Roleta do amor

Capítulo 23

Fiquei surpresa com a mensagem do Théo. " Me encontra no meu quarto"

Estava um pouco receosa com a mensagem... mas enfim iria até o quarto dele para ver o que ele queria. Se ele queria jogar, agora tinha uma oponente forte. Não seria, mas a menina ingênua que ele conheceu. Se ele não quisesse casar comigo, iria direto para a polícia. Como eu disse, não tenho nada a perder. Para quem nunca teve nada na vida, o que era mais importante para mim era a minha dignidade. Não admito ninguém brincar comigo desta maneira. Subi até o quarto dele, bati na porta e respirei fundo. " Coragem Ana, coragem!"

- Entra. Ele disse em um tom frio e distante.

- Então já tem a resposta? Dura Ana, você tem que ser dura!

-Já. Toma. E ele me entregou alguns papéis.

- O que é isto?

- Além de estranha é analfabeta?

- Ora seu idiota! Me diga o que é isto? Que hoje não estou com paciência para brincadeiras.

- É um contrato de casamento. Aí tem todas as condições. Você não vai levar nada de mim... nada entendeu?

- Eu já disse para você que eu não quero o seu dinheiro! Então pouco me importa se vou ganhar algo ou não com isso.

- Ah, tá! Acredito! E para que armou este circo todo?

- Já te disse quero fazer você pagar o que me fez! Eu não vou te deixar em paz. Até que me peça perdão de joelhos.

Théo ficou nervoso e agarrou o meu rosto com uma das suas mãos e espremeu as minhas bochechas. Ele estava esmagando elas... estava sentindo dor.

- Escuta aqui garota! Se está pensando que vai acabar com a minha vida está muito enganada. Eu vou casar com você. Mas não vai ter nada de mim, não quero nada com você. EU ODEIO VOCÊ, entendeu?

- Você odeia agora! Gritei. Vai me querer e vai me amar e rastejar aos meus pés. Eu ainda vou viver, para ver você se rastejando aos meus pés.

- Cala a boca sua maluca! E assina logo a droga deste contrato.

Ele estava tão irado que me empurrou e cai sentada na cama. Assinei o contrato e ele me mandou sair do quarto. Esbravejei e bati na porta com força.

- Você vai pagar por tudo o que fez, seu desgraçado!