Capítulo 46

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Maite

Estava sentada na minha cadeira viajando e sorrindo, quando Rivera entrou.

—Que foi? Viu passarinho verde?

—Ai primo, porque eu não resisto a ele?

—Porque é idiota, eu quero a minha prima Maite de antes, volta porque não estou te reconhecendo. O cara te humilha, te faz sofrer e você continua de quatro por ele?

—De quatro literalmente. –Sorri.

—A me poupe desses detalhes;

—Mas você tem razão, ele não me merece, prometo não ceder mais. –Disse tentando ser convincente.

—Isso, é assim que se fala.

No dia do evento, usei um vestido preto e cabelo preso em um rabo de cavalo, me sentia linda. Cheguei ao evento, olhei ao redor e não vi nem sinal do William. Encontrei senhor Augustin no caminho, quando me viu abriu seu enorme sorriso.

—Mi Hija, venga conocer a mi Hijo. –Caminhamos até lá, ele estava de costas, e quando virou, desanimei. Ele não é aquilo tudo não, não sei se conseguirei provocar ciúmes no William com esse cara.

—Encantado. –Ele disse sorrindo, apertei sua mão e devolvi um sorriso.

Ficamos conversando sobre a nossa candidatura, enquanto ele falava, meus olhos percorriam todo o recinto e não achava quem eu queria achar, m nenhum canto. Mane não é muito bonito, mas o cara dá um show intelectualmente falando, ele é inteligentíssimo e tem um papo maneiro, sem contar que é podre de rico, e com ele de vice eu já sou eleita com toda certeza.

William

Antes de ir para o evento passei no quarto de Ana para chama-la para irmos, ela abriu a porta e desceu os olhos pelo meu corpo, aproveitei para fazer o mesmo.

—Nossa que linda.

—Obrigada, você está ótimo também. –Fomos para o evento, Ana estava enganchada no meu braço. Olhei em volta na esperança de ver Maite em algum canto, mas não vi nem sinal dela. Continuei caminhando com Ana ao meu lado e algo me chamou atenção, o cara que estava com ela trocando declaração de amor ontem na sala dela, hoje estava com outra e beijando. Esse consegue ser mais cafajeste do que eu. Cumprimentei algumas pessoas e caminhei para outra Ala, foi lá que encontrei Maite, perfeitamente vestida no maior papo com um cara, ela estava se divertindo com as coisas que ele falava. Não gostei nada de ver aquilo, então me aproximei com Ana. Ela ergueu o olhar assim que parei perto dela, seu sorriso sumiu do rosto, quando ela mediu de cima a baixo a bela moça ao meu lado. Em um ímpeto ela se levantou e me encarou.

—Posso saber quem é ela? –Disse ríspida.

—Ana Beatriz. –Disse sorrindo.

—Prazer senhora. –Ana respondeu alheia ao que de fato estava se passando ali.

—Senhora vai ser minha mão na sua cara, se não soltar dele agora. –Foi bom demais ver como ela estava brava, ela tentava disfarçar sua raiva, para que as demais pessoas que estavam por perto não percebessem nada, aquilo estava muito engraçado.

—Calma, eu sou só.... –Interrompi Ana.

—Ana, não liga meu anjo, ela não vai tocar em você, eu te protejo. —Dei um beijo na testa da Ana e Maite abriu a boca em espanto e então o cara que estava fazendo ela rir, se aproximou.

—Maite algum problema?

—Não Mane, problema nenhum, querido. –Ela enganchou seu braço no dele e eu estreitei meus olhos para aquilo, sentia os nós dos meus dedos formigarem de vontade de tirar o desgraçado de perto dela com um soco só. —Deixa eu te apresentar Mane, esse é o presidente da Abap, William Levy, e Levy esse é Mane de La Parra, meu vice na candidatura para a Alap. -Apertei a mão do cara, mas em meu cérebro ainda pipocavam suas palavras, "candidatura para a Alap".

—O que? Você vai se candidatar? –Perguntei incrédulo.

—Sim com certeza, agora nos dê licença, temos que ir para a apresentação. –Ela saiu de braços dados com o mala, quer dizer Mane, e eu fiquei ali que nem um idiota morrendo de ciúmes.

—William impressão minha ou você estava me usando para provocar ciúmes naquela louca? –Ana perguntou puxando seu braço.

—Desculpa, mas ela não precisa saber que você é minha assistente, não por enquanto. –Eles foram apresentados e posaram para fotos juntos, quando desceram foram entrevistados juntos, o cara estava babando na minha mulher, olha a cara de bobo, vontade de desmanchar essa cara dele só com uma porrada.

—Vou à toalete. –Ana avisou e eu estava tão puto que tive vontade de mandar ela ir para a puta que pariu se quisesse.

—Ok. –Respondi apenas. Assim que Ana se afastou, não contei tempo e fui em direção a Maite que se divertia com o palhaço do Mala.

—Maite vem, precisamos conversar. –Disse ríspido.

—Cara desculpa, mas estamos vendo algumas coisas da nossa campanha. –O mané respondeu e eu encarei ele.

—Você fica na sua e pode tirar esse sorrisinho bobo do rosto, porque essa mulher é minha, agora vem Maite. –Ela deu um sorrisinho.

—Querido depois falamos, tá? –Ela deu um beijo no rosto do Mané e eu puxei com força seu braço, puxando ela até o estacionamento. —Mas que mania você tem de apertar o meu braço, que droga. –Eu andava de um lado para o outro, louco da vida enquanto a filha da puta me olhava, rindo.

—Para de rir filha da puta, Maite não te entendo, ontem você estava falando que amava um e hoje vi ele com outra na festa, agora está toda cheia de graça pra cima do mala.

—Mane, Mane é o nome dele. E você não tem que reclamar de nada, já que a primeira piriguete que você encontrou na rua, trouxe para o evento. Olha William se você não desaparecer com ela, eu juro que quebro todos os dentes que ela tem na boca.

—Morre de ciúmes de mim né sua safada, aceita que me ama, que morre por meus beijos. –Disse erguendo seu queixo, olhando dentro dos seus olhos, só para devorar seus lábios em seguida, mas logo ela me empurrou.

—William, não é ciúme é que.... –Interrompi.

—É que nada, você é louca por mim, admite. Eu sei que você deve estar toda molhada já, eu sei que você não resiste ao meu toque. –Disse sorrindo e sem eu esperar recebi um tapa no meu rosto.

—Ai sua filha da puta, tá maluca? –Disse esfregando o local ardido.

—Garanto que esse tapa não doeu nem a metade do que tudo que você fez pra mim, eu nunca vou esquecer do dia na balada William, jamais vou esquecer que você me tratou com uma vagabunda, depois de ter feito amor comigo, eu nunca vou me esquecer das humilhações, nunca. –Ela disse com os olhos cheios de lagrimas, e começou a andar, mas eu segurei seu braço.

—Mai desculpa, eu te amo porra, será que custa você me perdoar e ficar comigo?

—Eu quero curtir minha vida e você, não faz parte dela. –Ela entrou no salão de festas e eu fiquei ali suspirando, por sua beleza. Depois de algum tempo resolvi entrar também, todos estavam dançando e Maite dançando coladinha ao Mala, aí o sangue subiu, mas sou profissional não posso dar escândalos, olhei e vi Ana que estava sentada no canto bebendo algo, tirei ela pra dançar e ficamos ali dançando perto de Maite e Mala, a cada volta nossos olhares cheios de raiva, ciúmes e paixão se cruzavam e se conversavam, ela parecia querer dizer com o olhar, "eu vou te esganar seu desgraçado". E o meu dizia. " Sua filha da puta, solta esse desgraçado agora e venha sentir o meu corpo colado ao seu, porque eu sei que é isso que você queria agora". Cada vez mais meu sangue ia subindo, até que resolvi dar um basta naquela porra.............................................

AMOR & TRAPAÇAS - COMPLETAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora