Capítulo 6

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- Então, no último momento eu venci. Eu nem lembro mais qual era a pergunta, mas lembro que o garoto errou o último dígito e eu acertei - eu disse.

Não sabia como o assunto do hospital até o prédio em que estávamos tinha ido para o tema maratona de matemática, mas a verdade era que ele sabia como ninguém como não deixar o assunto morrer.

O apartamento era grande, com uma sala com um grande sofá claro, tudo decorado com o básico, assim como esses apartamentos comuns pré-mobiliados. William tirou meu casaco e eu o observei pegar duas taças e uma garrafa.

- Então você era a garota exemplar? - disse ele, depois que me fez sentar no sofá e entregou uma taça de vinho.

- Eu não tinha nada muito interessante além de estudar, então... - gesticulei antes de beber um gole.

O vinho era uma delícia. Eu o olhei e ele estava próximo, seu cheio me embriagando. Ele não falou nada e eu senti meu rosto esquentando enquanto o via beber de sua taça.

- Não consigo parar de te olhar. Você está sempre linda, mas esta noite você está... - William balançou a cabeça, como se estivesse atordoado - Absurdamente sexy.

Senti meu rosto corar ainda mais quando seus olhos passaram rapidamente pelo meu decote.

- Então - ele buscou minha mão sobre a coxa enquanto eu esvaziava minha primeira taça de vinho - Você gosta?

- O vinho está delicioso - disse. Essa frase havia muitas interpretações.

Ele balançou a cabeça e deslizou os dedos entre os meus, movendo-os para frente e para trás.

- Não era disso que eu estava falando - ele olhou fixamente para mim com aquela expressão intensa - Não consegui tirar você da minha cabeça o dia inteiro.

- Nem eu - como um saco furado, as palavras saíram livremente da minha boca.

Não desviei os olhos. Em vez disso, deixei minha taça de lado e passei minha mão sobre a dele, contornando suavemente suas articulações com meus dedos.

Ele não partiu para cima de mim como um animal pronto para abocanhar a presa, apesar de seu olhar dizer exatamente isso; parecia que ele me conhecia e estava indo aos poucos porque era assim que eu gostava.

Seu olhar era penetrante em mim e eu poderia jurar que ele podia ver através do meu vestido. Talvez fosse porque ele estivesse olhando para mim como um lobo prestes a devorar sua presa. E talvez, isso fosse exatamente o que eu era.

- É um prazer ouvir isso.

As palavras se espalharam dentro de mim como fogo em mato seco e lábios firmes e quentes cobriram os meus. Sua mão forte deslizou pelo meu rosto até minha nuca, me puxando pra ele, e a outra escorregou pelo meu braço até a cintura, me pressionando contra seu corpo firme.

Abri meus lábios, deixando-o explorar minha boca com sua língua, embriagada com seu cheiro masculino, sentindo o pulso acelerado e agarrando-me a ele com um suspiro. É tudo feito com tanta naturalidade e calma que percebo que sou eu quem está afoita.

- Você precisa desacelerar um pouco - ele sorriu contra meus lábios. Suas mãos tocaram meus ombros e eu senti seus dedos ásperos deslizando por meus braços. Antes que eu conseguisse responder, sua boca já estava sobre a minha novamente.

Sua mão desceu pelo meu quadril até minha coxa, e ele puxou-a, me colocando sentada sobre ele do mesmo jeito que fez à tarde. Gemi quando senti sua ereção dura embaixo de mim e o beijei de volta, faminta.

- Eu gosto de você de preto - ele disse, roçando seus lábios contra a ponta da minha orelha, mordiscando.

- Você gosta? - a pergunta era um sussurro tão baixo que achei que ele não tivesse ouvido.

Justo e SujoWhere stories live. Discover now