Capítulo 18: desconhecido, conhecido

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=======(mensagem)=======

Dylan: quem é você? Como conseguiu meu número?!

Digitei rapidamente, tremendo muito. Rezava internamente para tudo não passar de um trote.

Número desconhecido: não lembrar-te mais de mim, querido Dylan?

Dylan: pare de enrolar e fale de uma vez quem é você.

Estava irritado, assustado e sem paciência para jogos idiotas.

Número desconhecido: nomeiam-me por Pietro Pellegrino. Mas, pequeno Dylan, preferiria que você escolhesse Hian.

Estava atordoado. Fiquei estático por vários minutos. Apenas voltei a mim, quando uma nova mensagem chegou e pude perceber a tela do celular molhada.

Limpem-na, mas, retornou a molhar. Levei minha mão direita até meus olhos e os limpei. Percebendo - finalmente - que estava chorando.

Hian: não chore, Dylan. Meu peito dói ao vê-lo chorar tão desesperadamente.

Dylan: o que você quer?

Hian: quero que venha em meu apartamento. Agora.

Dylan: por que eu iria?

Hian: Jane não ficaria nada contente em assistir esse vídeo. Não?

[ Hian enviou um vídeo]

Meu coração começou a bater descompassadamente, enquanto fitava o que vídeo que mostrava a conversa que tive com Denis - na festa -

Dylan: qual é o endereço?

Hian: hotel, Harry wood. Quarto 435.

=======(mensagem)=======

Guardei o celular no bolso de meu short e liguei o carro. Dirigir até o local e estacionei algumas quadras antes dele.

Desce do carro e caminhei rapidamente até o hotel. Adentrei a recepção e nenhum hóspede estava - suspirei aliviado. Seguir até o recepcionista e me apresentei.

O homem rapidamente deixou-me seguir. Caminhei até o elevador e apertei o botão do quarto andar. Enquanto sentia a caixa de ferro subir, encostei-me nela e suspirei pesadamente.

Contive as lágrimas que teimavam em descer e fechei os olhos, contando os minutos. As portas se abriram e eu adentrei o corretor.

Novamente ninguém estava nele, isso deixou-me tanto aliviado quanto preocupado. Continuei andando pelo piso de madeira até avistar o quarto 435.

Parei em frente deste e suspirei algumas vezes antes de bater três vezes. A porta abriu-se no mesmo instante Hian apareceu; os cabelos preto-acastanhados jogados para o lado, a barba Branca e o bigode marrom davam-no um ar mais maduro.

Hian: chegou rápido, não? - Pronunciou-se sugestivamente. Com um sorriso presunçoso em seus lábios.

Dylan: vá para o inferno!! - Proferir irritado, porém, baixo o suficiente para apenas ele ouvir - diga de uma vez o que quer.

Hian: acalme-se. Não seria adequado ter uma conversa tão séria na soleira de uma porta - respondeu sorrindo largamente.

Ele retornou para dentro do apartamento sem dizer mais nada. Acompanhem-no a contragosto. Hian sentou-se em uma poltrona - da sala - e eu aconcheguei-me no sofá - à frente do homem.

Um sorriso sarcástico e prepotente cortava sua face. Seus olhos negros olhavam-me a todo instante, com um brilho quase doentio. Hian ajeitou-se em seu lugar e desta vez encarou-me seriamente, segurando um pendrive em seus dedos.

Rosa negraWhere stories live. Discover now