Pegue a linha
E a agulha sobre a mesa
Costura essa caçamba de lixo
Que você chama de boca
Um traço não traça minha anatomia
Minha consciêntomia
Não me chamo amigo
Não troque os termos
Como numa daquelas metonímias
Eu estou aqui, agora!
O que fui naqueles tempos
Fui por não crer poder ser
Por não crer ter o poder
De outra vez alvorecer
Em outra coisa
Se não souber costurar
Tome aqui, pegue esta rolha
Tampe logo este cabaré de moscas
Amanhã, quando nos vermos
Não serei mais o mesmo
E você talvez será como ainda é
Com um dia foi
Naquelaépoca de amor infame
ВИ ЧИТАЄТЕ
Devaneios Decadentes
ПоезіяEm seu poema "A ideia", Augusto dos Anjos fala do nascer de um pensamento, no cérebro, e todo o seu processo, até chegar de forma imperfeita na garganta e ser expresso pela língua. Bem, com a escrita a ideia não sai tão imperfeita quanto na fala, c...