Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Meus pensamentos foram interrompidos pela porta da cabine se abrindo. Eu me levantei assustado, sendo recebido por uma mulher ruiva.
-Bom dia Sr. Tomlinson. - Ela disse. A ruiva segurava uma prancheta e uma caneta. Ela ajustava os óculos em seu rosto e se aproximava de mim, deixando a porta se fechar atrás dela.
-Senhor? Tá me tirando? Eu tenho 18 anos. - Lhe respondi. - E onde eu estou? Quem é você? Teu cabelo é natural? Que horas são? Onde está minha família?
-Se acalme. Meu nome é Jade, e sou eu quem vai acompanhar o tratamento psicológico de vocês. - Ela me respondeu.
-Psicológico? Que ótimo, estou em um hospício. - Eu disse, ficando preocupado. - E você não respondeu a todas as perguntas que eu te fiz.
-Você não está em um hospício. Você se encontra em um centro de treinamento. - Ela disse, abaixando os óculos e me analisando.
-Tá, minha querida, mas qual a necessidade de me acorrentar na cama? - Eu disse, me levantando e apontando para o objeto em meus pés. - E centro de treinamento? Eu não me lembro de ter me alistado pro exército.
-A necessidade em te acorrentar você saberá daqui a pouco. E isso não é treinamento pra exército, é um centro de treinamento para heróis. - Ela falou, dando um sorriso no final da frase como se tudo estivesse maravilhoso.
-Tá rindo por quê? Cara, eu não sei onde eu estou, não sei se minha família ta bem, e você vem com essas brincadeiras. - Eu lhe respondi - Cadê as câmeras?
-Que câmeras rapaz? Isso aqui é sério, presta atenção. - Ela disse, me batendo com a prancheta.
-Não me toque. - Eu respondi.
-Por que não? - Ela desafiou, levantando uma sobrancelha.
-Flor, eu sou Louis Kent Tomlinson. Encoste em mim novamente e vai ver uma mão acertar a sua cara. - Eu respondi.
-Me poupe. - Ela disse. - Não sei qual era sua vida, mas tudo se renova daqui pra frente. Você não é melhor do que ninguém aqui. E pare de bancar o poderoso quando está prestes a desabar.
Com aquelas palavras eu me calei, sentindo minha boca tremer e meus olhos ficarem mareados. Ela tem razão, eu estou prestes a desabar. Se eu ia demonstrar isso? Jamais.
-O que vocês querem de mim? - Eu perguntei, dando uma bufada.
-Quero que você tenha paciência. Suas repostas virão. - Jade disse, fazendo anotações em sua prancheta. - Bom, vamos conversar civilizadamente agora, senta aí. - Ela falou, apontando para a cama.
Eu fiquei a encarando com uma poker face depois do que ela havia me dito, quem ela pensa que é pra falar assim com um Tomlinson?
-Andei vendo seu histórico, você me parece ser muito violento, meu amado. - Ela disse, tirando os óculos e os pondo em cima da cama.
-E daí? É o meu histórico e não o seu. - Rebati.
-Ah, agora vai se fazer de difícil né? Mas me fala se foi difícil bater no seu colega que está do lado do seu quarto.
Abusada, ruiva lazarenta.
-Harry? Não foi difícil não. Ele já está acostumado. - Eu respondi.
-E por que exatamente você bate nele?
-Dá vontade. E as garotas acabam ficando loucas por mim.
-É, garotas da sua idade tem tendência a serem retardadas mesmo. - Ela disse, dando uma breve risadinha.
-Retardadas? - Eu disse, levantando uma sobrancelha. - Quantos anos você tem?
-Tenho 28.
Tudo o que eu dizia ela anotava na droga da prancheta.
-Harry disse mais alguma coisa pra você? - Eu perguntei.
-Disse, mas por que o interesse repentino?
-Nada.
-Ok, bem muito obrigada pela conversa produtiva. Vou indo agora. - Ela disse, pegando os óculos e pondo novamente em seu rosto com sardas.
-ESPERA, QUANDO VÃO ME TIRAR DAQUI? - Eu berrei, quase como um ato de desespero.
-Logo, logo. Vou dar uma conversada com os outros, e outras pessoas virão te ajudar.
-Conversar com os outros? Outros quem? - Eu lhe perguntei.
-Os outros heróis.
-Heróis? Vocês comem merda? - Eu disse, gesticulando com a mão.
Com isso, ela se virou de costas e saiu da minha cabine, me deixando com cara de dúvida. Eu me aproximei da porta, a fim de que ela se abrisse também, mas não rolou e eu bati com a cara na superfície dura.
-Que saco! - Eu disse, passando a mão em meu nariz que estava dolorido com a pancada.
Me aproximei novamente da janela que dava vista para o quarto de Harry e o analisei.
Ele dormia de costas, e não parecia estar dormindo realmente. Sua respiração estava rápida e ele soluçava e aspirava com força o ar. É, ele estava chorando.
Não sei o motivo, mas aquilo deu um aperto em meu coração, porém resolvi deixar esse pensamento de lado e ir ao banheiro dar uma passada de água no rosto.
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Bad Heroes
FanfictionE se os super heróis tivessem filhos? Será que eles seriam a salvação? A esperança de um mundo melhor? Ou será que seria... catastrófico? Em um futuro não muito distante, cientistas, ao tentarem descobrir a cura de uma doença, acabam criando uma nov...
Chapter 6
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