5.Laura

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Laura voltou para o seu quarto de manhã onde as coisas de Sofia haviam sido retiradas do cômodo, apenas uma caixa de papelão com as coisa de Laura que Sofia costumava usar estavam dentro dela, ela colocou tudo na caixa com exceção de um saia xadrez que ela tanto gostava e Laura sempre detestou, essa jazia em cima da cama de Laura.

A jovem atirou a saia em cima da cama onde amiga costumava dormir e não mexeu mas em nada no cômodo .

Parecia estranho e exagerado, mas ela tinha a sensação de que lhe arrancaram um braço, que ela era mais imponente que jamais pensara, Sofia sempre completou seus defeitos com suas qualidades, seu mal humor com o seu bom humor extremo. Sofia sempre esteve lá criticando quanto sua letra estava feia nos trabalhos em dupla ou o quanto seu cabelo estava horrível pra sair em uma sexta feira, sempre estivera lá pra afastar aqueles garotos idiotas que ela mesma apresentava há Laura e depois decidia que ele não servia pra ela, pra fazer ela correr seis quilômetros nas aulas de ginástica ao invés de três como todos os alunos.

Sofia sempre teve as piores ideias de como ocupar o fim de semana, como fazer trilhas escondidas na floresta ou nadar contra a correnteza do rio descongelando, mas mesmo no seu corpo pequeno e frágil sempre estivera ali pra defender e salvar Laura quando via que ela não conseguiria sozinha, nadar, correr, pular ou se esquivar.

Laura saiu o seu dormitório e antes de chegar a escada pode ver a amiga saindo do seu novo dormitório três portas depois da escada mas Sofia não era mais a mesma garota, Laura não via mais vestígios do que um dia foi sua amiga, o que um dia foi longos cabelos loiros brilhantes hoje não passavam do ombro e com as pontas curtas num channel de bico com a frente salpicada de azul celeste, suas roupas que antes eram finas e sofisticadas hoje não passavam de trapos, uma calça rasgada e uma camisa larga que deixava claro que não iria a aula de hoje, mas nada era tão perturbador quanto aqueles olhos azuis que antes radiavam alegria agora estavam sérios e sem emoção, as pálpebras pesadas e os lábios em uma linha fina escondiam em algum lugar a garota que um dia Laura chamara de amiga.

Calcas de montaria, verdes musgo uma camisa branca com o nome da  instituição e uma bota de cano alto preta cobertos por uma parca verde musgo que Laura vestia a fez lembrar o seu primeiro dia com o uniforme, ela pensou mesmo que iam participar de uma prova de hipismo e que a qualquer hora ia aparecer os cavalos no meio do gamado verde da primavera, mas hoje usar o uniforme há deixava feliz quando se lembra que as vezes, só as vezes conseguia se esconder e parecer uma aluna comum que ninguém vai se aproximar com uma conversa sem sentido apenas para mante contato.

Laura se arrastou pra aula de terça, matemática financeira preencheria seu  tempo, feliz em lembrar que Sofia não participava de todas as suas aulas e hoje em especial ela não iria está pois depois de encontrá-la no corredor do dormitórios feminino há viu correr ate próximo da floresta sem lhe dirigir uma palavra sequer.

Em geral as aulas de matemática financeira só tinham 3 alunos contando com ela, então pode-se dizer que era sua preferida, só Theodore e Marcos compartilham a aula,  irmão gêmeos de placentas diferentes o que significa que não se parecem nada um com o outro, o pai deles era o dono de uma rede de supermercados na no sul do pais e nunca tinha tempo pra eles, assim como o pai dela , era difícil não se sentir bem por não ser a única jogada ali mesmo que o pensamento fosse egoísta era uma verdade,  o pai deles acredita que eles iriam assumir os negócios da família, embora Laura duvide muito disso. 

Eles eram uma negação, Theodore o mais velho de pele morena e corte militar estava sempre ocupado de mais pensando e conversando sobre garotas pra prestar atenção nas aulas, já seu irmão Marcos que e mais claro e franzino ficava locado no mundo da lua e tinha um olhar distante que fazia Laura pensar se ele tinha algum tipo de problema mental.

A cidade dos vagalumes (COMPLETO)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora