Capítulo 17

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Chegamos em casa e eu fui direto tomar um banho, debaixo da água eu pensei no que a Alex, quem sabe eu possa gostar de ser modelo, eu iria lá segunda. Sai do banho coloquei um short e um top e me deitei, não demorei muito a adormecer.

~Sonho/Lembrança On~

Estávamos em Miami visitando meus avôs, eu tinha seis anos, fomos eu, meu pai e minha mãe. A gente tava em um parque de corujas, lembro o quanto eu ficava fascinada por ela.

-Papai, eu posso levar uma pra casa?- ele me olhou e sorriu ternamente.

-Não querida, elas não podem sair daqui- ele me pega no colo.

-Mas eu queria...- um choro se inicia.

-Espera aqui- ele me colocou no chão, vi ele indo até o moço que cuidava delas, trocaram algumas palavras e ele voltou e piscou pra mim, eu não entendi nada de inicio, mas ai o moço veio em nossa direção... com uma coruja em seu braço.

-Parece que tem uma amiga que quer te conhecer- ele disse e se abaixou para que eu pudesse vê-la de perto- ela não tem nome ainda, o que acha de darmos um nome pra ela?- eu dei pulinhos de alegria e gritei.

-Amora! Amora! - eles riram e eu lembro que eu fiquei tão feliz.

Desde aquele dia meu pai me chama de Corujinha, virou meu apelido pra família.

~Sonho/Lembrança Off~

Acordei em um pulo e vi uma figura ao lado da minha cama, me preparei pra gritar, mas minha boca foi tapada.

-Se tentar gritar, as coisas podem ficar ruins- Não precisava acender a luz pra saber quem era. Ruy- vou destapar sua boca mas não grite- ele disse calmamente e eu assenti.

-O que você esta fazendo no meu quarto- ele olhou pro meu corpo e pude ver a elevação em suas calças, senti um nojo tão grande que minha vontade era de socar a cara dele.

-Ah qual é, não se faça de santinha- ele me olhou- sabe exatamente o que estou fazendo aqui- ele foi colocar a mão entre minhas pernas, mas eu me levantei rapidamente e apontei pra porta.

-Sai do meu quarto- eu disse e ele não se moveu- eu vou gritar.

-Você não vai fazer nada- ele se levanto e veio até mim- por que eu tô comendo sua mãe e ela gosta, se você fizer ou contar qualquer coisa pra alguém, sua mãe vai sofrer- ele segurou me queixo- entendeu?

-Sai do meu quarto- eu disse sentindo um nó na garganta.

-Eu vou- ele me soltou- mas eu volto- e saiu.

Eu corri e escorei a porta com a cadeira, eu sei que não adiantaria se ele quisesse entrar, mas por hora era o que eu tinha, fiquei desnorteada por alguns minutos, então me deu vontade de chorar.

Por que não percebi isso antes, era tão obvio, as insonias e as sensações, começaram logo que ele veio pra cá. Tava tão na cara que eu não percebi.

Queria sair, e foi o que fiz, estava tarde mais eu precisava respirar. Sai em silencio e em em poucos segundos estava andando na rua. Ele era um idiota e eu iria denuncia-lo, amanha de manha eu iria a delegacia, não importasse o que ele dissesse. Ouvi um carro buzinar e levei um susto. O vidro abaixou.

-Calma.

-Ah você- era Victor.

-E você- ri um pouco- não devia andar sozinha a noite.

-Precisava respirar- ele assentiu.

-Quer uma carona?- eu ri.

-Quais são as possibilidades de você não me assaltar?- ele fez uma cara de ofendido e eu ri.

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