Capítulo 58

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Maite

—Vida desculpa eu ia te ligar do avião, mas acabei esquecendo. –Eu estava sentada na bancada de costas para a porta, falando com Alex ao telefone, o filho da puta do William, não chegou me abraçando por trás? Me dando um beijo no rosto e falando bem perto do telefone?

—Bom dia Princesa. –Fechei a cara pra ele.

—Ui que mal humor. –Ele disse bem alto, filho da mãe. Me desconcentrei, o maldito estava sem camisa, sentou na bancada do lado e foi tomar café.

—Mai, quem é esse cara? –Alex perguntou nitidamente desconfiado.

—Meu irmão Alex. –Disse encarando William, que me deu um sorrisinho enviesado.

—Desde quando você tem irmão? Maite você está me enganando?

—Amor eu não estou te enganando. –Disse nervosa, William ria que se matava. Fechei a mão e mostrei pra ele com raiva, querendo dizer, "eu vou socar a sua cara", e o filho da puta riu ainda mais.

Ele está adorando ver a minha saia justa com meu namorado, ai que vontade de quebrar essa cara linda que ele tem. Dona Helena entrou na cozinha e beijou o filho, nojentinho dela. Eu saí da cozinha pra terminar de falar com o Alex e depois voltei já espancando o William, comecei a bater no peito dele, e ele se acabando de rir, me prendeu.

—Ui que mulher brava, que foi? –Ele perguntou se fazendo de anjo.

—Você deixou o meu namorado desconfiando de mim.

—Você me beijou na frente da minha namorada, estamos quites. –Ele me prendeu forte e deu um beijo bem forte na minha bochecha. Eu sorri. —Ai não queria ir nunca mais pra casa, é tão bom ficar perto de você Maite, o dia que a gente casar vamos poder acordar juntos todas as manhãs e eu vou ver todos os dias esse seu mal humor matutino.

—Oh William que casar? Somos irmãos esqueceu?

—Droga. Eu vou porque tenho que passar em casa, Helena você não quer ir comigo pra casa?

—E eu? Vou ficar sozinha? Deixa sua mãe aqui até domingo que eu volto para o México.

—Você vai voltar pro México, Mai? E eu?

—Você tem a chantili, que não vai gostar nenhum pouco de ver você comigo.

—Esquece a Chantele, eu quero você aqui, você não pode ficar mais longe de mim, eu nunca tive uma irmã quero você aqui comigo.

—William, eu preciso voltar tenho uma campanha, uma eleição e um cargo lá no México, se é que o Cezar já não me expulsou sem que eu saiba, porque daqui ele me baniu, a sorte que eu sou esperta e tirei todo meu dinheiro, porque senão ele ia me embargar, tu acredita que ele embargou todas as minhas ações na Y&R?

—DESGRAÇADO EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO, VOU AGORA MESMO FALAR COM ELE.

—Não você não vai, primeiro você vai por uma camisa ok? Depois você vai trabalhar e esquecer essa história de Cezar, ele é muito perigoso, pra matar você e pôr a culpa em mim é dois toques, psicopata maldito.

William

—Só porque você me pediu tá bom? –Me aproximei dela, coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha e me aproximei para um beijo, quando nossos lábios estavam quase se chocando, lembrei da porra da irmandade e a beijei no rosto. E sabe de uma coisa? To adorando ela de irmã, assim eu tenho uma desculpa para ficar perto dela, e me desculpe se isso for pecado, mas eu estou pouco me fodendo para o fato dela ser minha irmã, eu amo ela e vou lutar para ficar com ela. —Então, estava aqui pensando, porque não vem as duas comigo? Pra minha casa, minha mãe e minha irmãzinha linda, que eu amo mais que tudo nessa vida.

—Eu vou indo para o carro. –Minha mãe se apressou em dizer e saiu. E eu e ela ficamos ali nos olhando, seus olhos desceram para o meu peitoral nu, e ela mordeu os lábios.

—Você já pode colocar a camisa, se quiser. –Fitava seu rosto, com um sorrisinho bobo nos lábios.

—Eu te amo. –Disse sem conseguir conter um suspiro.

— Will por Favor.

—Que foi? –Me aproximei dela e passei as mãos pelos seus braços, depois a abracei pela cintura.

—Will para, meu.

—Me dá um beijo, só um, digamos que nós, não sabia de nada ainda.

—William, mas nós sabemos poxa, não me provoca por favor, sem camisa ainda, você é muito filho da puta. –Sorri e então ela segurou meu rosto com as duas mãos e deitou seus lábios sobre os meus, nossos lábios se perdiam um no outro, nossas línguas parecia ter ganhado eletricidade, porque não paravam de se mover dentro de nossas bocas, a ergui e coloquei ela sentada na bancada, afastei suas pernas e entrei no meio delas, encostando nossos sexos, minhas duas mãos seguravam seu rosto enquanto nos beijávamos, nossa respiração ofegante, parecíamos estar em outra dimensão, porque não nos lembrávamos de nada. Estava tão gostoso aquele beijo, que eu não queria parar, as mãos da Mai em minhas costas me apertando. Um desejo absurdo tinha tomado conta de nós. Porém, como tudo que é bom dura pouco, parei de beija-la lentamente quando ouvi alguém pigarreando, minha mãe, é claro. A desci rapidinho da Bancada, e coloquei um braço sobre seus ombros. —Ai que vergonha. –Maite disse escondendo o rosto em meu peito.

—Não se preocupem, eu não tenho nada a dizer, desculpa atrapalhar.

—Mãe você não vai achar errado?

—Não posso falar nada, eu sei o quanto está sendo difícil pra vocês, já que se amam tanto, mas vamos, você precisa ir para a agencia ainda filho.

MAITE

Chegamos na casa do William, Helena abraçou a Bah.

Bah me olhou com repulsa por eu ter me passado por Maria Luiza, mas o William chamou a atenção dela, e depois ele me chamou.

—Mai, vem precisamos conversar.

—Aonde? –Ele sorriu e falou no meu ouvido

—No meu quarto. –Sorri pra ele.

—Você não presta, não vou com você.

—Não vou te beijar mais, te juro, quero conversar.

—Ok.

—Ei vocês dois se cuidem. –Bah disse.

—Eu sei bah, eu sei. –Ele disse revirando os olhos e subimos. Entramos no quarto dele e sorri ao lembrar da festa que fizemos nessa cama. Nos sentamos. —Você lembrou de tudo né? –Ele disse fazendo um movimento com a mão, indicando tudo em volta. Assenti e vi uma lagrima caindo nos olhos dele. —Você é muito parecida com nosso pai. –Sorri, vi pureza nos olhos dele.

—Você pode me falar dele?

—Claro meu amor, deita aqui. –Ele se acostou na cabeceira da cama e pôs um travesseiro no colo e eu deitei a minha cabeça ali, ele começou a fazer carinho na minha cabeça. —Nosso pai era assim que nem você, tudo que ele fazia dava certo, estava pra nascer a pessoa que passaria ele pra trás, e você herdou isso dele, você tinha sucesso total em todos teus planos né?

—Então o Heriberto era assim?

—Sim, ele era um homem muito bondoso, também. –Ficamos conversando por horas, só paramos porque a Chantili nos interrompeu ligando para o William.

—Sim, eu também preciso conversar com você, vamos jantar hoje á noite e conversamos. –Eles desligaram e eu fiquei tristinha, ele beijou meu rosto e continuou fazendo cafuné.

—Maite, eu te amo tá? E não como irmã e sim como a mulher que eu quero pra mim.

—Eu também te amo, mas nosso amor é impossível. –Então não conseguimos nos conter e choramos abraçados, a situação estava difícil demais, por mais que tentássemos seguir em frente, essa dor seguiria com a gente. Não era simplesmente tentar viver como irmãos, era algo impossível de aceitar, tendo em vista um amor tão forte e um desejo tão grandioso. 

AMOR & TRAPAÇAS - COMPLETAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora