Capítulo XXXII: Em meio ao deserto; Trilha

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Em algum lugar afastado no deserto...

      “O sol estava escaldante, o solo arenoso expelia o mormaço do tempo sem dó, nem todos ou ninguém conseguiria uma caminhada longa no deserto, a alcateia estava se reduzindo aos poucos, os lobos morriam no caminho desidratados, doentes ou de exaustão. Shontal o líder de frente junto com seu filho Shenai iam árduos ao oráculo, a caminhada já ia mais de semanas sem descanso. O filho Shenai estava se segurando como podia, pois desde que voltara de Atlas que não descansara como merecido, via os lobos ficando para trás e imaginava que se caísse seu pai não teria compaixão em ampará-lo, o deixaria para trás para ser devorado pelos chacais.
- Pai, me escute, o senhor precisa diminuir o ritmo sua alcateia esta se reduzindo a nada.
- Se estão ficando para trás é porque não merecem estar no clã. – fala Shontal com indiferença.
- Pai, não são sangues puros, eles precisam de descanso, repor as forças, até o senhor mesmo precisa desc... – Shenai para de falar quando seu pai se vira bruscamente para olhar para ele.
- Quem precisa descansar! Fale por você, se quiser fique para trás com eles e rastejem como cobras pelas areias, meu nível de paciência com você Shenai esta quase no fim. – fala se virando para retomar a caminhada.
- Mas o que foi que eu fiz? – pergunta o lobo acelerando o passo para ficar ao lado do pai.
- Esse é o problema, o que você não fez. – ele cospe as palavras sem olhar para o filho, Shenai para e ingere as palavras do pai, estava o culpando por não ter trazido a sua irmã de volta para o bando, mas que culpa tinha ele? Ele retoma a caminhada exaustiva praguejando na mente sua irmã que mesmo longe estava fazendo a vida dele se tornar um inferno.
      Shenai olha para trás para o pouco do bando que restara e que lutava contra o calor infernal do deserto para se mostrar forte para o líder, Shenai tinha pena pois não sabia eles que se estavam se esforçando na ida ao oráculo e não morressem, com certeza morreriam na volta. Um dos membros estava bem magro e desidratado mas persistia firme junto com os demais. Quando Shenai se vira para continuar seu sentido adiante, esbarra nas costas do pai que estava parado.
- Seu clã fraco agradeça aos seus votos meu filho, pois chegamos ao nosso destino. – fala Shontal olhando adiante e Shenai segue sua visão.
   Estavam diante de um monte de pedras cheia de fissuras e entradas como de cavernas, tinha um formato estranho e pré-histórico, era assustador em meio ao deserto. Shenai olha de lado para o pai que estava com um sorriso satisfeito. Ele dá um grito de comando e todos retomam a caminhada em direção a montanha rochosa, chegando perto os lobos se sentam embaixo onde a grande pedra fazia sombra mediante ao sol forte, abrem seus cantis e tomam um pouco da agua que estavam economizando para ate sair do deserto.
- Vocês fiquem aqui embaixo descansando que eu e meu filho irá lá em cima falar com o oráculo. – fala Shontal e Shenai se aproxima do pai espantado.
- Pai o senhor nunca nos leva para ver o oráculo, o senhor sempre vai com um membro da alcateia.
- Mas a partir de hoje quero que venha comigo, para aprender, pois um dia você continuara meus passos e precisa saber como se procede tudo. – explica o pai e Shenai fica nervoso ao saber que continuaria com os planos do pai no futuro.
- Você ai! Me prove fidelidade e venha conosco. – fala o líder para o lobo que estava quase morrendo, como provar fidelidade já a beira da morte? Pensa Shenai. Mas mesmo assim o lobo se levanta e se junta aos líderes e começam a escalada para a caverna do oráculo.”

      “Sonhos loucos, sensações loucas era o que sentia. Nunca tivera medo do escuro, mas agora estava, não seria exatamente medo da negritude, e sim, medo de não poder mais ver o clarão do dia. Algo macio e úmido é posto na sua testa, refrescando o calor e dando uma sensação de alivio. Abre os olhos lentamente e com a vista embaçada ver o dia claro entrando na casa onde estava, sua visão se adapta com a luz e ver claramente que estava na casa do fauno, olha o autor do pano úmido e não era autor e sim autora, era a Kyle.
- Sher você esta bem? – Shermicy encara a anjo e olha ao redor mais uma vez e se vê deitada numa cama.
- Estou meio confusa mas estou bem sim. – fala em reposta.
- Que bom, ficamos preocupados com você, mas o senhor Nordes garantiu que só era exaustão. – explica Kyle e uma enxurrada de lembranças toma sua mente e lembra de tudo que vira, dos olhos verde esmeralda brilhantes e assustados.
- Edward?
- Esta bem, tornou a vida graças a você, esta lá fora no jardim. Preocupado com você. – responde a anjo e a lobo fica com uma pontada de culpa por estar causando preocupação, geralmente era ela quem se preocupava.
- Vou vê-lo. – fala a Shermicy se levantando da cama, estava meio desorientada mas dava para se por de pé.
- Tem certeza que esta em condições?
- Claro, sou uma lobo, treinada para cair e se recuperar rapidamente. – fala ela sorrindo e saindo do quarto.
      Olha ao redor de dentro da casa e vê o senhor Nordes na cozinha preparando algo com cheiro bom, dar um bom dia rapidamente ao fauno que lhe responde cantarolando, Like estava no outro quarto descansando e Kyle vai se juntar a ele. A lobo olha pela janela e vê o bruxo sentado num banco levitando algumas pedrinhas, ela sai pela porta em direção a ele.”
      Estava preocupado, ao encontrar a Shermicy desacordada fora nauseante, então não fora apenas um sonho, de algum modo eu tinha morrido de verdade e tornado a vida. O fauno pedira para coloca-la na cama e dissera para não se preocupar que era só exaustão da parte dela, deu um chá a ela e se retirou junto com os demais, eu fiquei sentado numa cadeira esperando-a acordar, era engraçado que geralmente eu que caia na inconsciência e tornava com ela ao meu lado. Hoje seria diferente. A manha apontara no céu e nada.
- Você precisa descansar. Desde que tornou ainda não dormiu. – era Kyle pegando no meu ombro.
- Não estou cansado, me sinto revigorado, quero que ela acorde. – falo olhando para Shermicy.
- É, eu também quero. Ed ela ficou muito preocupa com a opção de você não voltar mais. – fala Kyle e fico cabisbaixo.
- Kyle você pode ficar aqui com ela, para eu respirar um pouco?
- Claro vai lá. – trocamos de lugar na cadeira, dou um beijo na testa da anjo de agradecimento e saio para fora da casa.
      Me sento num banco que tinha no jardim do fauno e finalmente solto a respiração, estava sufocado com o que Kyle dissera. Me sinto culpado pois eu não queria voltar, queria romper o cordão vital e morrer de vez para ficar com minha mãe, mas não pensara nos demais, como estavam sofrendo ou passando com a possibilidade da perda. Baixo minha cabeça e começo a chorar, era um fardo muito pesado para carregar sozinho. Se eu pudesse jogava tudo para o ar e deixava para lá. Mas fazendo isso estaria traindo os que estão comigo, e aquelas quem perdi. Penso na minha mãe dizendo que ainda não era meu fim, e penso instantaneamente na Caline, ainda lutando para mim defender, mesmo depois da morte. “Tem alguém agora salvando sua vida por mim” “Seja feliz”. As palavras de Caline martelavam em minha cabeça, ela me dera a sentença de ser feliz, a liberdade de talvez amar novamente. Mas será que eu já não estava amando? Mas me prendendo por causa da Caline? Isso era algo que agora poderia ter certeza do que eu estava sentindo.
      Olho para as pedrinhas no chão e levito-as no ar, faço elas girarem na minha mão, me sentia diferente e mais forte, a transfusão com minha mãe me deixou mais seguro com meus poderes, a questão era se eu iria conseguir controla-los.
- Devo lhe chamar de morto vivo ou vivo morto? – uma voz me assusta fazendo as pedras caírem e me viro era a Shermicy.
- Você acordou, bom, acho que deve me chamar de agradecido. – falo me levantando para olhar para ela de frente.
- Morto vivo é melhor. – fala ela dando risada socando de leve meu braço, sorrio também.
- Como esta se sentindo? – pergunto analisando ela.
- Pronta para outra. Sou forte como um touro.
- Ou como um lobo. – falo e rirmos novamente.
- Quer caminhar? – convida ela.
- Claro, vai ser bom esticarmos as pernas.
      Caminhamos pela trilha do lago dos dois mundos, ao passar pela trilha as lembranças vinham avidas na mente. Shermicy me olha e sorrir como quem queria passar uma tranquilidade, e apesar de tudo ela estava conseguindo.
- Você passou um bom tempo comigo enquanto eu estava desacordada não foi? – pergunta ela que me espanto e a encaro.
- Como sabe?
- Meu olfato é apurado e senti um cheiro de defunto perto de mim deduzi que fosse você. – faço cara feia para ela que rir de minha expressão, será que eu estava cheirando a morto mesmo?
- Sério isso?
- Estou brincando, mas sabia que estava ali, tive uma sensação de segurança, que algo me protegia, não tinha duvidas. – desvio meu olhar e fico vermelho, não esperava algo assim dela nessa altura do campeonato.
      Caminhamos mais um pouco ate chegar a saída da trilha e entrar na clareira do lago, tinha alguns animais no local repousando e bebendo agua, de dia olhando parecia um lugar como qualquer outro. Achamos melhor não importunar e voltamos e entramos numa trilha adjacente que tinha perto. Era um caminho apertado entre a vegetação vasta, andei na frente com a Shermicy logo atrás. Ate darmos num espaço mais aberto com uma arvore no meio, onde dava para outras e outras trilhas.
- É melhor ficarmos até aqui, essa floresta é fácil de se perder. – sugere ela.
- Concordo com você. – falo olhando ao redor pensativo.
- Esta tão distante. – pergunta ela e de fato estava, pensando em que passo tomar adiante, olho para ela que estava encostada na arvore. Vou ate ela.
- É um pouco.
- Esta pensando nela? – a pergunta dela me pega de surpresa.
- Nela?
- Sim, na anjo de cabelos castanhos. – explica e a ficha cai, ela perguntava sobre a Caline.
- Sim e não. – respondo ficando de frente para ela na arvore.
- Explica. – penso bem por onde começar.
- Não sei estou confuso com algumas coisas, tanto coisas daqui como coisas do outro plano.
- Esta confuso porque ela mandou você ser feliz? – olho espantado para ela, ela me encarava como que esperando alguma resposta. Mesmo que talvez fosse a mesma resposta para ambos, e mesmo que fosse, ainda estava em duvidas se ainda era o certo a se fazer.
- Também, mas não é só isso.
- Não esta feliz Edward? – fala Shermicy chegando mais perto de mim, o ar fica curto entre nós, meu sangue foge do meu rosto e sinto como se tivesse pálido prestes a desmaiar.
- Não tenho certeza se estou sendo, muita coisa se passa pela minha cabeça.
- Imagino, talvez devesse viver, deixar o passado onde ficou. Olhe para o que estar a sua frente e encare a vida no agora. – fala ela que tinha parado de caminhar e olhava para mim esperando minha reação, olho para ela e penso no que disse, deixar o passado para trás, encarar a vida no agora, Seja feliz lá que eu estarei feliz aqui.
      Penso numa das frases que a Caline me dissera e dou um passo adiante, ela olha nos meus olhos, a boca dela não precisou expressar sorriso pois só seus olhos me diziam tudo que ela desejava naquele momento. Chego perto suficiente, nossos corpos se unem um ao outro, um fogo me sobe debaixo para cima, ela espalha suas mãos em meus cabelos acariciando meu couro cabeludo que responde com calafrios, enlaço minhas mãos na cintura dela com a pele exposta, era macia. Ponho meu rosto em sua nuca e aspiro seu cheiro selvagem. Parecia errado, mas ao mesmo tempo o errado parecia satisfatório, e não queria mais saber, iria arriscar.
Olho nos olhos dela satisfatório e desço minha visão para sua boca, era entalhada em detalhes perfeitos, olho novamente para seus olhos âmbar faiscantes e sorrio, ela esperava, queria minha atitude. Nos unimos mais prendendo-a contra a arvore e me aproximo para beija-la, escuto um silvo ao longe e expando minha áurea por um breve momento e me arrependo, pego a Shermicy nos braços e a empurro para trás na mesma hora me jogando de costas também, ela grita espantada e uma estaca é fincada no tronco da arvore onde estávamos segundos atrás, olhamos bem não era uma estaca e sim um ferrão, nos levantamos e olhamos o autor, era um manticore.
      O monstro rosnava nos encarando com sua cauda de escorpião erguida pronta para lançar outro espinho. Shermicy se aproxima de mim.
- Tem mais por aqui, posso sentir o cheiro deles. Estão nos cercando. Essa é uma trilha de caça, devia ter notado antes. – como que adivinhando o que a Shermicy dissera, mais manticores aparecem, cercando a passagem para todas as trilhas.
- Que maravilha, algum plano de fuga? – pergunto pensando em alguma coisa.
- Não daria tempo para voar, eles lançariam seus ferrões em nós. E estamos cercados, só tem um jeito.
- Que é? – pergunto curioso.
- Lutar! – fala ela correndo em direção a um dos monstros que rosna e lança um espinho para acertar a Shermicy que desvia graciosamente e se transforma num lobo rubro atacando o mostro.
Quando dou por mim os manticores anunciam ataque e vão para cima de nós pego minha adaga e começo a bloquear as investidas que davam com suas caudas querendo me acertar. Shermicy já tinha derrubado um arrancando-lhe a cabeça, um lança sua cauda que desvio para o lado e num movimento rápido acerto um golpe com minha adaga partindo sua cauda em dois pedaços, o mostro grita de dor e se afasta abrindo espaço para outros que se aproximavam, olho outra vez para Shermicy e ela estava em sua forma humana lutando contra dois, e atrás nos arbustos um salta para pegá-la de surpresa.
- Enflames! – lanço chamas no monstro que torra por completo. Ela olha o feitio e sorrir.
- Obrigada. – fala dando uma piscadela. Não dera tempo de agradecer pois um manticore me empurra me jogando no chão.
O bicho fica em cima de mim tentando me devorar, mas a cada vez que ele tentava me comer eu golpeava com a adaga na sua boca interceptando-o, tentei sair debaixo dele, mas ele era muito pesado, então ele abocanha com tudo e eu seguro na sua garganta impedindo seu avanço, seu hálito era fétido, cheiro de coisa morta a dias. Por conta de seu peso ele estava progredindo, penso rápido e dou vários chutes seguidos em sua barriga ele diminui o peso e volta a cabeça pra trás para rugir aproveito o ensejo e rapidamente passo a adaga em sua garganta e uma enxurrada de sangue cai em cima de mim com o animal engasgando com seu próprio fluido e caindo de lado inerte.
      Me levanto e Shermicy esbarra em mim, estava com seu braço cortado e descabelada, alguns monstro jaziam mortos no chão mas isso não intimidava os demais, o que eles queriam era matar.
- São demais para nós, não vamos conseguir derrotar todos. – opina a lobo e tinha que concordar com ela.
- E o que você sugere? – pergunto torcendo por uma boa resposta.
- Fugir. – fala ela pegando no meu braço e me puxando para a curta trilha que entramos, os monstros rugem e lançam vários espinhos em nós.
- Invisibus barres! – expando uma barreira invisível que impede que os espinhos nos acerte, Shermicy corria na frente guiando, ate que chegamos ao fim da trilha estreita e damos no nosso caminha anterior.
      Desfaço a barreira invisível e continuamos a correr, olhei varias vezes para trás e não vi nada nos seguindo, não via mais necessidade para correr, pego no braço dela para parar mas pela velocidade que corria acabou vindo com tudo e esbarrando em mim, nos desiquilibramos e caímos de lado nas folhagens sorrindo sem parar, eu estava de barriga pra cima rindo de doer por dentro todo cheio de sangue e cheirando a submundo, e a Shermicy caída de lado rindo também.
- Essa foi demais! – falo eufórico.
- Mostramos uma lição a eles. – responde a lobo sorrindo olhando para mim com olhos divertidos.
- Qual lição? Que quando não dar mais saímos correndo do problema? – rimos novamente do comentário e da situação ate que paramos para respirar e recuperar o folego, olho pra ela que estava deitada de lado apoiando a cabeça no braço. Ela fica séria e me encara, então num súbito de surpresa ela se aproxima e me beija, me assusto de inicio pois não esperava e depois me entrego passando as mãos nos cabelos dela puxando-a mais para mim, sentia a habilidosa língua dela de encontro com a minha, doce e potente, ela sabia o que fazia. Ela desvencilha o beijo mordendo meu lábio inferior de leve que me causa arrepios internos e uma nova chama se acende.
- Não queria que fosse dessa forma, estou todo cheio de sangue e sujo. – falo me desculpando de certa forma.
- Isso se chama viver a vida, seja feliz Edward. – sorrio pra ela e a puxo novamente selando nossas bocas intensamente em meio as folhagens.

“Conseguiram escalar os rochedos ate a entrada da caverna do oráculo, Shontal analisa a passagem como que se lembrasse de eras passadas ali, o filho Shenai veio logo atrás junto com o membro escolhido do clã para acompanha-los.
- Vamos por aqui. – fala Shontal guiando os outros dois.
   O corredor era cheio de tochas feitas de ossos, com labaredas intensas, dentro da caverna não fazia calor como do lado de fora, a rocha por dentro era fria e o fogo das tochas aquecia o lugar deixando estranhamente aconchegante. Eles andam mais alguns metros a frente e veem uma curva que se mostrava bem iluminada, ao dobrarem deram de cara com algo que parecia uma estadia, um caldeirão borbulhando, uma mesa de madeira com uma bola de cristal e outras pedras brilhantes em cima, nas paredes vários esqueletos expostos como troféus, era sinistro e nas paredes algumas passagens escuras para acessos a outros lugares da caverna. Estavam na casa do oráculo.
- Oráculo! Apareça! Sou Shontal Lupin, líder da alcateia Extinção, preciso de seus serviços! – grita o lobo que sua voz reverbera por toda a caverna e do fundo uma risada ecoa em resposta.
- Esperava por você daqui a cinco mil anos lobo. – fala uma voz estridente e os três lobisomens se viram para uma das passagens escuras e uma sombra saindo dando forma com sua risada sinistra.
- Oráculo! Também estava com saudades suas. – fala o líder sorridente enquanto o filho estava em pavor com as feições do oráculo que dar uma gargalhada.
- Você não sabe mentir Shontal, mas sente-se estou louca para saber as boas novas. – oferece as gentilezas e o lobo sorrir sentando na cadeira oferecida, Shenai olha para seu pai e nunca o vira tão sorridente, de fato, coisas horríveis estava tramando para sua irmã e os demais que a acompanhava.”

A Fonte de Lilith - Coleção Herdeiro de Bayeux "livro 2"Where stories live. Discover now