Laura

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...passamos pela cerca até aquele barzinho incrível- Sofia tagarelou desde o café da manhã sobre como foi sua noite incrível com o garoto de sexta a noite, Laura já não prestava mais atenção em nada que a amiga falava desde que sairá da aula de estatísticas e probabilidades na ala leste do castelo, ela só conseguia se concentrar em como escapar das garras a amiga antes do almoço, a próxima aula era de espanhol e elas compartilham juntas esse horário há anos o que significava que Sofia ia estar lá atrapalhando que Laura preste atenção assim como acontecia todas as vezes.

Na segunda-feira quando a maioria dos alunos não dormiu bem no fim de semana eloquente e estão sonolentos, ela costumava conseguir se concentrar em não acompanhar eles no sono se concentrando na matéria, mas com Sofia ali falando sem parar ela sentia que ia pegar no sono antes que se desse conta.

-Já imaginou?- Questionou Sofia com empolgação em cada sílaba da pequena frase. Meu Deus como ela conseguia ser tão volátil, se deixava levar por qualquer bíceps volumoso, sempre se esbarrando de prepósito nos garotos nos exercícios ao ar livre, enquanto Laura se obrigava a participar deles Sofia aproveitava cada segundo que podia pra se exibir para o que fosse mais atraente na opinião dela.

Laura se arrumou na noite anterior para compartilhar de qualquer que fosse o plano de Sofia para a noite anterior, mas como de costume ela desmaiou antes que conseguisse terminar de se maquiar. Ela sempre teve esses desmaios misteriosos, infelizmente não havia motivo aparente para os desmaios, alguns especialistas acreditavam serem causados pelo estresse outros simplesmente não tinham uma explicação. Mas o desmaio da noite anterior não impediu de Sofia sumir no meio da noite com um desconhecido qualquer parando apenas para deixar Laura na enfermaria.
Ela não entendia por que diabos a amiga não parava de falar, estava de péssimo humor naquele dia e adoraria um minuto de silêncio pleno, seria pedir de mais.

-Ahan- concordou Laura quando ela parou de falar por um instante, era sempre bom acrescentar algumas expressões vocais para manter ela acreditando que aquilo era uma conversa, mas Laura tinha consciência que era um monólogo longo e chato.

O frio cortante fazia com que os pais ficassem mais tempo com seus filhos desobedientes o que deixa Siam mais vazia nessa época do ano não que nossa instituição chegasse a ficar cheia alguma época do ano, cada sala comporta no máximo quatorze alunos mas nunca passa de dez alunos isso nas aulas mais populares como inglês ou matemática, o preço exorbitante da anuidade pra enganar os pais que acreditam estarem pagando o melhor para os seus filhos entediantes ou delinquentes com certeza era um motivo.
Uma estrutura monstruosa de um castelo antigo militar de pedra com a forma de um quadrado em que cada uma das pontas tinha uma torre de quatro andares um grande fosso e a grande construção ao fundo onde menos de duzentos alunos poderiam facilmente se perderem sem muito esforço o que não era de se surpreender que acontecesse com os alunos de Siam, que era formado por poucos alunos e cérebros menos ainda, era assim que Laura definia Siam.

-Estamos atrasadas?

-Não, ainda são sete e quinze - respondeu Laura conferindo o relógio de ouro no pulso,  ela que ganhou do pai quando foi enviada a siam, blocos de pedras grandes tampam a entrada da sala em L, logo elas tiveram que dá a volta nela pra entrar na sala que no passado deve ter sido o escritório de algum militar, geralmente os alunos maiores se acumulam antes da entrada pra atrapalhar os menores de entrar ou tentarem passar para as outras salas que ficam depois dessa primeira, mas hoje esta vazia Laura se apressou para entender o que esta havendo, atrás da parede a porta de metal está fechada, ela ouviu cochichos dentro da sala.

-Devem ter fechado por causa do frio- palpita Sofia dando de ombros.

-É - concordou Laura mesmo não compartilhando da mesma opinião de fato e empurrando a porta com força, na expectativa que ela seja pesada, as portas das salas estão sempre abertas independente do frio que faça elas ficam escancaradas, as dobradiças rangem alto e a porta e se escancarou com rapidez e leveza batendo do lado oposto fazendo um barulho metálico ensurdecedor.

A cidade dos vagalumes (COMPLETO)Where stories live. Discover now