Minha mãe abraça Álvaro que a ergue do chão a girando. Com o corpo franzino de dona Fernanda ela parece uma criança no braço de meu irmão.
— Venha meu filho conhecer Juliana. Parece uma boneca de tão linda!
Levantei- me do sofá para recebê-lo e antes que eu pudesse abraça-lo Yago pula em seu colo me deixando literalmente no vácuo. Olho para Juliana que no momento não tem o mesmo sorriso de poucos minutos atrás em seu rosto. Está tensa. Eu sei que as vezes Álvaro causa isso nas pessoas. Ele é alto, mais alto que eu, e nem sempre está sorrindo, não que ele não seja um cara alegre e seja carrancudo, mas sempre foi assim, depois que se pega intimidade se descobre o cara legal que ele é.
— Tudo bem Yago!! Pode descer agora do colo do seu tio e deixa-o cumprimentar as outras pessoas. Vem cá irmão, quanto tempo! — O puxo para um abraço. — Devia aparecer mais, não pode ficar tanto tempo assim se vir nos ver.
— Para Hugo! A mesma distancia que tem de lá aqui tem daqui até lá! Entendeu? Além do mais eu preciso trabalhar, ou esqueceu que se eu não trabalho tudo para?
— Está certo! Agora me deixe apresentar Juliana. Essa aqui é minha namorada! — encho a boca para dizer minha namorada e confesso que não me imaginava tão cedo dizer essa palavra.
— Prazer Juliana! Já ouvi rumores sobre a sua pessoa! Seja bem vinda à família.
Juliana solta a mão de Álvaro que a encara por um breve momento e aquilo me incomoda. Não é ciúmes, é apenas a estranheza do fato de ver Juliana tensa e ao mesmo tempo Álvaro a perscrutar com o olhar. O que ele quer saber?
— O prazer é meu! Obrigada!
— Bom, já que estamos todos devidamente apresentados o que acham de comermos?
— Até que enfim alguém sensato nessa casa! — Meu pai se levanta indo em direção a mesa que já está posta.
— Vô! Eu concordo, apesar de não saber o que é sensato. Me explica depois? — Yago vai no encalço do meu pai.
— Claro que explico meu filho, mas por hora quero matar minha fome.
Todos vão em direção á mesa e eu seguro Juliana. Não disfarço o espanto ao perceber sua mão fria e suada.
— Tá legal! O que esta havendo? Porque ficou tão tensa de repente? Está suando e com a mão fria.
Ela desvia seu olhar e eu não gosto disso.
— Juliana, você precisa confiar em mim. Tem que confiar pra isso aqui funcionar.
Ela passa a mão em meu rosto e no mesmo instante meu corpo reage ao dela.
— Está tudo bem Hugo. Acho que minha pressão baixou. Logo volta ao normal. — Ela me dá um selinho.
— Tem certeza? Quer que eu te leve ao médico?
— Não precisa. Preciso me alimentar, apenas isso!
— Então vamos!
Todos sentados em volta da mesa. Minha mãe muito elegante como sempre. Meu pai sério como sempre. Álvaro, parece o espelho refletido do meu pai. Yago lambendo os lábios custando esperar a hora de atacar a lasanha e eu, eu não largo a mão de Juliana um minuto. O sentimento que eu tenho é que ela precisa que eu segure suas mãos e não solte.
— Então, quem vai fazer a oração hoje? — Minha mãe diz e não surpreende ninguém. Eu me esqueci de informa-los que aqui em casa e sagrado oração antes de qualquer refeição. E segundo dona Fernanda em todas as refeições seja sozinho ou com a família reunida. Mal sabe ela que não tenho sido um menino obediente nesse sentindo. Deus ajude que Yago não me entregue hoje.
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Curando Feridas ( Hiatus)
RomanceJuliana sempre foi expert em usar máscaras, afinal, eram nelas que ela podia se esconder. A sua defesa sempre foi não deixar suas fraquezas e dores a mostra. Ela sabia que não podia se mostrar fraca, e apesar de todo o esforço, e depois de anos enja...
Capitulo 17
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