Recém-Criada - Livro I (COMPLETO)

17 - O início do fim

Estar de frente com meu futuro era a sensação mais inexplicável possível. Desci da carruagem e logo o aroma de orquídeas me rodeou. Esmera havia se comprometido com a decoração, e eu estava tão impressionada e agradecida que fiz uma anotação mental de dizer a ela que nunca havia ousado sonhar com algo semelhante. Diante de mim ela colocara um caminho feito de madeira envernizada na areia repleto de pétalas de rosas brancas que ia até o altar. Pela beirada do caminha de madeira havia vasos cumpridos e transparentes com um pouco de água, areia e rosas vermelhas. As cadeiras dos poucos convidados estavam envolvidas por um tecido branco com um pequeno ramalhete de orquídeas dando um toque romântico.

O altar se parecia com uma tenda com quatro pilares. Rosas brancas faziam uma coroa na parte de cima e por baixo dessa coroa de flores descia cortinas em um tom claro lilás. Do meu lado esquerdo havia três cadeiras que eram ocupadas pelas irmãs Denali, inclusive Kate que já estava com Tãnya e Irina. Ao meu lado direito, mais três cadeiras, mas apenas uma estava ocupada por minha mãe. Edward estava atrás de um piano posicionado ao lado do altar. Carlisle segurou minha mão e colocou em seu braço direito. Quando uma doce melodia começou a soar preenchendo p lugar iniciamos a caminhada.

E então meus olhos encontraram os de Aidan pela primeira vez. Ele estava em um fraque branco que destacara seus olhos vermelhos. Ele estava um pouco inquieto, mas sorria abertamente para mim. Naquele momento nada mais importava a não ser meus sentimentos por ele. Depois de tudo o que havia enfrentado, tantas frustrações e rejeições, era natural estar insegura. E todos esses medos se dissolveram dentro de mim. Subo amava. Tanto que não me poderia me imaginar sem Aidan. Era o meu primeiro amor. Tão puro e tão arrebatador. Ele era a minha salvação particular. Era o motivo pelo qual eu estava ali.

Carlisle me deixara de frente para meu noivo, colocou minha mão sobre a mão de Aidan e suspirou. A música parou suavemente. Virei-me para minha mãe e entreguei meu buquê para que segurasse pra mim.

-Está tão linda!

-Obrigado mãe. – abracei e beijei seu rosto.

-Estou te entregando o que há de mais precioso em minha existência. – a voz de meu pai era baixa e solene.

-Me comprometo a fazê-la feliz todos os dias da minha vida. – Aidan dissera olhando para mim. Peguei sua mão direita, levei até meus lábios e depositei um beijo. - Espero que aceite meu coração petrificado há tanto tempo.

-Amo você. – Acariciei seu rosto, ele beijou a palma de minha mão e depois nos virou para a frente onde Carlisle estava para celebrar a cerimônia.

Todos se sentaram 3 meu pai iniciou um discurso sobre o amor. Não havia dúvidas em mim em relação ao fato de ele estar falando sobre o sentia por minha mãe. Palavras bonitas e sinceras. Apesar de registar cada sílaba dita, não me apeguei a isso. Deitei minha cabeça no ombro de Aidan e deixei que a paz que sentia toda vez que tocava nele tomasse conta de mim.

-Diante dessa ocasião pergunto se existe algum impedimento para essa união, que fale agora ou se cale eternamente. – houve uma pausa eu um silêncio esperado. – Então o elo que aqui se forma, permaneça para sempre. As alianças.

Aidan soltara a minha mão e pegara uma caixinha de veludo vermelho que estava em seu bolso.

-Agnes, meu amor mais querido. Me comprometo, como seu esposo, a te amar eternamente. Permanecer ao seu lado e cumprir minhas promessas. Me comprometo a ser teu e te entregar o melhor que há em mim. Me comprometo e prometo que jamais ficaremos separados. Esse é um momento ímpar em minha vida, esperei séculos por você e passaria por tudo novamente se soubesse que estaria aqui com você. És dona de mim, a amo ardentemente. – a aliança de ouro encaixou perfeitamente em meu dedo anelar.

Peguei a outra aliança e olhei profundamente seus olhos.

-Aidan, meu primeiro e único amor. Andei muito tempo por uma estrada tortuosa para poder encontrá-lo, e ainda assim jamais poderia imaginar que seria tão afortunada ao amá-lo. Prometo que o amarei para sempre e que meu coração também é teu. Prometo que farei o possível e o impossível para que seja feliz ao meu lado. Você trouxe liberdade e uma nova vida a mim e não sei como poderei retribuir, então aceite meu amor.

-Aidan Crownell, aceita Agnes Elizabeth Mesen Cullen como sua legítima esposa? – Carlisle perguntou.

-Sim. – a voz de meu marido estava levemente alterada.

-Agnes Elizabeth Mesen Cullen, aceita Aidan Crownell como seu legítimo esposo?

-Sim. – sussurrei. Minha voz estava sufocada pela emoção de finalmente ser a esposa de Aidan.

-Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.

Aidan segurou meu rosto entre suas mãos e encostou sua testa na minha. Ele suspirou levemente e depois levou seus lábios até os meus.

-Pertenço a você – ele sussurrara contra meus lábios.

Imediatamente me lembrei da conversa que tive com meu pai antes de chegar aqui. Engoli seco e pisquei rapidamente. Não poderia mentir pra ele justamente hoje. Não havia um jeito de explicar isso. Meu irmão estava no meu campo de visão ergueu sua sobrancelha sugestivamente. Droga! Ele estava lendo a minha mente.

-Amo você. – disse voltando minha atenção para Aidan.

-Pra sempre?

-Pra sempre. – enlacei seu pescoço e o beijei.

-Parabéns aos noivos! – Kate gritara e todos se colocaram de pé e começaram a aplaudir.

Ouvimos passos de vampiros se aproximando e atrás de nós surgiu onze vampiros que também estavam aplaudindo. Mas não para nos felicitar, sim para nos interromper. Aidan e eu nos viramos imediatamente, ele dera um passo a frente para que eu ficasse atrás dele.

-Sejam bem vindos ao meu casamento, Giuseppe, Enrico, Matteo e seus amigos. – Aidan estava sendo educado, mas qualquer um sabia que era apenas um fingimento. – É uma que não chegaram mais cedo. A cerimônia acabou.

-Espero que não estejamos atrapalhando. Contudo queria ver mais uma vez a bela Agnes. – Giuseppe respondeu – Por um momento pensei que fosse fruto de minha imaginação. E além do mais Irina havia nos convidado.

-E trouxe mais oito amigos? – Edward dissera e se colocara ao lado de Aidan.

-Oh sim! Imagine que quando contei para eles sobre Agnes, ficaram curiosos. – eles riram.

-Mentira. Você quer leva-la – Edward sibilara.

-Como sabe disso? Você lê mentes? – Matteo estava espantado.

-Não vão leva-la. – Edward usara o mesmo tom como se tivesse dizendo que amanhã nascerá novamente. Com absoluta certeza e com certo enfadonho.

-Como assim? – perguntei. – Não pretendo ir com vocês.

Ele abriu um frasco e jogou no chão.

-Gasolina. – Tãnya dissera ao mesmo tempo que o cheiro invadiu o local eliminando a fragrância das orquídeas.

-Pensei que fosse dizer isso, e como não aceito não como resposta... – ele riscou um fósforo e o jogou no mesmo lugar em que estava o fraco e ouve uma pequena explosão.

-Céus! – Esme estava assustada.

-Não levarão minha esposa. Nem que isso custe a minha vida. - Aidan rugira depois de dizer essas palavras e se colocou em minha frente como um felino.

-E será exatamente assim. – a risada de Giuseppe fora acompanhada por grunhidos seus e de seus amigo.

E então eles avançaram em nossa direção