10 - Objeto

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-Isso é mais grandioso do que eu tinha pensado! – Edward estava maravilhado comigo e esse fato me deixara orgulhosa. Pela primeira vez eu seria boa o suficiente. – Procure a mente de Carlisle. - meu poder começara a procurar pela floresta e parecia estar sem rumo. – O que houve?

-Ele ainda está na delegacia? Ou está vindo embora? Preciso de um endereço.

-Delegacia. – ele sugeriu. Assenti e direcionei meu poder para a delegacia, assim que encontrara a mente de Carlisle, ele entrara. De repente... De alguma forma, minha mente também estava lá. Estava de frente para o delegado que olhava com pesar para uma foto minha. Esse infeliz já tinha tentado contato comigo para que fossemos amantes. Tinha muita pena de sua esposa.

-Se trata de um fato lastimável, uma jovem tão bonita e com uma vida toda pela frente. – ele balançara a cabeça negativamente. – Sr. Cullen, você a conhecia?

-Não. Infelizmente não. - Carlisle aparentava uma solenidade fúnebre. E não era para menos, se travava de um corpo e uma morte, independente se fosse a minha morte fingida ou pela morte da indigente. – É impressionante toda essa brutalidade.

-Horripilante, meu caro, horripilante. – o delegado coçara seu cavanhaque. – Suspeito que tenha sido por causa da beleza que essa jovem trazia, muitos rapazes queria desposá-la, pode ter acontecido alguma rixa entre eles. A beleza que muitas desejam estava escancarada naquela moça e digo com toda a certeza de que era apenas mais uma maldição em sua vida. Além a de ter nascido, é claro. Uma moça sem família e bastarda de pai não pode ser considerada adequada...

Aquilo me deixou em choque. Não desliguei meu poder, mas fiz com que ele voltasse a mim. A única mente que eu poderia alcançar era a mente de meu irmão. Mais uma maldição. Por quanto tempo eu teria que conviver com isso? Já não bastava ter agüentado isso toda a minha vida humana? Não esperei para ouvir a resposta de Carlisle. Não me interessava.

-Agnes, era apenas a opinião de um humano. – ele dissera como se a palavra fosse de fato uma ofensa. Andei rumo a casa. – Agnes, espere! Você não pode levar a sério... – então ele tocou meu braço. Por um instante vi que minha raiva se multiplicou em sua mente, como se ele estivesse tendo um acesso duplicado a ela, um acesso que excedia seu poder. Ele soltara meu braço e caminha para trás. Cinco passos precisamente. Seus olhos confusos e perturbados combinavam com sua mente. – O que aconteceu?

-Eu te machuquei? Você parece assustado.

-Não seja ridícula! Claro que não me machucou, só estou... Impressionado.

-Não sei o que fiz.

-Percebo. – me analisara. – Toque em mim de novo. – ele ordenara.

-Edward, eu não sei se isso é uma boa ideia.

-Toque em mim, Agnes. -  sua mão estava estendida em minha direção, era um convite.

Estendi o braço e lentamente alcancei sua mão. Ele estava tão inseguro quanto eu, mas a diferença entre nós é que ele sabia disfarçar.

-Pense em alguma coisa.

-Como o que?

-Qualquer coisa.

Então fechei meus olhos e pensei na dor. A dor que sofri durante a minha transformação. A memória era tão forte que Edward gemera, ele estava lendo a minha mente e ao mesmo tempo eu estava transmitindo a ele meus pensamentos. Eu poderia fazer isso com qualquer pessoa? Abri meus olhos e tirei minha mão da sua.

-Seu dom possui uma extensão inigualável. Você pode me mostrar seus pensamentos. É diferente de ler sua mente e ao mesmo tempo é igual, parece uma espécie de cinema totalmente particular.

Recém-Criada - Livro I (COMPLETO)Where stories live. Discover now