Capítulo XVIII: Convocação; Aflição de expulsão

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   - Ed? Acorda Ed! – ao longe ouço alguém me chamar. Estava me sentindo leve e em paz. Não queria abrir os olhos. Mas a voz masculina insistia e por um estante identifico que era a voz do Like. Abro meus olhos lentamente e quando vejo dou de cara com o rosto da Shermicy próximo ao meu. Fico rubro na hora e me impulsiono para trás assustado, com tal movimento que magoa meu ombro. A Shermicy se mexe um pouco fazendo menção de que estava despertando e olho ao redor e dou com o Like e Kyle nos olhando com caras duvidosas.
- Olá gente. Faz tempo que estão ai? – pergunto meio esperto pelo susto.
-Não muito, viermos visitar você para saber como estava mas acho que atrapalhamos alguma coisa. – fala Kyle que olhava de mim a Shermicy, olho para a lobo que estava deitada com uma expressão sem saber que decisão tomar.
- Vocês não atrapalharam nada. A Shermicy só estava cansada e não queria me deixar só então a convidei para se deitar comigo. – falo e meio que me arrependo pois meu argumento estava levando a um fundamento diferente.
- O que o bruxo quer dizer é que queria que eu ficasse mais confortável aqui então cedeu o espaço. – replica Shermicy o que alivia um pouco a situação.
- O.k. então Ed como esta se sentindo? – pergunta Like mudando o rumo da conversa.
- Estou me sentindo bem. Com dor ainda no local, mas estou melhor que antes. – explico aos meus amigos.
- Ed o doutor Rupert esta ai fora e quer fazer o exame da noite antes de encerrar o expediente dele. Podemos deixar entrar? – Pergunta Kyle.
- Exame da noite? Que horas são? – questiono sem saber pois parecia que fazia minutos que eu tinha pego no sono.
- Já são nove da noite. E só falta você para ele analisar. Então deixo ou não deixo? – conclui Kyle.
- Claro que sim. Pode deixar entrar. – falo e com isso Like vai ate a porta e chama pelo doutor convidando-o para entrar. Nesse intermédio a Shermicy dar um pulo da cama e se ajeita como pode então o medico entra acompanhado por Like, o mesmo homem que me atendera no deque na noite anterior.
   Ele se aproxima e esbanja um sorriso, tento sorrir também para parecer ser simpático e que estava tudo nos conformes.
- Boa noite Sr. Bayeux.
- Boa noite doutor.
- Como esta se sentindo essa noite? – pergunta ele enquanto me analisava.
- Estou bem, só não posso mexer muito o braço ferido que incomoda. – explico e o medico analisa meu ombro, ato que me incomoda um pouco.
- É fato. O corte foi profundo, atravessou a carne. É sorte você ser um ser especial. Se fosse um humano comum não teria suportado o golpe, perdera muito sangue e se desgastara muito. Em menos de vinte e quatro horas a aparência estar bem melhor. Você ira continuar na ala hospitalar em observação e acredito que daqui a três dias estar totalmente recuperado e poderá voltar para seu quarto. – explica ele e fico feliz pela rápida recuperação, o quarto era antiquado mas só a vidraça transparente mim dava uma vontade louca de nunca querer sair dali.
- Certo doutor me comportarei. Obrigado.
- Sei que se comportara, além do mais a senhorita Lupin esta de olho em você. É uma companheira em tanto. – fala o medico e fico vermelho na hora, olho para ela que estar dando risadinhas baixas junto com meus amigos.
- A Shermicy ela é minha... ...a tanto faz. – me detenho pois não tinha o que explicar de repente só poderia piorar as coisas.
- Bom meu plantão se encerra. Preciso me recolher. Qualquer emergência pode mandar me chamar que venho em seguida certo?
- Certo. – falo sorrindo que o mesmo retribui e sai dando boa noite a todos nós.
      Os três dias se passaram ligeiramente. Minha recuperação a cada dia foi melhor e pude voltar para meu quarto. Chegando lá Like e Kyle tinha arrumado tudo. Minha janela tinha sido trocada por uma nova e mesmo não sendo meu, tive a sensação de que estava com saudades daquele quadrado. Me sento na cama e analiso o ambiente. Reconfortante, com sensação de que mesmo não sendo, por um motivo era meu. Olho para meus amigos que sorriem e começamos a conversa besteiras da vida. No decorrer da conversa um rapaz jovem com roupa de marinheiro aparece em frente a porta aberta com postura ereta e séria. Todos paramos de conversar e esperamos o rapaz se pronunciar.
- Senhor Edward Bayeux. O capitão o aguarda e seus amigos na cabine dele imediatamente. – o garoto termina de falar e sai por onde veio sem ao menos esperar que respondêssemos, eu mal tinha chegado e o capitão já tinha nos convocado. Acho que ele ansiava por essa conversa nesses três dias excruciantes para ele.
- Nossa! Ele nem esperou o Ed respirar o ar fora da ala hospitalar. – questiona Kyle.
- Ele foi ao pé da letra ao atender o pedido de que aguardasse o bruxo ficar bom. – fala Shermicy.
- Ele não pode nos convocar agora. Ed mesmo tendo alta mas não tá com disposição para debater nada. – retruca Like e as meninas concordam com ele.
- Gente. Vamos logo acabar com isso. Vamos ver o que o capitão quer conosco. – falo me levantando e meus amigos protestam todos de uma vez. Um turbilhão de frases misturadas que não se dava a entender nada.
- Gente, gente! Parem. Uma hora ou outra isso iria acontecer. Então que seja agora. – falo protestando.
- Mas Ed você acabou de chegar. Tem que repousar e... – começou o Like mas o interrompo.
- Like. Estou bem. Já repousei demais. Estou ansioso para falar com o capitão. Agora sem mais, vamos a cabine dele. – falo dando as costas e já seguindo para porta, para que eles não tivessem mais tempo de impedir com sugestões contrarias.
      Passávamos pelo corredor em direção ao elevador. Eu estava ansioso para falar com o capitão, mas confesso que estava mais era com medo. Medo de sermos expulsos do Atlas 922. Medo que o capitão nos acusássemos de todos os incidentes que se ocorreram. Entramos no elevador que estava subindo para o saguão principal, pessoas que já estavam dentro dele, nos olhavam de banda. Com caras sérias, e outras com expressões indefinidas. Olho para meus amigos que também notaram e Kyle me manda uma mensagem telepática para que deixasse isso pra lá. Um tempo de menos de um minuto para chegar ao saguão pareceu horas de eternidade. Quando se escuta o clique das portas se abrindo. Passamos em disparada e respirei fundo, não notara como estava segurando o ar nos pulmões. Olhamos ao redor e o saguão estava cheio. Perto do horário de almoço. O que estava barulhento de conversas, risadas e musica. Ficou quieto com nossa chegada e todos os olhares se voltaram para nós. Minha vontade era ficar invisível. Mas teria que encarar todos esses contratempos e a passos firmes seguimos pelo saguão ate o deque do navio.
   Chegando ao lado de fora, o ar estava quente pelo inicio da tarde. Ainda estávamos dentro da neblina. “Nunca vira uma neblina se estender tanto desse jeito”, penso comigo. Seguindo em frente vamos em direção a cabine do capitão que era uma pequena caixa metálica que tinha uma porta de janela vidrada redonda. Em frente a ela estava um marinheiro de guarda, o mesmo que veio anunciar o pedido do Senhor Roger, ele nos vê se aproximando e abre a porta para que entremos. Nos olhamos de relance, respiramos fundo e passamos por ela.
   Dentro da cabine as paredes laterais eram metálicas como do lado de fora e em frente era uma vidraça que dava para vista do mar e da direção em que o navio seguia. Abaixo da vidraça era um enorme painel de botões de variados tipos, cores e tamanhos. E junto a direção do navio estava o capitão de costas. Ele não se vira. Continua com o sentido para frente como se estivesse só naquele lugar. Olho para meus amigos e Like, como sempre, pigarreia como que para anunciar nossa chegada.
- Eu sei que estão aqui. – fala o velho com uma voz cansada.
- Com licença Senhor Palhares. Nós recebemos um pedido de que... – começo a falar mais sou interrompido.
- Depois de tantos anos, mais uma vez meu navio trafega seres mágicos. – fala ele distante.
- Certo senhor Roger, peço-lhe... – mais uma vez tento e sou interrompido.
- Há 45 anos atrás, no Atlas 921. Eu transportava uma viagem ate a metrópole de Lorientown. Ia ser um cruzeiro rápido de 15 dias. Quando em meio a viagem. Seres se rebelaram. Meu navio estava infestado de vampiros... – o velho sem olhar para nós, conta distante em seus pensamentos. Particularmente não estava muito afim mas quando ele mencionou vampiros meu corpo tremeu. Era outra espécie que detestava depois dos lobisomens. E ele continua.
- ...Foi uma carnificina, eles começaram a atacar meu navio, nunca mais me esqueço daqueles olhos vermelhos. Aqueles caninos pontiagudos. O Atlas 921 de cruzeiro dos sonhos passou a ser cenário de horror. Mas como ser atrai outro ser, achando que era pouco o ataque dos vampiros. Suas áureas atraiu algo maior. A lendária e temível Moby Dick...
- O senhor esta falando da grande baleia lendária? – pergunta Shermicy mostrando seu vasto conhecimento em criaturas magicas.
- Isso mesmo senhorita. Ela se chocou. Golpeou com sua grande cauda. O navio estava se desfazendo, a qualquer momento iria afundar. Era o fim. Corro para juntar alguns tripulantes restantes. Os vampiros não queriam mais saber de nosso sangue e sim em também escapar. Então sigo com os sobreviventes ate a canoa reserva que tínhamos em caso de emergência e descemos em direção ao mar revolto pela presença da grande baleia. Velejamos o mais rápido possível contra as fortes ondas e o mais magnifico que já presenciei no mar aconteceu. A baleia salta do mar fazendo um grande arco nos céus. Era tão grande que tapara a visão do sol. E cai com todo seu corpo contra o Atlas que se parte em mil pedaços e afunda junto com o monstro. – o velho ainda não tinha se virado para nos encarar, parecia que ele estava vendo a cena toda em sua frente. Me pego de boca aberta com a historia, meus amigos com os olhos esbugalhados. E o velho ainda distante.
- Remamos rápido para nos afastar do oceano e da baleia. Em dois dias velejando na canoa, com fome e cede, ate que avistamos a costa de uma metrópole. E velejamos ate ela onde pude voltar para Atlas e preparar um projeto maior e mais esplendor. O Atlas 922. Que para mim era imbatível contra os grandes seres misteriosos do mar imenso. Ate que três dias atrás me descubro que estava completamente enganado. – ele termina e se vira para nós. Uma expressão que não se sabia se era de zangado ou lamentável.
- Capitão sinto muito nós não...
- Senhor Edward Bayeux! Um com poderes surpreendentes que se diga de passagem deva ser um feiticeiro. Junto com amigos de asas chamados Kyle Sibil e Like Chanyheol, que devam ser um misto de pássaro algo do tipo, e uma moça que se transforma em um enorme lobo rubro. Com certeza deva ser uma lobisomem. – eles nos encara um por um. Vou retruca mas outra voz me impede.
- Ei! Espere ai. Não somos pássaros não veja lá... – era Like dando chilique mas o interrompo rápido.
- Like fica quieto.
- Mas Ed ele disse que éramos pássaros e...
- Like, deixa pra lá. Por hora vocês são pássaros. – lhe lanço um olhar intimidador que faz com que ele se cale. E me volto para o capitão que nos encara.
-Capitão sentimos muito o que aconteceu com seu navio. Mas o senhor não pode nos... – mais uma vez sou interrompido.
- Só quero saber de uma coisa. O que querem de nós? O que querem com meu navio? – fala ele me olhando profundamente que por um momento me causou náuseas, não sei se pelo olhar faiscante ou se pelo balançar do mar embaixo de nós.
- Não queremos nada com vocês ou seu navio, só queremos o que todos aqui querem velejar e chegar ao destino. – falo argumentando.
- Mas vocês não são seres mágicos! Poderosos! Porque não se utilizam delas para chegar onde querem!
- Toda magica tem seu limite, se pudéssemos utilizar desse artificio. Com certeza faríamos isso. – fala Shermicy ao meu lugar. O que me sossega de uma resposta.
- Vocês assustaram todo o meu navio, pessoas se machucaram. Meu navio foi destruído e graças aos meus homens bem preparados esta de pé e firme. O que acham o que penso sobre isso. – fala ele cada vez mais nos encurralando com seus argumentos contra nós.
-Capitão não foram nós que assustou seus tripulantes foram as sereias junto com o Octopus. Nós fizermos totalmente o contrario. Nós ajudamos a se livrar delas. – fala Kyle.
- Eu sinto muito mas preciso que vocês abandonem meu navio. Não posso ficar com vocês aqui. – a decisão do capitão fora um baque para mim, olho para meus amigos e eles estão assustados. Temerosos. Para onde iriamos? Como chegaríamos a ilha? Não podíamos sair do navio agora. Não sabia o que fazer, como agir. O capitão parecia certo da decisão pois ele já se virava para dar como encerrado o assunto.
- Não podem nos expulsar do navio. Pagamos para ir ate o nosso destino. Temos direito a isso. – falo a procura de uma solução rápida.
- Se o caso for esse suas moedas de ouro serão devolvidas. E ficaremos quites com vocês.
- Não queremos as moedas! Queremos prosseguir viajem! Seja compreensivo. Não machucamos ninguém de seu navio! – falo gritando, tinha perdido a cabeça.
- Tem certeza? E aquele misterioso gêiser na piscina que jogou um tripulante para fora dela? Ou aquela briga onde uma moça com mãos tão delicadas deixam marcas de unhada no rosto do rapaz? Será que isso não foi machucar? – questiona ele e fico sem palavras. De fato tínhamos machucado gente ali dentro. Não tenho mais nada a argumentar. Eu tinha perdido.
- Mas fizermos isso em alta defesa. Ele nos provocaram e qualquer um tinha feito o mesmo, não deixar marcas de arranhão no rosto ou fazer um gêiser explodir. Mas de outra forma. Seja razoável. Precisamos continuar. Nós ajudamos vocês. Fique sabendo que nem todas as vezes um ser magico atrai o outro. Mesmo sem nós aqui aquelas sereias tinham atacado. Elas não sabiam de nossos poderes, se surpreenderam tanto quanto vocês. – olho para o autor da defesa, era a Shermicy estava com olhar determinado. Ela estava certa. As sereias não sabiam que éramos seres mágicos ate nos revelarmos. Então se não estivéssemos aqui o Atlas 922 seria atacado de toda forma.
- Esta equivocada garota. Vocês atraíram o mal para nós. E vão atrair mais se continuarem. – se explica de alguma forma o velho.
- Se algum mal se aproximar estaremos aqui para defender. – fala ela com garra. Estava crescendo uma ponta de esperança dentro de mim para que o capitão mudasse de ideia.
- E o que vocês acham de meus tripulantes. A decisão é unanime, eles estão com medo e querem solução. – com a resposta dele a minha ficha cai em relação a algo.
- Você não esta preocupado com si próprio ou com seus pensamentos. Esta preocupado com as pessoas do navio. Com o que elas irão pensar se caso o senhor aceite nos deixar prosseguir. O senhor sabe que não somos mau. Mas não vê outra alternativa por causa dos outros. – ele se espanta com o que falo, como se eu tivesse pego ele agora.
- Você esta louco eu tenho postura. O navio é meu!
- Então porque não opõe a sua postura. Não tenha medo do que os outros vão pensar. Elas terão que acatar a sua decisão. – falo mais uma vez e ele fica cabisbaixo olhando para o chão e ao mesmo tempo para o nada.
- Por favor... ...peço que voltem as cabines e esperem minha decisão. Saberão todos ao mesmo tempo. – ele fala e compreendemos que era mesmo hora de sair, ele agora precisava ficar só e enfrentar seus medos e decisões interiores. Olho para meus amigos e faço sinal para saímos e eles entendem e me seguem.
      Estamos todos na minha cabine. A aflição era tamanha. Já se passara horas e nada do capitão se pronunciar em nada. Não sabia que demorava tanto para se tomar uma decisão. Já estava a ponto de arrumar minhas malas. Mas o que levaria exatamente. Só minhas velhas roupas que há um tempo não uso mais, pois tudo era fornecido pelo cruzeiro. Meus amigos, assim como eu, estão nervosos. Kyle estava na janela admirando o mar, Shermicy apoiada na mesinha olhando suas unhas e Like andado para lá e para cá feito um leão faminto.
- Não aguento mais essa agonia. Vamos logo fazer as malas e se preparar para o pior. Acabou gente. – fala o demônio assustado.
- Calma Like, não sabemos a decisão do capitão. Tudo pode acontecer. – falo na tentativa de tranquiliza-lo.
- Como o quê Ed? Ele seguira pelos conceitos da maioria. Somos aberrações aos olhos do navio. E ainda a pombinha e eu formos comparados com pássaros?! – questiona Like que quando encabula com algo persisti naquilo sempre quando pode.
- Oh demônio burro. Foi rapidez do Edward manter seu bico de papagaio calado, porque se você dissesse que era um demônio o capitão não ia deixar a gente ficar nem se ele quisesse, então aceite. – fala Shermicy demonstrando impaciência.
- Calma Sher, não precisa falar assim com o Like. – retruca Kyle do outro lado.
- Desculpa Kyle mas essa espera esta acabando comigo.
-Gente. Calma! Vamos ter pensamentos positivos que tudo vai dar certo. – falo e todos se calam voltando o que estavam fazendo. Me levanto e vou ao banheiro lavar meu rosto. Jogo um pouco de agua na tentativa de espantar algo que não era por fora e sim por dentro, mas talvez adiantasse. Me olho no espelho e me espanto pois tinha outro reflexo nele na direção da porta.
- Oi Shermicy.
- Esta nervoso bruxo? – pergunta ela bem apoiada na passagem com os braços cruzados.
- Sim, estou com medo do Like estar certo e o capitão decidi nos expulsar. E a ilha? Não podemos sair agora. Sinto que estamos próximos. – falo me aproximando para voltar ao quarto e me surpreendo com ela, que vem em minha direção e me abraça forte. Fico sem reação. O encontro do corpo quente dela me fez esquecer todos os pensamentos ruins que emanava sobre nós. A nuvem negra tinha dado espaço para a manha quente de verão. A única coisa que podia fazer no momento fiz. Afaguei seus cabelos na tentativa de consolá-la.
- Estou com medo Edward. O que vamos fazer? – desaba ela. Pelo visto estava se segurando por muito tempo. A inimiga se abrindo para o inimigo.
- Não se preocupe Shermicy. Haja o que houver estamos todos juntos nessa. Mesmo que pareça estranho. – emito um sorriso bobo e desconcertado, ela sorrir e levanta o rosto para mim encarar. Não percebo quando minha mão de seu cabelo desce para seu rosto, e o impulso me toma. Queria fazer. Um lado pedia e outro me condenava, tal atitude não parecia certa. Mas era excitante com o risco da incerteza e do proibido e quando vou pensar em mim aproximar um bipe dos alto falantes ecoa. Nos encaramos e voltamos correndo para o quarto, Like e Kyle estavam juntos olhando para o teto. Nos juntamos a eles a espera de ouvir o que mais queríamos. O pronunciamento.
“- Atenção, senhoras e senhores do Atlas 922, aqui quem fala é o capitão de vocês. A quatro dias atrás um incidente ocorreu em nosso navio, um ataque inesperado. Onde muitos saíram feridos, nenhuma morte, graças aos céus. Mas, com isso se descobriu que criaturas estão entre nós, presença de tal qual esta nos afligindo e temendo nossa segurança no cruzeiro. Todos esperam pela resposta, pela decisão que nada mais é unânime. A expulsão dos seres de nosso navio. É o desejo de todos evidente. Porem. A decisão final cabe a mim, e devo salientar que depois de muito pensado decidi que, o Atlas 922 não é só de um ou de dois, são de todos. Independente de quem sejam. Lembrando que na noite do ataque, nosso navio não afundou e nós, se me permitam dizer, não formos devorados graças a aqueles que nos acompanham. E que, continuarão nos acompanhando ate o destino final. Portanto veio por meio deste pronunciamento informar que os passageiros Edward Bayeux, Shermicy Lupin, Like Chanyheol e Kyle Sibil. Não serão banidos do Atlas 922 e que terão que ser tratados e respeitados por iguais, e se algum atentado ou algo que venha denigrir a eles fisicamente, moralmente ou psicologicamente o autor será punido. Garotos, obrigado por ajudar na salvação de nosso navio e agora oficialmente sejam bem vindos ao cruzeiro Atlas 922”.

A Fonte de Lilith - Coleção Herdeiro de Bayeux "livro 2"Where stories live. Discover now