13 - Primeiro Beijo

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Depois que eu soube que Gastão na verdade se chamava Aidan e que se trava de um vampiro, me pus a imaginar como seria ser como ele. Ser forte, pálida, veloz, atrativa e assassina. Era dessa forma que eu conseguia me ver ao lado dele. Em minha mente limitada não cabia nenhuma perspectiva além de solidão e altivez. Eu tinha me preparada psicologicamente para me tornar uma vampira, de certa forma... Mas poder sentir carinho? Ou desejo...? Não parecia fazer sentido a minha atual realidade.

Talvez a minha super mente esteja criando esse tipo de ilusão para me deixar mais suscetível a minha infeliz verdade. Não podia creditar que em meio a minha confusão, eu poderia sentir algo além de gratidão, ódio e sede. Bem... Aidan tinha mudado isso.

Seus lábios tocavam suavemente os meus, me dando a opção de parar. E eu queria realmente parar e falar sobre nós dois, só que minhas mãos seguraram seu pescoço e meus lábios aprofundaram o beijo. Eu queria mais. Suas mãos foram para minha cintura me prendendo junto ao seu peito, senti meu corpo estremecer de leve quando sua língua invadiu minha boca me lançando em uma miríade de sensações inigualáveis. Não puder evitar o gemido em minha garganta. E então a calmaria foi embora.

Enlacei sua cintura com minhas pernas e puxei seu casaco que rasgou no meio e depois caiu no chão. Ele passou sua mão por minha coxa levantando meu vestido. Soltei sua boca e me dediquei ao seu pescoço e com um simples puxão rasguei sua camisa.

Eu tinha sonhado algumas vezes como seria estar com Aidan dessa forma... Mente humana e tola! Nada poderia superar a visão de seu tórax atraente.

Seu toque em minha pele parecia deixar rastros de fogo... Não havia nada frio em nós, apenas calor... Quente e pulsante. Toda a minha sanidade estava indo embora e não me importei com mais nada além do fato de que eu o desejava de forma irrefutável.

-Aidan... Eu quero você. – sussurrei em seu ouvido, esperando que ele entendesse minha frase. Houve um gemido em resposta, sorri interiormente. Ele também me queria, e isso poderia ser provado fisicamente.

De repente paralisamos. Havia mais uma pessoa na floresta.

Afastei-me bruscamente e contra a vontade de meu corpo, e tentei ajeitar meu vestido. Olhei para Aidan e vi que ele não poderia ajeitar sua camisa e fazer cara de paisagem... Ela estava em frangalhos no chão junto com seu casaco.

-Minha intenção não era interromper o momento de paixão entre vocês, mas Carlisle me pediu para verificar se a princesinha dele estava mesmo na casa do quase-namorado dela.

-Não preciso que me siga, tinha que resolver alguns assuntos particulares. – empinei o nariz. Não daria a ele a oportunidade de me intimidar.

-Essa não era a minha intenção, ele desconfiou que a morte da diretora tivesse um dedo seu.

-Como...? – olhei para Aidan e soube a resposta.

-Eu tinha ido até sua casa pra falar com você, sabíamos que tinha mentido. – ele apenas dera de ombros.

-Estava cheio de culpa e veio verificar o que acriança estava fazendo? – gritei.

-Não, fiquei preocupado, Agnes. Não sabe o quanto custa matar uma pessoa. É como se fosse um lacre, depois que é rompido, se torna fácil demais, desumano demais. Acredite, experiência própria.

-Vou ver Carlisle. – sussurrei.

-Não tenho nada pra fazer aqui. – Edward sumiu na floresta. Fiquei parada ouvindo seu corpo deslizar pela noite.

-Pensei que fossemos conversar. – Aidan.

-Existe um provérbio que diz: Tudo que começa errado, termina errado. Foi o que aconteceu com nós dois. Acho melhor eu ir pra casa, se é que ainda tenho uma.

Recém-Criada - Livro I (COMPLETO)Where stories live. Discover now