Prince

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[N/I Oi gente essa é a segunda fic que eu escrevo, porém, é a primeira que faço sozinha haha enfim, hã os cinco primeiro capítulos serão somente as apresentações de todos e é isso aí.

Beijos de luz

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[HARRY POV]

Merda.

Mais um dia naquela droga de escola. Mais um dia levando porrada dos valentões. Mais um dia me ferrando. E estamos apenas em abril.

Pra quem não sabe, ou está interessado em saber, meu nome é Harry. Harry Prince Styles. Mais conhecido como "saco de pancadas".

Sim, já podem começar a fazer piadas com esse meu sobrenome ridículo e com a minha aparência igualmente ridícula.

Eu tenho vergonha de me descrever, ou até mesmo de me olhar no espelho, pois sei que não vou ficar feliz com o que verei, então prefiro poupar meus olhos.

Pra começar, tenho um e oitenta e três de altura, dezesseis anos, cabelos cacheados e castanhos que prefiro esconder sob um gorro, olhos verdes e pele branca coberta por espinhas que parecem ter vida própria. Acho que isso é o suficiente para que todos tenham vontade de meter um bastão de ferro no meio da minha cara.

Eu moro em Eastwick, uma cidadezinha não muito populosa do Reino Unido.

Em casa, somos somente minha irmã mais velha chamada Gemma, meu pai e eu.

Meu pai se chama Troy e ele não gosta de comentar sobre a minha mãe. Nem eu, nem minha irmã tivemos a oportunidade de conhecê-la.

Uma vez, eu perguntei sobre minha mãe para Troy. A única coisa que ele disse foi que eu herdei seus olhos.

Lembro-me de meu pai me entregando uma bandana com um tom dourado e várias estrelas vermelhas espalhadas sobre o tecido claro. Isso foi em meu aniversário de quinze anos. Eu gosto muito de bandanas, mas essa é especial. Troy me disse que minha mãe deixou para mim como lembrança.

Na escola, digamos que eu seja o alvo principal de chutes e zombações. Um dos caras que mais gostam de me zoar se chama Louis. Louis Kent Tomlinson.

Otário.

Louis sempre usa uns óculos preto quadrado, tem dezoito anos — acho que ele repetiu um ano — e é líder do time de futebol do colégio. Todas as garotas, professores e o mundo inteiro piram nele, enquanto eu... Bom, nem minha mãe me quis.

Todo dia na hora da saída ou nas aulas de Educação Física, Louis me bate. E quando não faz isso, ele adora zombar da minha aparência de perdedor. Admito que sou um. Não importa aonde eu vá, ele estará lá. E me ameaçará. Seus olhos mais azuis que o céu penetram nos meus e eu fico lá, apenas apanhando e abaixando a cabeça.

Eu já tive a brilhante ideia de contar isso ao meu pai, mas ele não entenderia. Veja bem, eu tenho dezesseis anos e apanho na escola. Que tipo de ser humano retardado chega a esse nível? Apenas eu.

Sabe o pior de tudo isso? É não saber o porquê de fazerem isso comigo.

Sobre garotas, nenhuma tem interesse em mim. Todas estão muito ocupadas idolatrando o amado Tomlinson e o restante do time. Eu acho que sou uma pessoa meio, digamos, indecisa, pois não tenho interesse nem em mulheres e nem em homens. Na verdade, já tive um relacionamento de uns meses com um cara, mas ele se mudou para a o fim do mundo e eu acabei ficando muito inseguro em relação a essas coisas, então meio que perdi o interesse por ambos os lados.

Sempre procuro fazer as coisas com perfeição, buscando o meu melhor. Eu sou considerado um dos melhores alunos da escola, deve ser por isso que implicam tanto comigo.

Que ótimo, cheguei em casa e meu olho está roxo.

— Harry! O que aconteceu dessa vez? — Minha irmã veio correndo até a porta.

Eu costumo esconder os ferimentos, mas dessa vez não teve como.

— Nada Gem, nada. — Eu disse, respirando fundo.

— Deixe-me ver. — Ela disse, passando a mão sobre a área machucada do meu rosto.

— Não encosta! — Eu gritei, assustando-a. — está doendo!

— Desculpa, não precisava ter gritado. — Gemma berrou, fazendo minha cabeça doer.

— Pare de gritar, abestada.

— Pare você, mula velha.

— Será que dá para o mundo parar de querer me derrotar pelo menos uma vez nessa droga de vida? — Eu disse, logo em seguida ficando ofegante. Gemma me olhava sem entender muito bem o que eu quis dizer.

— Calem a boca. — Disse meu pai, chegando na sala. — Não aguento mais vocês dois gritando o dia todo. Por que cada um não vai para o seu quarto e só saem de lá pra fazer as necessidades?

— Pois é uma boa ideia. — Eu disse, pegando minha mochila e subindo as escadas em direção ao meu quarto.

Ao entrar, bati a porta e a tranquei, me jogando na cama logo em seguida.

— Deus, dai-me paciência!

Liguei a televisão e em todos os canais só se falava de uma infecção Skar que se alastrou pelo mundo.

Eu já comecei a ficar feliz, tipo, a humanidade toda extinta. Nossa, que maravilha!

Ouvi um pouco mais das reportagens e parece que essa infecção já se encontra no Reino Unido.

Desliguei a TV e fiquei encarando o teto por breves 5 minutos até que senti cheiro de fumaça e percebi um tom alaranjado em minha janela.

Gemma começou a bater freneticamente na porta.

— O que você quer? — Eu disse.

— Harry, temos que sair daqui, a rua está em chamas!

Eu me levantei assustado e abri a porta:

— O quê?!

— A droga da rua está pegando fogo, assim como a cidade toda e, em breve, nossa casa. Podemos sair agora?

Foi tudo rápido demais: eu fiquei parado na porta do meu quarto encarando a cara da minha irmã como se nunca tivesse visto um ser humano na vida, até que ela me puxou com tudo e pude ver meu pai, atordoado, nos aguardando no exterior da casa.

As únicas coisas que eu consegui pegar foram meu celular e a bandana dada por minha mãe. Coloquei ambos os objetos no bolso do moletom que estava vestindo e saímos de casa.

Ao chegar lá fora, não havia só meu pai nos aguardando.

Homens de terno preto e armamento na cintura estavam ao seu lado. Ao vê-los, Gemma petrificou e se agarrou fortemente a mim.

— Fiquem calmos, só queremos o garoto. — Um dos caras disse.

Meu pai estava calado.

Mais três caras se aproximaram de mim e colocaram cordas em minhas mãos, prendendo-as e me arrastando para longe de minha irmã.

— Me soltem! O que vocês querem? Pai, faça alguma coisa!

Gemma chorava descontroladamente, enquanto um dos caras a segurava.

— Harry! — Ela gritava — Eu te amo, Hazz! — "Hazz" é o nome que Gemma me chamava quando éramos pequenos. Ao ouvir aquilo, desabei em lágrimas enquanto a escutava gritando — pai, segure eles!

Para meu espanto, a única coisa que meu pai disse foi:

— Ele tem que cumprir seu destino.

Depois disso, eu e Gemma não tiramos os olhos um do outro até eles me jogarem dentro de um carro e tudo ficar escuro.

Eu chorava descontroladamente.

Nem tive a chance de retribuir um "eu te amo" verdadeiro.


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