Capítulo 33

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Maite

A semana passou e William continuava estranho, na sexta-feira quando ele saiu para o "vou ali e já volto" dele, (que eu tenho quase certeza que é tramando a vingança dele contra mim), Daniel entra na sala.

—E aí chefa, hoje eu quero meus 30% na conta senão você já sabe né?

—Não precisa me lembrar, eu sei. –Saí de perto daquele desgraçado, aproveitei que William não estava e fui na casa do meu pai, coloquei meu disfarce loira, peguei meu Sportage e fui em direção ao banco.

Pensava enquanto dirigia. — " Eu não vou aguentar esse Daniel no meu pé por muito tempo, eu tenho que contar tudo para o William, não posso mais engana-lo. Não vou depositar dinheiro nenhum para esse insuportável do Daniel".

Parei em frente ao banco e fiquei indecisa. —"Será que eu deposito e espero um pouco mais pra contar? Ou conto logo e acabo com essa dor na consciência? .... Não eu preciso de mais tempo.

Saí do carro com minha carteira na mão, quando ia entrando no banco, olhando para o papel com o número da conta do Daniel, eu esbarro em alguém.

—Desculpa. –Quando ouvi aquela voz, rapidamente encontrei seu rosto.

—William. –Sorri ao vê-lo alil.

—Que surpresa te ver aqui, pensei que já tinha voltado para o México depois de ter vencido a conta da Magnum, como se sente? –Ele disse com os olhos faiscando de ódio.

—Eu estou bem, me recuperando ainda do susto que levei. –Disse o encarando. —William você ia me matar? –Ele arregalou os olhos.

—Tá maluca? Do que está falando? –Ele se fez de bobo.

—Você tentou me matar, mandou me sequestrar.

—Não eu não mandei te sequestrar, de onde você tirou isso? –Credo o jeito que ele fala, parece mesmo que não foi ele.

—Mas se não foi você foi quem? –Maite para de ser boba, ele está mentindo pra você. Droga eu acho que não, eu acho que ele está falando a verdade.

—Sei lá Maite, você é filha de um homem de prestigio muita gente pode tentar te sequestrar, poxa fico triste de você me acusar dessa maneira, foi seu pai que colocou essas coisas na sua cabeça? –Ele parece estar realmente falando a verdade.

—Me desculpa. –Passei a mão no rosto dele e me aproximei para um beijo.

—Opa, aqui não. O que acha de irmos para um lugar reservado? –Ele disse me olhando de cima a baixo e mordendo o canto da boca, meu corpo todo se acendeu, eu precisava estar com esse homem.

—Sim eu quero, estou morrendo de vontade de você.

—Ok, o que acha do Vip's?

—Me parece ótimo.

—Eu vou no meu carro e você no seu, primeiro faz o que você veio fazer.

—Isso pode esperar. –O Daniel poderia esperar um pouco, meu fogo não. Mesmo eu achando que posso estar correndo riscos eu não posso deixar de estar com esse homem, sei lá descobrir qual é a dele com a Maite.

Chegamos ao motel e ele me mandou uma mensagem.

"Você pega um quarto e eu vou pegar outro."

"Que? Porque isso?"

Pensei sentindo um arrepio na espinha. —"Isso não está me cheirando bem, parece premeditado, ai meu Deus e se ele quiser me matar?

"Porque eu quero Maite, porque eu quero."

"Nossa que grosso, isso está em assustando."

"Pede logo seu quarto e eu peço um, hoje quero te comer em dois quartos diferentes."

"Tá bom."

Mesmo eu não gostando daquela situação, achando aquilo estranho e perigoso eu ainda quis tentar. Peguei um quarto e depois de meia hora ele entrou no quarto, sorri, mas ele estava sério, fui até ele tentar beija-lo, mas ele virou o rosto.

—Que foi? –Perguntei e de repente ele apontou uma arma pra mim. Fiquei sem reação, mas consegui formular uma frase.

—William você está louco?

—Senta na cama. –Ele disse grosseiramente.

—William eu não estou pra brincadeiras. –Disse nervosa.

—E quem está brincando aqui, SENTA NA PORRA DA CAMA PERRONI. –Ele gritou com os olhos cheios de lagrimas, ele estava transtornado. Um medo gigantesco tomou conta de mim e eu não consegui segurar as lagrimas que insistiam em cair.

—William não faz isso por favor, porque você quer fazer isso comigo?

—Porque seu pai tirou de mim o que eu mais amava, o homem que era meu exemplo de vida ele causou a morte, agora ele tem que sofrer o mesmo que eu sofri. –Eu não sabia o que fazer naquele momento, eu estava com muito medo. Aquela arma apontada pra mim, meu coração disparou quando ele engatilhou fazendo aquele barulho horripilante. Sentia calafrios pelo meu corpo todo.

—Pensa bem William, meu pai vai saber que foi você.

—Cala a boca. –Ele gritou e apertou os olhos, abaixou a arma por um momento. Então me aproximei dele de joelhos na cama e acariciei seu rosto chorando, encostei a minha testa na dele.

—Will não faz isso, eu te amo, por favor não faz isso. –Ele me empurrou e apontou a arma pra mim de novo.

—William, para com isso.

—Me ama? –Ele gargalhou. —Você roubou duas campanhas da minha empresa, me ama?

—Eu não roubei nada, William por favor.

—Cala boca. –Ele apontou a arma em direção a minha cabeça e começou a tremer muito, colocou o dedo no gatilho. —Vamos acabar com isso de uma vez.

—Will NÃO EU TE AMO. –E eu só ouvi aquele barulho ensurdecedor do disparo....................

AMOR & TRAPAÇAS - COMPLETAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora