Capítulo 75

1.1K 86 3
                                    


WILLIAM

DUAS SEMANAS DEPOIS.

—Amor vem, o Rivera vai entrar Online e eu vou ver se consigo acalmar o João Miguel.

—Bom dia Carlos Rivera, como está? E a Rafinha como está?

—E aí irmão, a Rafinha está coisa mais linda do mundo, não dá sossego pra Eva, pensa no que essa menina come.

—Ah, mas aqui não é diferente, João Miguel só quer estar grudado na mãe dele o dia inteiro, minha mãe passa trabalho com ele as vezes, porque as vezes quando Maite precisa dar um pulo na agencia, deixa ele com a mãe, ele deixa ela de cabelo em pé. –Rivera gargalhou.

—Esses nossos bebês.

—Pronto João Miguel dormiu, primo como estão as coisas por aí? –Maite disse sentando ao meu lado.

—Tudo bem graças a Deus.

—Então vamos ao que interessa?

—Vida, calma. –A repreendi, Rivera sorriu.

—Nem te preocupe William, eu conheço muito bem essa Maite, quando ela quer uma coisa, ela quer pra ontem, sofri na mão dessa mulher.

—Para ok? Eu estou aqui.

—Mas não vivo sem essa, meio metro. –Gargalhamos. —Mas então vamos lá, o tio entrou em contato para que eu mandasse verba para uma campanha. Eu me opus, falei que não posso ficar tirando dinheiro daqui para mandar para o Brasil, ai ele abriu a situação da empresa, ele disse que estão perdendo muitos clientes, campanhas altas a Ogilvy está levando e ele arrumou uma namorada que sem ele ver, está levando ele a falência, eu disse termine então, mas ele disse que não quer terminar. Mas tá, até aí ok, dei a opção de vender parte de suas ações, ele disse, mas como? Eu tenho 35 por cento das ações, a Maite tem os outros cinquentas, se eu vender para uma pessoa que queira mexer com as ações ele vai ver que a Maite está embargada e é capaz de querer desembargar e aí Maite vem pra cima, você conhece. Então eu lhe disse, mas é a única opção ou então o senhor vai acabar falindo.

—Tá, mas ele concordou? –Maite estava ansiosa.

—Ele quer vender apenas 15%

—Fala pra ele que você já arrumou comprador para as ações, porem só se for 20%

—Vida, você tem ideia de quanto vale um por cento das ações da Y&R?

—Acho meio obvio né William. –Ela revirou os olhos.

—Então você sabe o quanto saíra essas ações, amor eu acho melhor deixarmos isso quieto e nem sonha, ele não vai querer ficar só com quinze por cento e muito menos vender pra você.

—Olha, não vai ser pra mim, vai ser pra sua mãe e se eu quero comprar é porque eu posso pagar.

—Pra minha mãe? –Perguntei alarmado.

—Sim, vou comprar 20 por cento da Y&R para ela, o Cezar tem que pagar pelo o que ele fez pra ela e logo ela desbloqueia minhas ações e eu me torno a sócia majoritária com 50% das ações e adeus Cezar.

—Prima eu tenho medo, se o Cezar tentar fazer alguma coisa contra nós? Porque ele vai ficar furioso comigo, por ter armado tudo.

—Não se preocupe, ele não vai fazer nada pra você.

—Olha por mais que eu odeie o Cezar, eu não subestimo a maldade dele, tenho medo dele fazer algum mal para o meu filho. –Disse com sinceridade, aquele homem é capaz de tudo.

—Olha aqui William, a pessoa que cogitar a ideia de tocar em um fio de cabelo do meu filho, é um ser morto, porque pelo meu filho eu sou capaz de tudo. –Maite me assustou com suas palavras.

—Calma vida, calma. –A abracei e beijei sua testa. Desligamos a conferência e descemos pra jantar, durante o jantar conversamos, Maite comunicou a mãe sobre a compra das ações e mamãe concordou. De repente Maite levou a mão ao peito. —Que foi amor? –Preocupei-me.

—Um aperto, mas deve ser o cansaço, vou para o quarto.

—Vou com você, mamãe te amo, bah te amo. –Dei um beijo nas duas e subi a escada abraçando minha mulher.

Maite

Sentei na cama e William veio com nosso bebê no colo, deitamos no meio da cama, com nosso filho e ficávamos olhando pra ele, tão lindo, tão pequenino, tão indefeso, nossa alegria, nossa força.

—Ele está crescendo. –William disse com um sorriso terno no rosto.

—Sim, acho que ele vai ser alto igual você.

—Sim, na verdade ele é a minha cara.

—Olha você nem começa tá, porque já fico com raiva, eu sofro nove meses, depois quase morro pra colocá-lo no mundo e ele vem a sua cara.

—Não amor, ele tem algo parecido com você. –Sorri toda alegrinha.

—O que?

—O dedinho minguinho. –Dei um tapa no ombro.

—Palhaço.

—Mas é mesmo, vem cá olha isso. –Caímos na gargalhada, porque nem dava pra notar nada, William inventa cada uma as vezes.

—Para vida, você é muito abobado.

—Ai coisa mais linda, eu adoro quando você faz essa carinha de brava, amor eu estou tão feliz, nunca imaginei que eu poderia ser feliz assim sabia, eu vivi com desejo de vingança, nunca tive tempo para amar alguém de verdade e quando você apareceu, virou meu mundo do avesso, sei lá você bagunçou minha vida, depois com todo o jeitinho começou a colocar tudo no lugar e hoje eu não consigo mais viver sem vocês dois, vocês são tudo que eu tenho de mais precioso, antes eu só queria saber de festas, de posição social, hoje eu quero vocês, só isso me basta. –Ele me beijou tão terno, João levou a mãozinha até o cabelo do pai dele e sorrimos com aquilo.

Ficamos por horas curtindo nossa pequena e feliz família, depois ele levou Joãozinho para o bercinho e veio por cima de mim me apertando e me beijando.

—EU TE AMOOOOOOOOO. –Gargalhamos com meu grito.

—Eu muitooooo mais, tenho vontade de te morder. –Ele começou a fazer cosquinha em mim e eu a gritar pra ele parar.

—Para, Will para caramba. –Gargalhava muito alto, não sei como não acordamos o João Miguel, ele não parava começou a me prender no meio das pernas e eu me esperneava pra sair, mas ele continuou. — William se eu começar a te bater, não adianta pedir pra parar.

—Então me bate, que eu quero ver. –Comecei a soqueá-lo, ele estava roxo de tanto rir, só paramos com a palhaçada quando a Helena falou da porta.

—Isso, assim vocês acordam o quarteirão inteiro. –Berrei.

—Desculpa sogrinha. –Gargalhamos.

—Vem, vamos tomar banho.

—Um de cada vez, não vou deixar meu filho sozinho.

—Traz ele junto.

—O menino já tomou banho, deixa ele dormir, faz assim. –Me aproximei dele e comecei a tirar sua camisa. —Vai lá, toma banho e me espera com aquela box branca que eu adoro. –Beijei ele com tesão.

—Gostei disso, já volto. –Ele foi tomar o banho dele e eu fiquei ali admirando as feições adormecidas do meu filho.

AMOR & TRAPAÇAS - COMPLETAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora