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|J O A N A |

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|J O A N A |

Estava a voltar para casa quando o meu telemóvel começou a tocar. Ele ia em cima do livro que eu carregava ao peito.

Nós nunca sabemos propriamente o que esperar de uma situação. E a incógnita apenas dá mais adrenalina à vida, ou devia dar. Porque para mim, não saber como as coisas realmente vão acontecer, deixa-me nunca aflição extrema.

- Tomás! – exclamei atendendo a chamada.

- Olá, Joana. – A sua voz rouca e imponente fez-se ouvir, descarregando no meu sistema uma carga de energia que rapidamente chegou ao meu coração, fazendo com que ele golpeasse freneticamente o meu peito. – Os meus irmãos vêm hoje.

Consegui visualizar os seus lábios esboçarem aquele ligeiro sorriso de contentamento e os seus olhos brilharem de felicidade. Ao mesmo tempo que senti o receio no seu tom de voz, poderia vê-lo com o olhar apreensivo, enquanto o seu peito se mexia, com a respiração acelerada.

- Eu queria que viesses comigo ao aeroporto, para os ir buscar.

Era um pedido simples, mas que no fundo implicavam muitas coisas. Não era só ir buscar duas crianças ao aeroporto, no fundo era conhecer as pessoas mais importantes na vida do Tomás e eu sabia o quão relevante isso era na nossa relação.

- Oh! – exclamei, apanhada de surpresa. – Achas que é boa ideia, Tom? Quer dizer, eles podem não gostar de mim... - falei receosa. – E depois tem a tua mãe, ela pode achar que...

Senti a risada dele do outro lado, deixando-me com a sensação de que estava a ser ridícula.

- Joana, minha linda, eles vão adorar-te! Não tem como não o fazerem. E a minha mãe não tem de achar nada! Ela é uma mulher que não merece a consideração de ninguém, muito menos a tua.

- Ok. Eu vou contigo, se achas que é uma boa ideia.

- A melhor de todas – ele acrescentou. – Quero ter-te ao meu lado e que que conheças a Milena e o João. E quero que eles também te conheçam.

Acertamos um horário para que o Tomás me viesse buscar, e depois iríamos diretos para o aeroporto. Ele ainda me tentou convencer a almoçarmos juntos, mas eu neguei alegando que teria de estudar.

Despedimo-nos com a promessa que nos veríamos dali a horas, enquanto eu abria a porta do prédio e era seguida pelo Gato. Ele miou como que me cumprimentando e esfregou-se nas minhas pernas, à espera de miminhos.

Baixei-me o suficiente para lhe afagar o pelo e depois subi até ao segundo andar.

O apartamento estava vazio, como sempre àquela hora. Descongelei a massa com atum que tinha no congelador e comi a minha comida agradavelmente.

Aquilo com certeza não era o almoço dos deuses, mas quando uma pessoa está com fome, tudo parece um banquete. Completei a minha refeição com uma laranja. Lavei tudo o que sujei e depois fui para o meu quarto, onde nem vi as horas passar, enquanto matava a minha cabeça com os vários exercícios de Física.

***

Abri a porta do meu prédio, que rangeu com a ação. O Gato apareceu para me saudar, fiz-lhe outra carícia rápida e um aceno com a mão, entrando no carro parado à minha frente.

O Tomás sorriu-me, com uma mão apoiada no volante e outra nas mudanças. Inclinei-me sobre ele, pousando as minhas mãos na sua face e depositando um beijo suave nos seus lábios.

- Olá – sussurrei.

- Olá – ele disse de volta, esfregando o seu nariz no meu e voltando a dar-me um beijo.

- Posso segredar-te uma coisa? – inquiri, ainda sussurrando, como se alguém nos pudesse ouvir. Ele assentiu. – Estou ligeiramente nervosa.

Dei uma risada verdadeiramente nervosa, enquanto as borboletas esbarravam o meu estômago e se proliferavam por toda a minha barriga.

- Porquê? – o seu sorriso divertido não foi escondido.

- Tenho medo de que eles não gostem de mim, Tomás! Eu não sei lidar com crianças, e eu sei que eles são importantes para ti, e....

- Hey, calma! São só crianças, piquena.

- São as pessoas mais difíceis de serem conquistadas! Bem o sabes...

- Pensei que tivesses uma irmã...

- Um ano mais nova que eu! Sei que ela parece uma criança, na maior parte do tempo, mas não é! É adulta, basta seres sincera que ela é logo tua amiga!

- Eles também são assim. Basta seres sincera. Eu gosto de ti, eles também vão gostar pelo simples facto de me fazeres feliz. E tu és fantástica! Divertida, carismática, original... vai correr tudo bem, eles vão adorar-te. O bichano adora...

Comecei a rir com a alusão ao Gato.

- Ele gosta de mim porque eu dou-lhe comida – choraminguei ainda desconfiada se os irmãos do Tom iam realmente gostar de mim.

Era uma sensação estranha. Sentia como se nunca estivera tão nervosa como naquele momento. Eu sabia da importância daquelas crianças, eram a família dele, aquelas pessoas que realmente importavam. E só a simples suspeita de que eles não iriam gostar de mim e com isso o Tomás fingisse da minha vida... deixa-me aterrorizada.

- Conquistaste-o pela barriga, golpe baixo, Joaninha! – o Tomás brincou, começando a sair do estacionamento, conduzindo até ao aeroporto.

- É um bom amigo, tinha de o agarrar de alguma maneira.

Naquele momento, consegui gostar ainda mais do Tomás. Com a sua capacidade de desanuviar o meu nervosismo com conversas divertidas, que arrancavam risadas da minha garganta e me faziam esquecer a existência de qualquer problema fictício.

~~~~~''~~~~~

Olá, meus Raios de Sol!

Como se sentem?

Quem está preparada para conhecer as criançaaaaaaaas? Ponha a mão no ar!

A Joana está a ponto de ter uma síncope! 😂😂

#EstamoscontigoJoana

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[Concluída] Acasos da vidaWhere stories live. Discover now