Capítulo 16

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Ei, atualizando aqui. 

Bora de capítulo? Lembrando que Henrico está completinho na amazon e o 2 livro já está sendo trabalhado :) 

Boa leitura amores...


CAPÍTULO 16 


O quão complicado era controlar suas emoções? Claire não entendia o motivo de tanta confusão em sua mente como também o motivo de estar acordada em plena madrugada admirando Henrico dormir. Ela estava sentada ao seu lado na cama, ainda era capaz de sentir o formigamento em sua pele, o calor entre suas pernas. A intimidade que compartilharam ainda estava vivida em sua mente deixando-a entorpecida diante das descobertas.

Quem é você realmente Henrico? — Ela se perguntava. O homem revestido em frieza ou aquele que fora capaz de amar o meu corpo como nenhum outro seria?

Delicadamente ela tocou em seu peito nu. Claire arrepiou-se, talvez por excitação ou pelo atrevimento, não soube dizer. Ela trazia consigo a certeza de que precisava daquilo, precisava senti-lo.

— Não sei dizer se é mais chocante ou frustrante a vulnerabilidade que vejo em você agora Henrico — ela deixou escapar o sussurro. — Acordado, você me parece tão assustador, mas agora está aparecendo um cordeirinho — Ela brincou, embora as emoções brigassem entre si.

Deitando-se ao lado dele, ela sustentou a cabeça em sua mão, persistindo em admirá-lo. Horas atrás havia decidido que iria tentar desvendar os segredos do seu algoz, mas a sua confiança ruía quando estava diante dele. Henrico a dominava com tanta facilidade que chegava a irritá-la.

— O que tanto você pensa, tesoro? — A voz grossa ecoou no cômodo, assustando-a. Embora, ela estivesse o encarando, seus pensamentos estavam longe. — Está dolorida?

Um rubor atingiu suas bochechas, deixando-a constrangida.

Ambos ainda estavam nus, contudo apenas os seios de Claire estavam à mostra.

— Não é dor, está mais para um desconforto — disse ela sem jeito. Aprumou-se na cama, mas manteve o olhar fixo em Henrico.

Ele, por sua vez, apoiou-se em um dos cotovelos e com a mão livre tocou carinhosamente o rosto de Claire.

— Acredito que isso seja normal pelo fato de ter sido a sua primeira vez. — Ele sorriu abertamente como se estivesse orgulhoso, mas um lapso de sombra negra atravessou brevemente seus olhos. — Você está arrependida? — ele quis saber.

Claire sorriu.

— Você se preocupa com as minhas vontades, oh, grande mafioso?

Se aquelas palavras tivessem sido proferidas por qualquer outra pessoa, Henrico teria dado um corretivo por tamanho atrevimento, mas as mesmas saindo dos maravilhosos lábios de sua doce Claire, apenas causaram-no uma vontade de rir ou talvez, a vontade de ensiná-la boas maneiras, mas de uma forma que seria prazerosa a ambos.

— Eu já falei o quanto você é atrevida? — questionou-a enquanto deslizava o indicador do pescoço esguio até os mamilos intumescidos. — Não é legal atiçar o lado mau de uma fera, sabia?

— Então quer dizer que a fera também possui um lado bom? — retrucou mais do que depressa e ele sorriu.

— São poucos os que conhecem esse meu lado, tesoro. — Um aperto acrescido de uma leve pressão em um dos seus mamilos a fez soltar um gemido suave. — Eu não sou bom, pois não me ensinaram a ser.

Claire sentiu o seu peito doer com um aperto repentino. Ela sabia que por trás daquela máscara de monstro que ele vivia lhe demonstrando, existia um homem capaz de amar e ser amado.

— Não frite os seus neurônios tentando me desvendar. — E lá estava o Henrico gentil. — Isso o que temos, é único. É nosso.

Claire não teve tempo de se esquivar das garras de Henrico, pois o mesmo a agarrou lançando suas costas contra a maciez dos lençóis de seda. Os corpos outrora separados, agora estavam mais próximos do que nunca, unidos como um só. Pele com pele.

A respiração ofegante de Claire não a impediu de indagá-lo:

— E o que nós temos? O que acontece dentro dessa sua cabeça, Henrico? Juro que tento, mas não consigo entender você.

Os lábios dele brincavam com os dela de maneira sedutora, os ruídos que escapavam de sua garganta deixavam a região abaixo d seu ventre em chamas.

— Eu não preciso que você entenda, apenas que você ceda a mim.

Ao notar o resquício de arrogância em suas palavras, Claire debochou:

— Você não está satisfeito com o fato de eu ter cedido tão facilmente a você em plenos seis dias de cativeiro? Talvez eu estivesse em carência por estar presa?

A gargalhada que escapou da garganta dele, fez os olhos de Claire brilharem em deslumbramento. Céus! Ele ficava ainda mais lindo quando sorria daquele jeito relaxado.

— Eu não quis dizer numa conotação sexual, tesoro. Dio! Pare de se remexer assim — engasgou com as próprias palavras no momento em que sentiu cada pedaço do corpo de sua doce Claire abaixo dele. Os seus lábios traçaram uma trilha molhada do queixo ao pescoço, parando em sua orelha onde mordeu o lóbulo antes de sussurrar: — Eu quero a sua entrega completa.

— Você me quer como uma prisioneira submissa e isso não será possível. Não posso oferecer algo que não sou capaz de dar.

Henrico afastou ligeiramente a cabeça apenas o suficiente para firmar seus olhos aos dela. Uma de suas mãos desceu em um deslize torturante na lateral do belo corpo feminino. Como que por instinto, Claire se viu escancarando ambas as pernas para aconchegar Henrico.

— Então, o que você tem para me oferecer minha, doce Claire?

A intensidade daquela pergunta tornou a mente de Claire ainda mais confusa em meio à bagunça de sentimentos e emoções. Lembrou-se das palavras de Pietro e abraçou a oportunidade:

— Diante do meu pai eu lhe ofereci a minha vida. Ao chegar aqui, em seu território, ofereci a você a minha honra. Horas atrás, entreguei algo precioso em suas mãos Henrico e não me arrependo. Nesse momento, diante do que estamos vivendo, ofereço a minha integridade. Entrego a você, a minha confiança.

O silêncio foi mais ensurdecedor do que o ruído das respirações de ambos. Henrico estava atônito, paralisado. Sentia-se preso entre o desejo e o pânico que ameaçava invadi-lo.

Ela vai querer a minha confiança também —, pensava ele.

Sentindo a tensão tomar os músculos do amante, Claire levou ambas as mãos ao rosto de Henrico de modo a acalmá-lo trazendo-o de volta para si.

— Não se assuste, apenas aceite o que estou lhe dando.

Ansiosa, ardente e expectante, Claire enrolou os braços no pescoço de Henrico e colou suas bocas. Ela sabia que não estava fazendo sentido algum, mas a sua situação em si já não fazia sentido. Porque não dar ouvidos ao próprio coração?

Henrico, embora se sentindo balançado com as recentes palavras, não foi capaz de controlar os instintos primitivos e aceitou aquele corpo até outrora intocado, mas que agora era tão dele quanto dela.


Rendidos pelo amor - Livro 1 (Duologia Rendidos)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora