Prefacio

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Era uma atípica manha fria de julho, as arvores começavam a amarelar suas folhas, o gramado já não estava mais tão esverdeado quanto antes, sobre o capim baixo o gado pastava.
Uma casa imponente se apresentava logo após a cerca de madeira grossa que prendia o gado no pasto, e encostado nela um homem falava ao telefone, muito entretido para prestar atenção a jovem e bela mulher que chegava com uma criança no colo.

-Antônio!- ela tocou seu ombro com sua mão delicada de unhas bem feitas, trajava um vestido justo vermelho que deixava bem a mostra suas curvas, os cabelos cor de mel brilhantes corria pra todos os lados com o vento da manhã fria e atingiam o rosto angelical - Eu já estou atrasada, vou perder meu horário no salão! - ela entregou a criança ao homem rapidamente, passou a mão nos cabelos endireitando os fios que insistiam em sair do lugar e endireitou o vestido.

-Não demora !- grunhiu o homem, alto de pele bronzeada cabelos negros e um cavanhaque bem feito desenhavam seu belo rosto , seus ombros largos e altura impotente ressaltados na camisa social ao segurar o bebe com uma das mão e a outra o celular no ouvido enquanto observava a bela mulher que se virava pra ir embora.

Ela caminhou até a caminhonete preta onde um homem alto e esquio abriu a porta para que ela entrasse no banco de trás, após ela entrar ele se dirigiu ate o banco do motorista ligou o veiculo e saiu cantando pneu e levantando poeira na velha estrada da fazenda Pequeno Paraiso.

- Não entendi, a transportadora não passou pela alfandega ainda?-o bebê em seu colo esticava os braços para pegar o aparelho celular, o homem a colocou no chão e voltou sua atenção a pessoa do outro lado da linha.

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 Invisível aos olhos humanos asas fortes e rudimentares movimentavam-se levemente levando-o acima do morro, a vegetação era densa por toda extensão, onde ele podia ouvir pequenos macaquinhos pulando nos galhos das arvores frutíferas e gritando uns aos outros.

Ao chegar ao topo do morro pode ver a grande casa que se escondia ali, com uma estrada de terra batida como único acesso a propriedade era escondida do restante das outras grandes fazendas criadoras de gado onde a casa imponente de telhado colonial e grandes janelas de mogno junto com gramado verde a frente separando o pasto uma grande cerca e os pequenos lagos em volta davam um ar colonial, e não muito longe da casa um pequeno ponto rosa próximo ao gado, suas asas cortaram o ar com mais força acelerando a velocidade e ele semicerrou os olhos e com a visão mais aguçada que de uma águia ao avistar uma preza pode ver nitidamente, o pequeno ponto rosa se transformar numa menininha de bochechas rosadas e de olhos azuis claros como o céu que se fixou nele e fez suas asas acelerarem em resposta aquele olhar infantil, seu cabelo coberto pelo capuz da roupa de frio.

Os cachorros haviam de soltado do canil e vinham latindo e correndo atrás das patas de um grande puro sangue preto, assustando os animais que pastavam, não precisava ser um estrategista para saber que logo estariam próximo a criança que brincava distraída no pasto.
Enquanto o homem bem vestido falava ao celular, pela postura e as características físicas ele soube quem era o homem que deveria esta olhando a criança.

Detestava quando sua vontade não era respeitada, mas como um anjo general de batalha submisso ao Arcanjo Gabriel aquela tarefa devia ser encarada com honra, ele confiara ao general a proteção de alguém muito importante na balança entre o ganhar e perder, e mesmo que não fosse nem de longe o que ele estava acostumado há fazer ele cumpriria aquela missão como todas as outras, com perspicácia e perfeição.

Ele era o general do quinto distrito e sempre lutou com bravura contras hostes infernais que assolam á terra desde que Lúcifer fora banido dos céus junto com os seus, isso nunca era divertido e muito menos bonito, as hostes infernais atormentam os homens, os incitam uns contra os outros é o dever da Quinta armada de Gabriel impedir que esses demônios toquem nos escolhidos de Deus, aqueles cujo o coração seguem verdadeiramente ao criador devem ser protegidos e guiados para a luz mesmo que a escuridão tente avançar os anjos da Quinta estavam ali para protege-los .

A cidade dos vagalumes (COMPLETO)Where stories live. Discover now