Capítulo 22

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O rejubilo de Victor em relação a sua descoberta não durou muito tempo. Sim, havia provado que existia um segredo naquela casa sombria, mas do que adiantava estar diante da porta a qual ocultava, talvez, respostas para o mistério, se essa mesma porta não abria! Ainda mais, havia o estranho campo de força magico que parecia envolver aquele corredor em especial. Não podia nem ao menos atirar e forçar a sua entrada!

"Maldita velha Midmist!" Praguejou em sua mente, irritado.

— Estranho. — Comentou Klaus coçando o queixo, pensativo.

— Bote estranho nisso! Talvez se escalarmos por fora...Eu posso quebrar a janela e adentramos no quarto... — Analisou Vicky já retomando a sua animação anterior. A janela foi estilhaçada por sua bala, logo, outras janelas também poderiam sofrer o mesmo destino!

— Hum... Não creio que esse seja um bom plano.

— Como não!?

— Esse tipo de proteção magica tem como objetivo impedir que qualquer pessoa adentre nesse quarto, a não ser alguém que saiba uma espécie de senha mágica, ou mesmo o feitiço foi construído com exceções especificas a determinados indivíduos, por exemplo, a senhora Midmist. O que quero dizer é que existe uma grande possibilidade de que as janelas desse quarto em especifico devem ser protegidas também.

— Bem, só tem um meio de descobrir isso!

Klaus arqueou as sobrancelhas de modo elegante e mirou seu parceiro com um aquele ar de reprovação que Victor tanto odiava.

— Você vai escalar a casa do prefeito da cidade em pleno luz do dia e atirar nas janelas? Esqueceu que essa referida casa se encontra na praça principal, ponto de maior movimentação de pessoas? Que desculpa você pretende dar ao fazer esse ato? Ainda mais, que tipo de justificativa você dará a população quando esses virem que as janelas não irão quebrar?

O caçador soltou um grunhido aborrecido.

— Odeio quando você faz isso... — Resmungou o loiro.

— Faço o que?

— Agir como um sabe-tudo!

Klaus deu um meio sorriso, daqueles avassaladores que abalam as estruturas do coração do caçador. Aqueles tipos de sorrisos deveriam ser ilegais... Talvez, quando retornassem a Capital, Victor pedisse para alterar algumas leis referentes a sorrisos que detinham um estranho poder de fazer esquecer o porquê de sua raiva! Aquilo era uma espécie de arma ou magia! Só podia ser!

— Eu sei que você se apaixonou não foi só por meus músculos, meu caríssimo caçador...Meu cérebro também tem o seu devido charme. — Piscou todo arrogante.

Nerd... — Resmungou Vicky como resposta, não iria alimentar o ego de Klaus, ego esse que já devia ter um tamanho muito semelhante das montanhas que rodeavam aquela região — Talvez você esteja certo quanto a minha sugestão de plano. Mas, o que você recomenda? Ficarmos aqui esperando que a porta magicamente se abra?

— Esperar não, mas quanto ao magicamente... — Ao falar isso Gallego começou a farejar, olhando em sua volta, tocando nas paredes, móveis... Fazendo tudo isso sem completar a frase e deixando Victor no vácuo.

— Olha, eu não sei se você sabe...Mas eu não tenho a capacidade de ler a sua mente! Será que pode explicar o que você quis dizer com o "magicamente" ?

— Tal como na floresta, deve existir algum tipo de selo que desencadeou o que acabamos de presenciar. Estou tentando encontra-lo. — Dizia enquanto se abaixava no chão e verificada por debaixo de armário feito de nogueira.

Capuz Escarlate -Legado do loboWhere stories live. Discover now