Capítulo 02

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Maite

-Bom dia. –Falei descendo as escadas.

-Senhorita, este é David. –Palomo me apresentou o gato em minha frente.

-Encantada. –Dei um sorrisinho esse cara não me escapa, por uma noite eu tenho que me divertir nesse corpo todo.

-Você é linda, seu pai tinha toda razão. –O gato disse beijando minha mão.

-Gracias, mas vamos ao que interessa. –Disse passando por ele e me sentando no sofá.

-Palomo vamos temos que ir para a agencia. –Meu pai disse aproximado de mim e me dando um beijo.

-Tchau papai. –Meu pai saiu e eu expus meus interesses a David. –Então eu preciso que você consiga um emprego pra mim na agencia.

-Mas o Levy jamais aceitaria, você é filha do Cezar.

-Quem disse que ele precisa saber? Hein?

-Mas como? Você está no Brasil alguém pode te ver, ou até mesmo quando você ir na agencia o infiltrado vai com certeza te desmascarar.

-Fica frio eu já pensei em tudo, na Y&R eu vou me apresentar com um disfarce, e na Ogilvy com outro. Vou me passar por uma moça humilde, preciso alugar um apê bem de pobre, para o caso do patrão querer fazer uma visita. –Sorri olhando minhas unhas.

-Você está pensando em seduzir o Levy? Se for isso vai nessa força, porque ele não pode ver um rabo de saia, ele é noivo de uma e tem caso com a secretaria e passa o rodo geral mesmo. –Informação importantíssima.

-Mas por mim ele vai se apaixonar, ele não vai querer só me usar, e sabe como homem apaixonado é bobo, faz tudo o que a mulher quer. –Disse com toda certeza, porque me conheço e sei dos meus poderes de sedução.

-Mas nós não temos muito tempo, a Magnum deu um mês.

-Em uma semana eu faço ele comer na minha mão, ou não me chamo Maite Perroni, agora me arruma esse emprego.

Depois que David foi embora eu fui até a favela rever um conhecido, mestre em trapaças e falcatruas, minha BMW parou em frente a pocilga do Grego, meu motorista abriu a porta pra mim, e saí ajeitando meus óculos de sol Maui Jim.

-Quem é vivo sempre aparece, tudo certo? –Grego me abraçou, o que ele tem de gato, tem de burro. –O que cê manda?

-Ham? –Perguntei horrorizada por aquele vocabulário cafona.

-O que cê quer, mano, não vai dizer que bateu saudade que eu não acredito.

-Não é saudade, é que preciso de um favor. –Disse olhando em volta, ai esse lugar me dá alergia.

-Que favor?

-Preciso de documentos novos, desde certidão de nascimento até diploma de cursos e faculdade.

-O fia, isso vai sair caro.

-Dinheiro não é problema, pode fazer seu preço, quero tudo pronto até sexta ok?

-Ta certo madame, satisfação na certa ou o seu dinheiro de volta, tá ligado? –Revirei os olhos disfarçadamente.

-Ok. –Entrei no carro com um sorrisinho nos lábios, primeira parte pronta, agora vamos pra vinte e cinco comprar roupa pra Maria Luiza, modéstia parte YO SOY TERRIBLE.

-Pra onde? –Meu motorista perguntou.

-Vinte e cinco. –Ele me olhou sem entender.

-Serio?

-Sim, vamos por favor. –Entrei em uma lojinha daquela veio mil atendentes.

-Gente eu sou uma só, preciso só de uma pra me atender, você vem me ajudar. –Disse para uma que eu achei que seria útil.

-O que a senhora precisa?

-Quero que hoje você seja a minha style.

-Ham, como assim?

-Quero que você me ajude com algumas roupas que me deixem como uma mulher, é... sem..... Humilde.,... pobre, quero roupas que façam eu parecer pobre.

-Mas para que isso? –A encarei, tenho nojo de pessoas curiosas.

-Não interessa, não me faça perguntas só me atenda. –Ela rapidamente começou a me mostrar aquelas roupas, nossa senhora das trapaças, cada roupa chinfrim, que me dá até alergia, fazer o que a Maria Luiza vai ser pobrinha. Depois dali fui até um corretor de imóveis e aluguei um apê bem simples, traduzindo de pobre, todas as roupas que eu comprei deu o preço de um, óculos de sol meu.

Pronto, agora é só conseguir a vaga e dar segmento ao plano.

Modestia parte, yo soy terrible!

AMOR & TRAPAÇAS - COMPLETAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora