Meios Para o Fim

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Madrugada, quase dia

Uma mão escreve palavras

Que só pelo âmago de quem cria

Serão lidas


Olheiras crescem, inflam como bolsas

Veias nos olhos

Areia nos flancos

Pálpebras colando

"Se mantenha na linha fina"

Pelo objetivo

Muito além do sonho


Dar um tanto da vida

Ou o sangue pelo ponto pleno

Cada passo bate, chuta, esmaga

Os ponteiros do tempo

Coisa mais próxima de Deus – e do diabo – que conhecemos

Além dos antagonistas que temos em nós mesmos


Quem busca a vitoriosa chegada

Não é perfeito

– Precisa saber que não é perfeito –

Mas ainda assim busca

Doa-se a si mesmo

Por inteiro

Devaneios DecadentesOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz