Capítulo 27

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- Então, namorada – ele sorriu quando pronunciou a última palavra e eu acabei me arrepiando toda só de ouvi-lo me chamar daquela maneira. – Vai levar o livro? – ele pegou o livro que havia deixado de lado.

- Não, acho que terei que procurar um guia de como ser namorada de um idol.

- E existe? – perguntou rindo

- Não sei, mas se não tiver terei que escrever um.

- Seria uma ótima idéia. – ele se levantou e estendeu sua mão, eu a segurei e ele me ajudou a levantar.

Eu coloquei o livro devolta ao seu lugar, e assim que feito com o pinguim em um dos meus braços, a outra eu passei envolta da cintura de Hongbin, o abraçando e caminhamos para a escada rolante. Antes de sairmos da livraria, ele fez questão de parar e tirar mais uma selfie juntos, como da outra vez fez questão de pegar o fundo também, a diferença é que desta vez o pinguim fazia parte do cenário. Eu estava me sentindo tão feliz que se eu pudesse sairia pulando por todo o shopping.

- Acho melhor irmos. – ele disse olhando ao redor, quando fiz o mesmo percebi que o lugar estava ficando mais cheio, o que poderia ser muito ruim, muita gente significava que aumentava a probabilidade de alguém o reconhece-lo  em 100%. – Tudo bem ?

- Tudo bem, é melhor sermos rápidos se não teremos um grande problema. – eu o soltei e apenas segurei a sua mão.

Em passos rápidos voltamos para o carro, para a segurança da sua identidade, ele colocou os óculos escuros novamente e uma máscara para cobrir a parte de baixo do seu rosto, que por sorte ajudou, pois aparentemente não havia atraído atenção de ninguém.

Já dentro do carro acabei soltando toda a minha respiração aliviada, o que foi aparentemente engraçado já que Hongbin começou a rir depois de tirar o seu pequeno disfarce.

- Você terá que se acostumar com isso também, vamos passar por muitas situações dessa maneira.

- Terei?

- Claro, sempre que tiver uma folga quero sair com você. – ele ligou o carro e sorriu para mim.

- Estou vendo que é melhor eu já entrar na fila do transplante de coração, não vou aguentar tanta emoção e nervoso assim. – eu coloquei o cinto de segurança e abraçando o pinguim de pelúcia, o observei sair da vaga e ir sair do estacionamento.

- Não fale uma coisa dessa, você vai ver que não vai ser tão ruim assim, se der errado eu te protejo. – ele deu um sorriso convencido que me fez rir.

- Eu vou acreditar em você. – havia começado a escurecer e percebi como o tempo havia passado tão rápido. Eu não havia pedido para que fosse mais devagar? Em breve estaria em casa novamente e quando vê-lo no dia seguinte não ia ser do mesmo jeito.

- Quer ouvir alguma coisa? – ele quebrou o silêncio e eu confirmei. Ele ligou o rádio e a música começou a preencher o silêncio exatamente na faixa que havia parado antes.

Uma das músicas que havia tocado era tão contagiante que sentia que ia ficar com o seu refrão soando em minha cabeça o resto da semana, não consegui evitar o sorriso.

Enquanto prestava atenção nas canções, sentia o pequeno peso que havia no meu dedo anelar, demoraria a acostumar ter uma aliança, tanto que eu o observava sem parar. Uma parte de mim custava a acreditar que não estava sonhando.

Como um piscar dos olhos, já estavamos de frente com o meu prédio, como queria poder ficar mais ao seu lado, mas eu tinha que levar em consideração que não poderia abusar tanto, as promoções fora do país iria começar naquela semana e ele precisava descansar.

- Eu queria poder te acompanhar até a porta, mas está muito movimentado aqui. – ele suspirou triste ao observar que naquela hora já havia muitas pessoas na rua.

- Eu também queria, mas eu entendo. – eu soltei o meu cinto e peguei minhas coisas. – Nos vemos amanhã, está bem? Vê se descansa.

- Pode deixar, você também. – Antes de sair eu me aproximei dele e beijei os seus lábios rapidamente, mas ele foi mais rápido e antes que eu saísse, ele segurou o meu braço e me puxou para um beijo mais profundo demorado. Não era um beijo desesperado ou aqueles beijos ridículos parecendo que estava prestes a me engolir, sua lingua invadia a minha boca mais não de uma maneira violenta e sim de uma forma carinhosa e apaixonante. Mais uma flecha que acertava o meu coração.

Sua mão soltou o meu braço e levemente abraçou toda a extensão da mesma, fazendo com que eu me arrepiasse toda, daquela maneira ele conseguiria qualquer coisa facilmente. Eu acabei suspirando entre o beijo e percebi que ele sorriu.

Acabei finalizando o beijo, o meu coração estava prestes a explodir e não aguentaria depois ter que me afastar. Selei nossos lábios mais uma vez e acariciei o seu rosto.

- Boa noite. – eu me despedi e sai do carro.

Eu procurei as chaves na minha bolsa e percebi que ele só ligou o carro mais uma vez quando elas já estavam em minha mão e estava prestes a entrar, acenei mais uma vez e ele fez o mesmo, percebi que ele só partiria depois que eu entrasse, então apenas entrei e fui para o meu apartamento com um sorriso de orelha a orelha.

Seria muito errado da minha parte estar daquela maneira sabendo que eu estava consciente que era proibido esse tipo de relacionamento na empresa? Quer dizer, não estavamos dentro da empresa, mas não era como se isso evitasse alguma coisa.

Já dentro do apartamento, tirei os meus sapatos e caminhei até a cama, acabei deixando o meu corpo cair sobre o mesmo enquanto ainda estava abraçada no pinguim.

Eu o observei por longos minutos e me perguntava se seria muito infantil da minha parte colocar nome nele. Talvez fosse muito infantil, mas eu tinha certeza que eu não o largaria a partir daquele momento.

Peguei o meu celular e procurei no Google os apelidos que ele tinha, quando comecei a vasculhar os sites dos fã-clubes acabei rindo ao ver que entre os seus apelidos estava Bean, o que era bem estranho, caso o chamasse daquela maneira ia lembrar constantemente de feijão. O mais fofo que havia ali seria o escolhido para o nome do meu pequeno pinguim. Observei o mesmo e sorri, provavelmente estava com uma expressão ridícula, uma criança, mas olhando para ele pronunciei:

- Binnie!

Starlight ✩ VIXXOnde as histórias ganham vida. Descobre agora