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Voltamos a dar os braços e caminhar.

Pra minha imensa alegria ninguém que eu conheço passa por nós,  mas ele cumprimenta algumas pessoas com um aceno de cabeça.

Ele: aquele é uma amigo da minha mãe, não gosto dele.

Ele cumprimenta e dá um aperto de mão rápido, para depois continuarmos andando.

Ele: aquele é meu antigo professor de historia... e esse aí é um grande amigo, bem, ERA um grande amigo.

Amigo: eai cara! Quanto tempo!

Ele: é verdade.

Amigo: está diferente! Já se recuperou! Tão rápido. Não imaginei que você se recuperaria depois do que ela fez. Ah e você é...?

Eu: Alex.

Amigo: Alex? É uma piada?

Alex: não, não é uma piada. Com licença mas precisamos ir e...

Ele estava muito incomodado com a situação, e eu também não estava muito à vontade. O tal amigo dele me olhava estranho. Ele me estende a mão para me cumprimentar, eu exito um pouco mas depois aperto e tendo soltar minha mão mas ele ainda a segura firme.

Ele: meu nome é Lucas. É um prazer te conhecer, Alex. A propósito, você é muito gata. Espero que não se ofenda se eu pedir o seu número, não é? Afinal, eu tenho que saber com quem o meu amigo aqui está saindo hahaha.

Olho pro Alex e ele tenciona o maxilar e olha para o lado. Eu puxo minha mão das garras do 'Lucas' e seguro a mão do Alex, enlaçando os nossos dedos. Ele segura firme a minha mão. Eu odeio esse cara, eu não sei o que aconteceu entre os dois, mas não gosto nada disso.

Eu: me ofende sim! Agora eu não sei se você ouviu mas precisamos ir então nos dê licença!

Passo esbarrando nele e puxo Alex junto comigo, que também esbarra nele, mas enquanto eu passei reto os dois se encaram por um segundo, ombro a ombro. Lucas é um pouco mais alto que Alex e tem cabelo loiro e olhos escuros. Eu aperto um pouco mais a mão do Alex para que ele perceba que estou aqui, e para tranquilizá-lo e evitar uma possível briga.

Lucas: até mais.

Alex só mexe o maxilar, demonstra que está irritado, mas depois caminha até mim a passos lentos ainda olhando pra trás e depois acompanha meu ritmo.Passo seu braço por cima do meu ombro e ele não reclama, na verdade, parece aliviado. Não soltamos as mãos, sinto que ele pode virar pra trás a qualquer momento e acertar um soco no antigo amigo.

Penso bem antes de fazer perguntas, tento achar a pergunta certa mas ele é mais rápido.

Ele: o que achou dele?

Eu duvido que seja ciúme mas ainda sim a possibilidade não some.

Eu: um completo idiota. Um babaca, sem noção que deveria perder um dente e ir pra casa mancando.

Ele dá um sorriso fraco e me puxa para mais perto e eu sorrio.

Eu: acho que não gostaria de ser sua inimiga. EU fiquei com medo! 

Ele: desculpa. Eu... não queria que você me visse assim no primeiro encontro.

Eu escondo o sorriso assim que ele pronuncia as palavras 'primeiro encontro'.

Ele: foi em um verão. Numa cidade bem próxima daqui. Um garoto e uma garota se conheceram e se apaixonaram, de certa forma. Era tamanha a paixão que depois de um tempo começaram a fazer planos de viver juntos para o resto da vida...

Eu: não precisa contar se não quiser.

Ele: não, está tudo bem. Até que em um final de semana eles iriam fazer uma viagem para uma cidade qualquer e lá iria ser comemorado o aniversário de três anos de namoro, os pais incentivaram a viagem pelo fato de os dois serem muito corretos e gente boa, nada iria rolar lá. Eles começaram a namorar tão jovens mas o amor era tão real, um namoro de crianças de treze anos não dura. Mas esse durou e eles se amavam loucamente... até a viagem. Eles ficaram em um hotel, que os pais de ambos ajudaram a pagar. Ficaram quatro dias. Os dois primeiros era só diversão. Passeios, brincadeiras, piadas e muitos beijos. Mas ela cometeu um erro, ela foi tomar banho e ele ficou deitado na cama assistindo televisão, e ela deixou o celular carregando. O celular tocou e ele foi atender por que ela não ouviu. Estava salvo como Lúcia mas quando o garoto atendeu, sem dizer alô, a voz que soou foi masculina "oi meu amor! Mal posso esperar pra você voltar pra casa mas não consigo esperar e estou indo ai. Chego aí amanhã. Eu sei que você não pode falar só atender ao telefonema mas poderia dizer só um eu te amo e dizer pro babaca que é sua mãe?" o garoto, chocado, desliga. Em seguida chegam mensagens, mas como a tem senha ele não consegue ver.

Ele respira fundo e penso que vai chorar, mas quando olho pra ele tenho certeza que não, ele está com raiva, e tem todo o direito. Encosto a cabeça no peito dele e continuamos caminhando. Faltam apenas duas quadras para chegar na sorveteria.

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OLÁ ABORES!

ENTÃO ACHO QUE TEMOS MAIS UM PERSONAGEM, TALVEZ DOIS SE CONTAR A GAROTA ADORÁVEL DA HISTÓRIA

NÃO ESQUEÇAM DE VOTAR QUE ME MOTIVA MUITO!

BJOOS : )


A tal Nerd (Pausado)Where stories live. Discover now