Capítulo 22: bruxo?

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Finalmente atualizei rosa negra depois de quase dois meses e ainda escreve menos de 2000 palavras. Eu estava sim com criatividade, sabia o que queria escrever e o capítulo ficou exatamente como eu desejava. como eu estou de recesso, 15 dias sem aula, tentarei postar mais frequentemente ou escrever vários capítulos para postar ao longo do mês ou meses.

~LEIAM AS NOTAS FINAIS~

Sofia era uma mulher esperta. Contrariava todos os preceitos impostos para mulheres como ela - abastadas -. Devido isso, nunca desejara casar-se com alguém tão podre e vazio quanto James. Lembrava-se com ternura de seu primeiro e único amor, Charlus Drakos - um fazendeiro que residia nos arredores da cidade -. Mesmo casada, eles ainda se encontravam, entretanto, o romance juvenil - que juravam ser eterno - acabara após um ano.

Ela, todavia, não sentia culpa, tão pouco remorso, pelos atos passados. Seu casamento baseava-se em mentiras e soberba. Sofia nunca desejara tais coisas e aproveitava todos os momentos de felicidade que dispunha. Em seu ver, o caso que tivera com Charlus serviu-lhe para mostrar o significado das palavras duras dos pensadores; a humanidade era egoísta, cruel, insensível, importava-se apenas com o seu bem-estar e faria de tudo para conseguir realizar seus objetivos - mesmo que tivesse que extinguir um país inteiro para isto -.

Seu único arrependimento era a ausência e passividade nas decisões de seus filhos e de James. Por muito tempo, o mundo ao seu redor tornou-se insignificante - até um dia fatídico, na qual quase perdera Lucas -.

Queria poder viver mais. Queria poder vê-los libertos de James e seu ódio - injustificável -. Mas, infelizmente, a morte a rondava, esperando o momento para leva-la para a próxima vida. Nada poderia fazer para impedir isso, estava a ser envenenada e seu companheiro era o responsável - o senhor Freund já não via utilidade para ela -.

Mas, enquanto esperava pela entidade, Sofia fazia o possível para ajudar seus filhos - sobretudo Denis -. Observar seu ultimogênito contorcer-se de dor e delirar com os mais devassos pesadelos, doía-lhe o peito, pois nada poderia fazer.

Acalentava-o em teu colo, acarinhando os fios alvos de seu menino. Sorrindo com pesar ao constatar que pouco tempo lhe restava. Beijou-lhe a fronte e retirou-se do aposento, com a mão no estômago e a visão embaçada.

No quarto silencioso e sombrio, Denis, de súbito, levantou-se. seus olhos jaziam brancos e de seus lábios, rachados e pálidos, soavam um idioma antigo - esquecido a milênios pelos humanos -. Sua pele brilhava, ainda mais branca, e se contrastava dos pequenos pontos de magia que o rodeavam.

No instante seguinte, jazia sobre a terra fofa e molhada da floresta - no coração da mesma -. Todos os seres presentes, mágicos ou não, contemplavam com admiração e respeito o primogênito de Eveline. A cada passo que o menino dava, as árvores afastavam-se - permitindo sua passagem -. Logo as fadas estavam a seu redor, entoando cânticos antigos - em celebração -. Dançavam ao seu redor, umas - mais ousadas - tocavam vez por outra a ponta de suas palmas.

O casebre de Evellyn encontrava-se logo mais à frente. A bruxa estava a esperar por seu sobrinho, observando com afago o acolhimento do bosque para com Denis. O poder do albino não era amplo - diferentemente de sua mãe e tias - e pouco perceptível - manifestando-se apenas no solstício de inverno e em momentos de demasiado perigo -.

Ambos os bruxos fitaram a fronte um do outro e, então, Denis pôde tombar nos braços de sua parente. A bruxa mais velha, aparou-o em seus braços, enquanto ele recuperava-se. mirou, ainda desnorteado, a face alheia e sorriu minimamente.

Rosa negraWhere stories live. Discover now