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Duplicidade densa em mim

Dando densos danos ao meu bem

É meu mal de anos ser assim

Eterno ser ou não ser

Bem querer ou não querer

Se eu sou eu

Quem é quem? Quem é quem?

Se eu sou eu

Sou eu por mim e mais ninguém


Sozinho sinto os dois lados

Sozinho sofro um duplo sofrer

Para sempre perdido

Para sempre parado

Pecados prosseguem a rir do meu padecer

Por duas paredes, cercado

Por duas saídas, trancado

Por uma única mente, empalado

Por mim unicamente , em pedaços

Um cortado em dois e mesmo assim a viver

Devaneios DecadentesWhere stories live. Discover now