Capítulo 27

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-Solta ela Invictos!
-Por favor, NÃOOOO!

A faca começou a cortar o meu pescoço, pude sentir o sangue começar a escorrer, uma dor inigualável era instalada em mim. Meus olhos se fecharam, e os gritos começaram a ficar distantes...

(...)

-Bom dia mamãe.
Dou um beijinho em minha mãe, que pegava um sol perto de meu pai, que ao contrário de minha mãe, estava debaixo de uma tenda, e observava Sebastian e Ezeque mergulhar na grande piscina de plástico.

-Bom dia filha.
Ela levanta o óculos e me olha.

-Mãe, Miranda pode passar o dia aqui fora comigo?
Pergunto para minha mãe.

-Claro que pode, mas Lúcia está de acordo? Não quero ela brava comigo.
Minha mãe fala rindo.

-É claro que está mãe.
Minha mãe balança a cabeça positivamente e eu e Miranda vamos até as tendas que foram montadas no jardim. Como hoje é um dia muito quente em Florence, meu pai então deu ideia de passarmos fora do palácio.

Me deito sobre uma das espreguiçadeiras e Miranda senta numa cadeira inclinada. Começo a folhear uma revista de moda, enquanto ela borda em uma toalhinha o nome da sua priminha Felipa.

-Mi, olhe este vestido! Que fabuloso! Quero um parecido!

Falo apontando para um vestido que a famosa modelo Celeste Newsome usa.

-Mostre isso para Lúcia. Ela joga essa revista longe.

-Ah, para Mi, o vestido é lindo.

-Apenas mostre...

Eu bufo, Miranda continua a bordar na sua toalhinha. E realmente, Lúcia jamais permitiria eu usar um vestido com esse decote, não é nada absurdo, mas também não poderei usar.

Entediada eu me levanto, e entro na piscina com Sebastian e Ezeque. Não que eu goste de piscina, mas é melhor do que ficar lá sem fazer nada. Miranda nos olha e suspira. Apesar de estar aqui fora, ela não tem permissão mesmo que eu queira, para nadar com a gente. Ela ainda não é da família. Eu disse AINDA.

-Sebastian, PEGUE ELA!

Sem que eu pudesse reagir, Ezeque me colocou em suas costas, e Sebastian começou a jogar água em mim. Eu tentava me debater, mas estava presa nas costas de Ezeque.

-Eu me rendo! Eu me rendo!

Falo afobada.

Ezeque finalmente me solta e eu respiro aliviada.

-Isso vai ter volta! Se preparem...

Ouço uma buzina tocar e Ezeque me tira rapidamente da piscina. Um guarda retira Sebastian e uma parede de guardas se formam a frente de nós.  Miranda sai correndo para dentro do palácio, e vários guardas se colocam para fora do palácio. O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Olho para meus pais. Minha mãe estava agarrada a Sebastian, e Ezeque segurava a minha mão. Uma criada que não consigo ver, me da um roupão, e eu me cubro, pois sai da piscina muito rápido e sem me enxugar.

Lá do outro lado do palácio entram vários soldados montados em cavalos pretos, reparo que todos são fortes, barbudos e tatuados, cada um deles estavam usando uma bandeira que eu reconheço de longe. A bandeira do Estado Maior. A tão odiada bandeira preta, com uma estrela amarela cortada. Sinto calafrios, mas medo não.

-Ora ora, a família está toda reunida!
Um homem meio velho e com uma capa horrorosa, fala.

-O que você quer Invictus?
Meu pai fala irritado.

-Vim dar meus parabéns pelo noivado de Ezeque e Eloah. Meus parabéns querido!

-Não preciso da sua parabenização, Invictus.
Meu irmão fala.

Ele desce do cavalo e vem caminhando até nós. Os guardas se colocam a postos e os homens nos cavalos levantam as armas.

-Calma, calma. Vim aqui em paz! Achei digno lembrar das regras, já que Ezeque é um menino meio raivoso não é mesmo? Vamos começar. Primeira coisa; meninas morrem. Segunda coisa; nós te matamos se você não matar a menina. Ou melhor, a primeira menina.
Ele diz me olhando.

Aperto a mão forte de Ezeque. Ele força as mandíbulas e vejo a raiva em seus olhos. Então a minha teoria de meninas primogênitas que morrem é verídica. Porém não sabia que era assim, algo feito por ordens. Mas quem vai desafiar o rei e a rainha? Como pode isso?

-Quem é você?
Pergunto em alto e bom tom.

-Ah, seus pais não te contaram sobre mim? Deixe-me apresentar. Sou o rei Invictus, o rei da sua família querida.

Ele fala rindo.

-Não tenho medo de você.
Esbravejo.

-Calma Lia.
Ezeque me fala.

Invictus me puxa de Ezeque e meu pai da um passo a frente.

-Dance comigo.
Ele fala.

-Por que dançar?
Pergunto intrigada.

-Se você não tem medo, então dance!
Ele fala.

Faço uma leve reverência e então começamos a dançar.

Uma dança sem música, eu descalça e molhada. Todos nos olhavam apreensivos. Eu não. Não tinha medo dele, apenas ódio. Terminamos a dança. Ele fez uma reverência e eu também. Quando já estava de saída ele me puxou e colocou uma faca em meu pescoço. Ela chegava a encostar, mas nada que me machucasse.

-Sua irmãzinha morreu, sabia?
Ele fala e eu posso sentir seu hálito horrendo.

-Sério que ela morreu? Sabia não!

Ele encosta a faca em meu pescoço.

-Chega Invictus. Você já veio aqui, já arruinou nossa tarde. Pode ir embora, deixe a minha filha em paz.

Minha mãe fala irritada.

-Fiquei sabendo sobre um plano de você ser rainha de Florence, Liana. Saiba que se você fizer isso, você vai morrer. Entendeu?

Ele fala apertando um pouco a faca.

Eu não espero. Saio de seu braço e o reviro em suas costas. Alguns soldados me puxam, mas consigo sair de todos. Pego uma espada das mãos de um soldado e derrubo dois. Invictus vem para cima de mim e me puxa pelo cabelo. Tento socar sua mão  mas não alcanço. Ele me imobiliza e sorri vitorioso.

-Devia ter te matado quando ainda era criança.

A faca começou a cortar o meu pescoço, pude sentir o sangue começar a escorrer, uma dor inigualável era instalada em mim. Será que eu ia morrer mesmo? Ele viria ao meu enterro? Tentei continuar a pensar, mas meus olhos se fecharam, e os gritos começaram a ficar distantes...

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Olá meus amores!!! Que capítulo hein? E ai, quem vcs acham que é esse cara? Será que foi mesmo ele que matou a Selena???? Fiquem de olho nos próximos capítulos ok?
Um grande beijo para vcs 😘❤

!Capítulo sem revisão!

"O Trono e a Espada"Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt