Duplicidade densa em mim
Dando densos danos ao meu bem
É meu mal de anos ser assim
Eterno ser ou não ser
Bem querer ou não querer
Se eu sou eu
Quem é quem? Quem é quem?
Se eu sou eu
Sou eu por mim e mais ninguém
Sozinho sinto os dois lados
Sozinho sofro um duplo sofrer
Para sempre perdido
Para sempre parado
Pecados prosseguem a rir do meu padecer
Por duas paredes, cercado
Por duas saídas, trancado
Por uma única mente, empalado
Por mim unicamente , em pedaços
Um cortado em dois e mesmo assim a viver
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Devaneios Decadentes
PoetryEm seu poema "A ideia", Augusto dos Anjos fala do nascer de um pensamento, no cérebro, e todo o seu processo, até chegar de forma imperfeita na garganta e ser expresso pela língua. Bem, com a escrita a ideia não sai tão imperfeita quanto na fala, c...