!" - Começo a rir. Paro por que dói.

   "Então eu vou parar, não está entendendo mesmo!"

   "Não, continue!" - Ele me encara. - "Por favor!"

    "Está bem. Vamos ver! Você queria saber qual é a missão dos escolhidos aqui não é? Pois bem, como nós somos a salvação desse planeta, somos o que a morte escondeu no lado obscuro da Lua barra Terra. Somos uma das poucas maneiras de salvar esse planeta, o coração da garota de sangue, o sacrifício, e o amor de seus amigos. São realmente a única maneira de quebrar a maldição. Somos o brinquedinho da morte!" - Ele faz careta e afina um pouco a voz na última frase o que me faz rir.

   "Aí, aí!" - Sugo o ar entre os dentes.

  "Calma!" - Ele para e espera um pouco. - "Foi a morte que nos deu os dons logo após nosso nascimento, como foi exatamente não sei! Mas como tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. Como já sabe, os Airnstens não querem nos usar apenas para acabar com a maldição, eles querem também se tornar mais fortes, mais poderosos que qualquer ser no universo. E se perdermos essa batalha eles ganham e nós seremos usados para torná-los mais e mais fortes. E se eles nos capturarem antes da batalha, a batalha para nós já está perdida!" - Ele abaixa a cabeça.

A Maldição da Lua.Where stories live. Discover now