CAPÍTULO XV

13.1K 1.3K 257
                                    


BARTOLOMEU MONTANARI

- Elisabeth? Elisabeth?

Eu e a Ângela tínhamos resolvido os nossos conflitos e voltado para a sala de dança, não encontrando a Beth em lugar nenhum.

- Pra onde será que ela foi?

- Por que não aproveitamos esse momento raro que temos de ficarmos sozinhos para... brincarmos um pouco, han?

Começou a tirar a roupa na minha frente e a morder o lábio inferior.

Senti meu celular vibrando dentro do bolso da calça. Peguei para ver o que era e percebi que o Hank havia me mandando uma mensagem há umas oito horas atrás, a qual eu não tinha visto até aquele momento.

"Está feito, senhor".

Eu tinha mandando o Hank -um amigo de longa data da minha família, que a propósito era um assassino de aluguel- eliminar uma pessoa pra mim de forma nada suspeita : o namorado imbecil da Beth, o tal do Joe. E pelo visto ele havia conseguido. Ela deve ter recebido a notícia e ido pra casa.

- Eu adoraria, mas tenho que ir agora.

- O que houve dessa vez?

- Nada demais, eu só preciso... resolver um assunto.

- É ela, não é? Aposto. Ela já tem até o seu número de telefone?!

- Ângela, de quem você está falando?

- Da Elisabeth, é óbvio. Pra você estar me deixando de lado só pode ser por causa dela. Até quando vai me trocar pra ir correndo atrás daquela piranha?

- Gata, não é nada disso que você está pensando. É que... deu um problema lá na fábrica de armas e você sabe que eu também sou responsável por esse setor, então agora tenho que ir ver o que houve para não se agravar.

- Sério? Um problema na fábrica de armas? Você já deu desculpas mais convincentes.

Cruzou os braços.

- Eu prometo que te recompenso mais tarde.

Dei as costas para ela.

- Se sair por aquela porta, eu saio da sua vida pra sempre.

Pausei o passo por um segundo, me virando para ela.

- Pense bem, porque se você for embora, estará deixando pra trás uma pessoa que te ama, que pode ser a mulher dos seus sonhos e que se você der uma chance, te fará o homem mais feliz do mundo.

Me aproximei dela e peguei em seu rosto com as duas mãos, lhe dando um beijo suave nos lábios.

- Sinto muito, Angel. Eu tenho mesmo que ir.

- Então será essa a sua escolha?

Ignorei seus murmuros de choro, engolindo em seco e indo embora dali, a deixando sem uma resposta.

Peguei o carro e fui direto pra casa.

Assim que cheguei, vi a professora particular da Cass na cozinha, preparando um lanche.

- Cadê... cadê a minha filha?

- No quarto, estudando. Quer vê-la?

- Não, agora não. Fique lá com ela e não saia até eu mandar, ouviu bem?

- Sim, mas está tudo bem?

- Está tudo ótimo! É que a mãe dela recebeu a notícia de que um parente muito querido morreu hoje e a Cass se assusta fácil, então eu não quero... que ela veja a mãe triste, chorando.

BARTOLOMEU - MÁFIA MONTANARI [L2] [ Completo] 2018Onde as histórias ganham vida. Descobre agora