Capítulo 16: na beira do lago

272 21 1
                                    

========(Denis)=======

23/setembro/2017 – sexta-feira

(23:40)

Estava sentado confortavelmente em minha cama, enquanto assistia mais um episódio de supernatural, admito, eu gosto muito dessa série e não conseguia para de vê-la.

Então começa a soar carry on my wayward son, Kansas, e meu coração acelera, finalmente teria a tão esperada lutar entre Michael¹ e Lúcifer.

Cantava, distraidamente, à música tema do season finale, mas, uma rachada de vento irrompeu pelo quarto afora, fazendo-me olhar rapidamente para a janela – que outrora jazia fechada.

Matthew estava parado ao lado dela, olhando-me surpreso e um tanto assustado. Não contive uma gargalhada – que ecoou por todo o quarto – fazendo-o ruborizar de pura vergonha.

Levantei da cama e fui até o corpo rígido do louro, depositando um beijo terno em seus lábios e o despertando.

Denis: o que tanto olhas? – perguntei carinhoso, ainda sem mim afastar.

Matthew: o que fazes acordado? — perguntou desconfiado, olhando acusatório para o notebook.

Denis: assistindo supernatural — responde também fitando o aparelho — e o que você faz aqui?

Matthew: bem...e-eu — começou sem jeito, ruborizando mais do que antes — vim entregar-te está carta — finalizou um pouco mais calmo, mas, ainda muito vermelho.

Recolhe a carta e a rosa - que estavam estendidas em minha direção - e dei-lhe um beijo na bochecha, em agradecimento.

Denis: obrigado — agradece eufórico e aspirei o doce aroma da rosa, que era diferente de todos os outros (que eu já tinha sentido) — eu adoro o aroma dessa flor — divaguei, o aspirando novamente — é..tão...exótico...aonde você as consegue?

Matthew: elas vieram da Roménia — constatou simplista — essas rosas apenas nascem lá, por causa do solo.

Denis: então como? ... — não sabia exatamente o que perguntar.

Meu coração aqueceu em saber que ele as comprou especialmente para mim, mas, também sentia-me culpado em apenas receber presentes e nunca presentear.

Matthew: eu as plantei em meu jardim — explicou calmamente, notando a minha confusão — se quiser, um dia levares-te lá.

Denis: eu iria adorar — responde, não contendo minha animação — mas, você...bem, quer sair comigo?

Matthew: sim, claro que sim — confirmou, também não contendo sua euforia — bem, quando?

Denis: amanhã?! — perguntei um pouco mais alto do que gostaria.

Matthew: sim!! — afirmou com a mesma animação.

Um sorriso brotou em meus lábios, verdadeiro e animado.

Abracei-o fortemente, juntando nossos lábios no momento segundo, iniciando um beijo apaixonado e inexperiente.

Minhas mãos foram até sua cintura e o puxei para mais perto - se é que era possível. Matthew enlaçou o meu pescoço - já que éramos da mesma altura.

Ficamos apenas sentindo o gosto um do outro - sem nunca adentrar a boca um do outro - até que ele afastou-se, deixando-me respirar.

Juntei nossas testas e encarei seus olhos. Matthew juntou nossas bocas, novamente, e rodeou meus lábios - pedindo permissão para adentrar minha cavidade bucal. Entreabre os lábios e a língua dele entrou, devagar e hesitante.

Rosa negraWhere stories live. Discover now