— Eu? Claro que não! Eu e ela estamos apenas nos curtindo.

— Ta! Não vou ficar discutindo. Álvaro me disse que conhece Juliana e que quando a conheceu ela estava grávida. — engoli em seco.

— Grávida? Como assim? E cadê essa criança pelo amor de Deus! Não vai me dizer que Juliana engravidou de Álvaro e que agora você é tio? — disse com ar de gozação.

— Pode parar que a coisa é séria. Álvaro não teve nada com ela, e a questão não é essa. Ela nunca me disse nada, nem que conhecia Álvaro. De duas uma, ou ela não confia em mim ou tem algo que ela não quer que eu saiba. E outra, cadê essa criança? Nasceu? Morreu? Isso está me enlouquecendo.

— Isso é sério. Pergunta para ela.

— Estou me segurando para não fazer isso. Mas não posso. Preciso esperar ela se pronunciar. Não sei o que envolve essa história. Talvez seja algo difícil para ela. Preciso respeitar o tempo dela. Apesar de me sentir um pouco frustrado em imaginar que ela talvez não confie em mim ao ponto me contar uma coisa tão séria assim.

— Calma. Dá um tempo. Quem sabe ela não te conte mesmo antes de você imaginar.

— É o que eu vou fazer. Mas se Kate comentar alguma coisa com você eu vou querer saber.

— Pode deixar! Quanto a isso fica tranquilo. Apesar de eu ter quase certeza que se ela souber alguma coisa ela não me contará.

Assenti. Eu sabia que Kate não falaria nada mas não custaria tentar. Voltei ao trabalho, afinal não podia passar meu tempo imaginando coisas. O certo a se fazer é esperar.

O dia seguiu normalmente. Resolvi várias pendências. Também entrevistei algumas candidatas a vaga de babá. Mas pelo jeito não será fácil. Não é simples achar uma pessoa que cuide de seu filho. A questão com Marina, não é Yago e sim as investidas dela que estão cada vez mais presentes e não tenho me sentido confortável.

O fato é que achar alguém que eu confie vai ser difícil. Bom seria se Juliana fosse minha esposa. Ela e yago se parecem tanto, quase mãe e filho que seria uma felicidade imensa. Minha esposa e uma mãe que pedi a Deus, depois de Sofia é claro.

Se acalme Hugo. Não passe o carro na frente dos bois! Tudo ao seu tempo.

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Combinei com Juliana de pegá-la em sua empresa para irmos para a minha casa. Hoje ela dormiria na minha casa e eu não aceitei não como resposta. No horário marcado estava na porta esperando. Seu cabelo preso me deu a visão de sua nuca que eu amo tanto e a marca que ela tem igual a de Yago, que nunca comentei com ela pra que ela não me achasse muito louco.

­ — Oi! — a beijo com paixão. Não sei dizer se algum dia a beijarei com menos fervor.

— Oi! — ela diz m abraçando forte. Eu retribuo. Um corpo sempre se acalma ao lado dela.

A olhei analisando e vi que tinha olheiras e que parecia não ter dormido bem nas ultimas horas.

— O que houve eu amor? Andou chorando? Porque tenho a impressão que você tem chorado muito nos últimos dias e está escondendo isso de mim. — Minha vontade é coloca-la dentro de mim.

— Não foi nada amor. Só estou trabalhando muito. Não se preocupe, vamos?

— Sabe que a senhorita ter me deixado na ultima noite em casa sozinho não foi um bom negócio neh?

Curando Feridas ( Hiatus)Where stories live. Discover now